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Portugal adia reembolso de 641 milhões de euros em dívida para 2027 e 2030

Portugal trocou esta terça-feira 641 milhões de euros em obrigações do Tesouro por maturidades mais longas. O intuito é diminuir o custo de financiamento e aliviar a pressão sobre os reembolsos da dívida.

A agência que gere a dívida pública, liderada por Miguel Martín, diz aos investidores que o país tem um “baixo” risco de refinanciamento e um perfil de amortizações “suave”.
D.R.
10 de Outubro de 2023 às 10:52
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A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) trocou, esta terça-feira, 641 milhões de euros em obrigações do Tesouro (OT) que venciam em 2024, 2025 e 2027 por títulos que vencem mais tarde, adiando estes reembolsos para um prazo relativamente mais longo.

O IGCP comprou, então, no mercado de obrigações do Tesouro três linhas: 250 milhões de euros em OT com prazo a 15 de fevereiro de 2024, que tinham sido colocadas com um cupão de 5,65%, aos quais acrescem mais 295 milhões de euros em OT com maturidade a 15 de outubro de 2025, e um juro de 2,875% e ainda 96 milhões de euros em mais uma linha com maturidade a 14 de abril de 2027 e um juro de 4,125%.

Em contrapartida, a agência liderada por Miguel Martín colocou duas linhas de títulos. Foram colocados 280 milhões em títulos com maturidade a 15 de outubro de 2027 com um cupão de 0,7%, bem como 361 milhões de euros da segunda linha com prazo a 15 de fevereiro de 2030 e um juro de 3,875%.

Com esta operação, o Tesouro consegue diminuir o custo de financiamento e aliviar a pressão sobre os reembolsos da dívida. A par desta troca, o Tesouro já realizou este ano quatro outras operações de recompra de dívida.

No último leilão de troca, realizado a 28 de junho, Portugal conseguiu substituir 875 milhões de euros em três linhas de dívida a longo prazo que venciam em 2025, 2026 e 2027 por títulos com maturidade em 2032 e 2052.

O país tem habitualmente um grande reembolso por ano. A próxima parede de reembolso está agendada para o próximo dia 25 de outubro, com Portugal a ter de devolver 9.364 milhões.


(Notícia em atualização).



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