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Moody's tira Hungria do lixo com "outlook" estável
A agência de notação financeira decidiu colocar o rating da dívida soberana de longo prazo da Hungria na categoria de investimento de qualidade.
A classificação da dívida soberana húngara regressou à categoria de investimento de qualidade pela mão da Moody’s, num "upgrade" que fez com que o país já não esteja na categoria investimento especulativo junto das três principais agências. Com efeito, depois de a Standard & Poor’s e a Fitch já terem retirado a Hungria do chamado "lixo", já só faltava a Moody’s seguir a mesma via.
A justificar esta decisão de subida do rating em um nível, de Ba1 para Baa3, está "o visível compromisso do governo, através dos excedentes primários em cada um dos últimos quatro anos, de reduzir o seu encargo com a dívida", explica a agência de rating no relatório divulgado esta sexta-feira, 4 de Novembro.
A perspectiva ("outlook") da Moody’s para a evolução da qualidade da dívida da Hungria é estável, tal como acontece com a Fitch e S&P (que também colocaram o seu rating no último grau de investimento de qualidade).
A Moody’s diz esperar que o recente desempenho económico positivo da Hungria possa ser sustentado nos próximos anos, "ajudando a impulsionar a solidez económica" do país.
Esta agência foi, como recorda a Bloomberg, a primeira a colocar a Hungria no patamar de lixo. Aconteceu em Dezembro de 2011, depois de o primeiro-ministro Viktor Orban ter nacionalizado 11 mil milhões de dólares de activos de fundos de pensões privados e ter introduzido a
Foi o mesmo que sucedeu com Portugal uns meses antes: a Moody’s foi a primeira a arrastar o seu rating soberano para a categoria de investimento especulativo. Foi em Julho de 2011 e valeu-lhe muitas manifestações de desagrado no país.
(notícia actualizada às 22:11)