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Os certificados de aforro e do Tesouro vão mudar?
O ministro das Finanças disse que o Governo quer tornar os certificados mais atrativos. Desde o final do ano passado que as famílias têm vindo a tirar dinheiro dos certificados de aforro e também do Tesouro. Os produtos de poupança do Estado têm vindo a perder espaço e o Executivo garante que está atento.
Foi a 5 de junho de 2023 que o Governo de António Costa apresentou uma nova série de certificados de aforro. Após uma corrida inédita a este produto de poupança, o Executivo socialista lançou a série F, com um tecto de juros mais baixo.
Pouco depois, as famílias começaram a tirar dinheiro dos certificados de aforro, o que acontece há dez meses consecutivos, algo que o novo Governo quer alterar. Em junho, o "stock" de certificados de aforro registou uma quebra mensal de 2,77 milhões de euros para 33.960,6 milhões de euros.
Os especialistas ouvidos pelo Negócios defendem que não cabe ao Estado competir com os depósitos a prazo oferecidos pelos bancos. Além disso, numa ótica das necessidades de financiamento do Estado, é preciso ter em conta a atratividade das obrigações portuguesas, que não justifica a emissão da dívida de curto prazo, sobretudo quando esta paga prémios de permanência, como é o caso dos certificados de aforro.
No caso dos certificados do Tesouro, este movimento é ainda mais drástico. Desde novembro de 2021 que o "stock" desta fonte de financiamento do Estado tem vindo a diminuir. Em junho, os certificados do Tesouro recuaram 66,38 milhões de euros para 10.324,88 milhões de euros.
Para os especialistas, se o Governo precisa de financiamento a curto prazo,esta deveria ser, no entanto, a opção. Ou seja, recorrer a certificados do Tesouro com maturidade e taxas de juro fixas.
Entretanto, os CTT lançaram um novo serviço de subscrição online de certificados de aforro, feito através da aplicação dos correios.
Tanto a subscrição como o reforço é feito através da funcionalidade Aforro Digital, a partir do telemóvel, com um mínimo de 10 euros, até ao limite de subscrição.
É também possível simular o rendimento que o investimento poderá trazer e consultar o histórico dos últimos 30 movimentos da conta aforro.