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Nomura recomenda redução da exposição à dívida de Portugal quando Fitch subir rating

Um dos maiores defensores no investimento de dívida nacional considera que o momento das obrigações de Portugal chegou ao fim, com a perspectiva da saída do “lixo” do “rating” por parte da Fitch. Não porque antecipe nuvens negras no horizonte, mas porque o potencial retorno desses investimentos será marginal.

17 de Novembro de 2017 às 11:36
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Uma melhoria do "rating" de Portugal por parte da Fitch será o momento ideal para uma redução da exposição à dívida portuguesa, defende Richard Hodges, da Nomura Asset, citado pela Bloomberg.

 

O responsável gere um fundo constituído por obrigações mundiais cujo desempenho superou em 92% a performance dos seus pares no último ano, realça a Bloomberg. O fundo, que se chama Global Dynamic Bond, é constituído em mais de 12% por dívida portuguesa, de acordo com a mesma fonte.

 

As obrigações portuguesas têm registado um desempenho sustentável este ano, muito devido às melhorias económicas e às perspectivas de subidas de "rating". Desde o final do ano passado, a taxa de juro a 10 anos de Portugal desceu de 3,764% para os actuais 1,971%.

 

O potencial retorno conseguido com negociação de dívida nacional estará perto do fim. Isto numa altura em que as apostas de aumento do "rating" por parte da Fitch aumentam. A agência de notação financeira deverá pronunciar-se sobre Portugal no dia 15 de Dezembro, e a perspectiva é de que retire o país do patamar considerado de "lixo". Já a Moody's deverá pronunciar-se no início do próximo ano.


"Uma vez terminada a história de crédito, se houver uma melhoria [do rating] torna-se mais uma história de juros, onde quer questões económicas, políticas ou de taxas de juro terão uma forte influência no nível dos juros das obrigações portuguesas", salientou Richard Hodges. "Por isso, sugeria que uma pessoa prudente que já tenha uma posição longa nas obrigações de Portugal reduza essa exposição", uma vez que a tendência é que o retorno deste investimento diminua.

 

A Bloomberg salienta que Richard Hodges tem sido um "fã" da dívida nacional, tendo dito em Julho que a aposta nestes activos tem sido "uma negociação de muito sucesso".

 

Mas mesmo no cenário de manutenção do rating por parte da Ficth, o responsável da Nomura admite que a dinâmica da dívida nacional estará a chegar ao fim. Até porque é possível que haja actualizações da notação financeira por parte de outras agências, como o caso da Moody’s.


Mas há um cenário em que Richard Hodges admite que se aumente a exposição à dívida nacional. "Se a Ficth não actualizar [o rating], e se se assistir a uma subida das ‘yields’ portuguesas face a outros periféricos como Itália ou Espanha, deve aproveitar-se esta oportunidade para aumentar a exposição", explica. 

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