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Porto: Taxa de 6,25% não é muito elevada face ao que a banca nos oferece

Fernando Gomes, administrador da SAD do FC Porto, considerou que a taxa paga na emissão obrigacionista em que os "dragões" encaixaram 55 milhões de euros não é "muito elevada" quando comparada com as condições de financiamento propostas pela banca.

José Coelho / Lusa
Pedro Curvelo pedrocurvelo@negocios.pt 05 de Junho de 2023 às 19:24
Fernando Gomes, administrador da sociedade anónima desportiva (SAD) portista, considerou esta segunda-feira que a taxa de juro de 6,25% que será paga na emissão obrigacionista de 55 milhões de euros não é "muito elevada".

O gestor sustentou esta ideia frisando que "o recurso ao financiamento nos mercados financeiros diretos é também dispendioso". "As condições de financiamento que conseguimos [junto da banca] não são tão atrativas assim que nos leve a considerar que esta taxa é muito elevada", reforçou, durante a sessão de apuramento do resultado da emissão obrigacionista.

Pelo meio, ficaram implícitas críticas à banca. "A banca cobra juros elevados no financiamento, mesmo com garantias fortíssimas, nomeadamente as receitas da Liga dos Campeões", disse. E, a propósito da elevada procura (1,37 vezes a oferta), Fernando Gomes destacou que a emissão oferece "uma contrapartida financeira interessante" face aos juros pagos pela banca nos depósitos, por exemplo.

O administrador da SAD indicou ainda que "nem sequer são fundamentalmente os adeptos do FC Porto que investem nas obrigações das nossas emissões. Temos concluído, numa análise mais fina, que são apenas pequenos investidores que acreditam na instituição Futebol Clube do Porto".

O gestor admitiu, contudo, que a taxa de 6,25% "é um bocado mais elevada do que a nossa média de financiamento anual mas é sustentável".

Fernando Gomes justificou a decisão da SAD de aumentar a oferta dos 40 milhões iniciais para os 55 milhões de euros com a elevada procura - "logo no primeiro dia de subscrição atingimos 36 milhões" - e que, perante este cenário, a SAD viu "a oportunidade de financiar a tesouraria do FC Porto".

O administrador disse ainda que, "tal como sucede com todos os grandes clubes portugueses", a SAD dos "dragões" terá de realizar mais-valias com a transferência de jogadores para equilibrar as contas e que, pelo menos em parte, essas transações terão de ser concluídas antes do fecho das contas, a 30 de junho.

Para já, contudo, Fernando Gomes indicou que ainda não foi apurado qual o valor necessário a realizar com mais-valias, frisando, no entanto, que graças ao encaixe já garantido com a "Champions" o montante será inferior.

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