Notícia
Juros de Portugal abaixo de Itália, distância é a maior em oito anos
Desde Dezembro de 2009 que o "spread" entre os juros praticados para a dívida soberana de Portugal e Itália não era tão grande. O prémio de risco face à Alemanha está perto de ficar em mínimos de antes da chegada da "troika".
A negociação das obrigações portuguesas no mercado secundário de dívida está esta quarta-feira a fazer-se a juros próximos de mínimos de Abril de 2015, continuando a apresentar uma melhor performance que as pares italianas e com o risco da dívida em mínimos de mais de dois anos e meio.
Segundo dados da Bloomberg, com juros de 1,787% (uma descida de 4,2 pontos base) as obrigações lusas a dez anos estão a menos de seis pontos do mínimo de 2015 tocado na passada segunda-feira (1,729%), menos de uma semana depois de a Fitch se ter juntado à Standard&Poor's e colocado a dívida portuguesa em patamar de investimento, com a subida de dois níveis.
Este alívio no prazo de referência coloca o prémio de risco – diferencial para o juro exigido nos mercados para a troca das obrigações alemãs a 10 anos – em 133 pontos-base, a uma curta distância do mínimo de 127,5 pontos de Março de 2015. Se baixar desta fasquia, chegará ao valor mais baixo desde Abril de 2010, período anterior à chegada da "troika" ao país.
Já o "spread" para a dívida transalpina continua a alargar-se, estando agora os juros de Portugal 18,35 pontos base abaixo dos praticados nas obrigações italianas – a maior distância desde Dezembro de 2009.
Além do contexto favorável a Portugal pela subida do rating – que coloca a dívida soberana no radar dos maiores fundos de investimento -, a evolução dos juros é condicionada por condições políticas desafiantes tanto em Itália (incerteza em relação às eleições no final do primeiro trimestre de 2018) como em Espanha, a braços com as eleições de amanhã na Catalunha que opõem os blocos independentista e constitucionalista.
"Há uma troca entre obrigações portuguesas e italianas porque há incerteza em torno da eleição italiana em Março. (…) Em Portugal, por outro lado, há este governo de centro-esquerda que fez alguns progressos notáveis em reembolsar dívida a investidores internacionais," afirmou o analista do DZ Bank, Rene Albrecht, citado pela Reuters.
Depois da promoção pela Fitch da dívida portuguesa à categoria de investimento, na semana passada, Portugal reembolsou esta segunda-feira uma tranche de 1.000 milhões de euros ao FMI no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira conduzido pela "troika", fazendo elevar a cerca de 80% o valor já pago ao fundo de Washington.
Segundo dados da Bloomberg, com juros de 1,787% (uma descida de 4,2 pontos base) as obrigações lusas a dez anos estão a menos de seis pontos do mínimo de 2015 tocado na passada segunda-feira (1,729%), menos de uma semana depois de a Fitch se ter juntado à Standard&Poor's e colocado a dívida portuguesa em patamar de investimento, com a subida de dois níveis.
Já o "spread" para a dívida transalpina continua a alargar-se, estando agora os juros de Portugal 18,35 pontos base abaixo dos praticados nas obrigações italianas – a maior distância desde Dezembro de 2009.
Além do contexto favorável a Portugal pela subida do rating – que coloca a dívida soberana no radar dos maiores fundos de investimento -, a evolução dos juros é condicionada por condições políticas desafiantes tanto em Itália (incerteza em relação às eleições no final do primeiro trimestre de 2018) como em Espanha, a braços com as eleições de amanhã na Catalunha que opõem os blocos independentista e constitucionalista.
"Há uma troca entre obrigações portuguesas e italianas porque há incerteza em torno da eleição italiana em Março. (…) Em Portugal, por outro lado, há este governo de centro-esquerda que fez alguns progressos notáveis em reembolsar dívida a investidores internacionais," afirmou o analista do DZ Bank, Rene Albrecht, citado pela Reuters.
Depois da promoção pela Fitch da dívida portuguesa à categoria de investimento, na semana passada, Portugal reembolsou esta segunda-feira uma tranche de 1.000 milhões de euros ao FMI no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira conduzido pela "troika", fazendo elevar a cerca de 80% o valor já pago ao fundo de Washington.