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IGCP faz emissão de obrigações para reembolsar FMI

A emissão ocorre na próxima quarta-feira, 14 de Novembro e serve para reembolsar o FMI. O objectivo passa por emitir até 1.250 milhões de euros em títulos a 5 e 10 anos.

Miguel Baltazar/Negócios
09 de Novembro de 2018 às 13:16
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A agência que gere a dívida pública nacional vai realizar um duplo leilão de obrigações do Tesouro (OT) na próxima quarta-feira, 14 de Novembro, com o objectivo de angariar entre 1.000 milhões e 1.250 milhões de euros, revelou o IGCP através de um comunicado.

 

O objectivo, de acordo com o instituto liderado por Cristina Casalinho, passa por utilizar o encaixe da emissão para "pagar antecipadamente parte do empréstimo do FMI".

O secretário de Estado Adjunto do ministro das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, tinha revelado em Outubro que Portugal poderia regressar em breve aos pagamentos antecipados da dívida contraída junto do FMI. 

Portugal arrancou os reembolsos antecipados ao FMI em 2015, sendo que desde então, de acordo com as contas do IGCP, obteve uma poupança acumulada de juros de 1,1 mil milhões de euros.

Nesta altura mais de 80% do empréstimo ao FMI já foi liquidado, faltando reembolsar 4,6 mil milhões de euros. Na operação mais recente, que terminou em Janeiro deste ano e dizia respeito à tranche mais cara, Portugal amortizou 8,5 mil milhões de euros.

Cristina Casalinho adiantou no Parlamento em Maio que apesar da tranche mais cara já ter sido paga, "compensa continuar a reembolsar o FMI", na medida em que "continua a ser mais caro do que emitir em maturidades idênticas".


Na operação da próxima semana, serão emitidas OT com maturidade em 25 de Outubro de 2023 (cinco anos) e 17 de Outubro de 2028 (10 anos). O IGCP não especifica se o valor a encaixar será todo para reembolsar o FMI.

 

Esta será a primeira emissão de dívida de longo prazo desde que a agência Moody’s elevou o "rating" de Portugal, que assim deixou de ter uma classificação de "lixo" entre as três maiores agências de notação financeira.  

 

A anterior foi realizada a 10 de Outubro (dois dias antes da decisão da Moody’s), sendo que nos títulos a 10 anos a taxa de juro subiu para o nível mais elevado em oito meses, apesar de ter ficado abaixo dos 2%.

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