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Famílias vão financiar Estado em mil milhões em 2021
O Governo reviu em alta as expectativas para o financiamento através de instrumentos de aforro em 2021 e prevê captar perto de mil milhões em 2021 com CA e CT.
Os certificados de aforro deverão render perto de mil milhões de euros aos cofres do Estado em 2021, não se prevendo nenhuma emissão de obrigações para o retalho nem este ano, nem para o próximo.
De acordo com a proposta do orçamento do Estado para 2021, entregue esta segunda-feira na Assembleia da República, os certificados do tesouro deverão captar 826 milhões de euros em 2021, enquanto os certificados de aforro (CA) deverão receber 147 milhões no próximo ano. Juntos, os dois instrumentos de aforro deverão financiar o Estado em 973 milhões de euros, acima do montante que o Executivo de António Costa conta receber com estes produtos este ano.
"A expectativa de subscrições líquidas de produtos de aforro foi revista em alta (para 868 milhões de euros), mediante o comportamento observado ao longo de 2020", refere o documento. No OE para 2020, o Governo esperava apenas um pequeno contributo das famílias – de 150 milhões de euros. Contudo, o volume de subscrições nestes produtos de poupança surpreendeu o instituto que gere a dívida pública.
Até agosto, os certificados de aforro do Estado tinham recebido perto de 350 milhões de euros, com os aforradores a continuarem a recorrer as estes produtos de poupança.
De lado parece ter ficado a intenção de colocar uma nova linha de obrigações para o retalho, tal como previa o orçamento suplementar apresentado em junho, onde adiantava que pretendia emitir OTRV (Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável), num montante de 1.500 milhões de euros. Contudo, no quadro das fontes de financiamento para este ano e para o próximo, o Executivo não prevê qualquer contributo com a emissão deste produto.