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Juros sem tendência na Zona Euro, à margem das subidas mundiais

Os juros da dívida soberana estão a recuar esta sessão, depois de já terem estado a subir. Itália e Espanha acompanham a volatilidade, ao passo que a Alemanha mantém a tendência de queda. Já os mercados mundiais estão, quase em uníssono, em forte alta.

Reuters
06 de Novembro de 2015 às 11:27
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Uma sessão muito volátil. Assim está a ser esta sexta-feira, 6 de Novembro, para os juros da dívida soberana na Zona Euro. Numa altura em que a incerteza face à possibilidade de o BCE reforçar os estímulos monetários é mais que muita, além da indefinição política que afecta Portugal, as obrigações soberanas estão num verdadeiro sobe e desce. Contrariam, assim, a tendência de subidas registada a nível global, graças à perspectiva cada vez mais forte de que a Reserva Federal dos EUA irá subir a taxa de juro de referência ainda este ano.

A taxa de juro a 10 anos de Portugal está a recuar esta sessão. Numa manhã em que já esteve a subir, recua agora 1,6 pontos base para 2,600%, numa tendência acompanha por Itália. A "yield" italiana a 10 anos desliza 2,6 pontos para 1,671%, ao passo que a de Espanha cai 0,1 pontos para 1,801%. E ambas também já estiveram a subir. Já a taxa da dívida alemã a 10 anos cai 1,6 pontos para 0,591%.

Uma tendência indefinida na união monetária, mas sem paralelo nos mercados globais. É que o índice da Bloomberg, que segue o valor das obrigações de países desenvolvidos, caiu na quinta-feira pela quarta sessão para um mínimo de 18 de Agosto. Uma queda que origina, inversamente, uma subida dos juros nestes activos.

A espoletar estes desempenhos está o cenário cada vez mais forte de que a Fed irá subir a taxa de juro de referência ainda este ano, actualmente entre 0% e 0,25%. Há muito que os investidores aguardam que o banco central dê este passo que, a acontecer, será a primeira subida em quase uma década. A impulsionar estas expectativas estão declarações de vários responsáveis da Fed, entre estes a presidente Janet Yellen, que têm admitido a possibilidade de a política monetária ser ajustada no próximo mês.

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