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Instabilidade em Espanha leva JPMorgan a aconselhar refúgio na dívida portuguesa

Face à instabilidade política que se vive em Espanha, o banco de investimento JPMorgan aconselha os investidores a refugiarem-se na dívida portuguesa.

EPA
13 de Fevereiro de 2019 às 10:25
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O banco de investimento JPMorgan aconselhou os investidores a reforçarem as suas posições na dívida pública de Portugal, caso vendam títulos da dívida espanhola. A recomendação foi feita pelo analista do banco, Gianluca Salford, em declarações citadas pelo Expansión

O analista considera que a dívida portuguesa é um bom refúgio perante a incerteza política que se vive em Espanha. Os partidos nacionalistas catalães deverão juntar-se para impedir a aprovação da proposta do Orçamento do Estado para 2019 do Governo socialista.

Esta é a primeira proposta orçamental de Pedro Sánchez que, se for chumbada, deverá ficar sem condições para governar. Perante a crise política, é expectável que o primeiro-ministro marque eleições, podendo estas realizar-se no final de abril, mas as sondagens sinalizam que o problema de constituir maiorias parlamentares sólidas deverá manter-se. 

É este caldo de incerteza que leva o JPMorgan a aconselhar os investidores a apostar em dívida portuguesa, que tem dado uma rentabilidade anual superior à dívida espanhola. "Cremos que Portugal tem uma história mais convincente em 2019 do que Espanha", assinala o banco de investimento. Em Portugal, as eleições legislativas estão marcadas para outubro. 

"Ambos os países têm-se movido em paralelo no mercado durante os últimos meses, mas a nossa expectativa de um aumento do ruído político em Espanha, por causa do debate do Orçamento, pode facilitar uma melhor trajetória da dívida portuguesa durante as próximas semanas", antecipou Gianluca Salford.

Na sessão desta quarta-feira, 13 de fevereiro, os juros da dívida portuguesa estão a aliviar 2,4 pontos base para os 1,613%, negociando perto de mínimos de 2015. Portugal regressa hoje aos mercados para um duplo leilão de longo prazo (10 e 15 anos). O objetivo do IGCP é financiar-se entre 750 a 1.000 milhões de euros.

Os juros da dívida espanhola a dez anos estão a subir 0,1 pontos base para os 1,24%. Tanto a bolsa espanhola como a bolsa portuguesa estão a desvalorizar, contrariando a tendência positiva das principais praças europeias.
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