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Famílias só vão contribuir com 150 milhões para financiamento em 2020

O Governo antecipa que apenas os certificados de aforro sejam capazes de captar investimento em 2020.

17 de Dezembro de 2019 às 00:17
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Os certificados de aforro serão o único de instrumento colocado junto das famílias a apresentar um contributo positivo para o financiamento do Estado em 2020. De acordo com a proposta do Orçamento do Estado para 2020, entregue esta segunda-feira na Assembleia da República, este produto de poupança deverá captar menos de 150 milhões no próximo ano, não se prevendo qualquer contribuição dos certificados do tesouro.

O Executivo liderado por António Costa espera que os os certificados de aforro captem 149 milhões de euros, em 2020, enquanto os certificados do tesouro deverão encerrar o ano com um contributo nulo, de acordo com as previsões divulgados na proposta do OE para 2020.

"Considera-se um contributo limitado dos instrumentos de aforro (149 milhões de euros), tendo em conta o incremento das amortizações dos CT e CTPM (com maturidade em 2020) e tendo-se admitido um perfil de reinvestimento prudente", adianta o mesmo documento.

À semelhança do que tinha acontecido no ano passado, o Governo volta assim a fazer uma previsão cautelosa para o financiamento no retalho. No OE para 2019, as estimativas apontavam para um contributo nulo das famílias, no entanto essas previsões acabaram por ser revistas em alta, devido ao volume de entradas nos certificados.

O "stock" dos Certificados do Tesouro Poupança Crescimento (CTPC) atingiu, em outubro, os 16.977 milhões de euros, um valor que fica 18 milhões de euros acima do valor investido nestes produtos no final de setembro. Já o saldo vivo investido em certificados de aforro (CA) situava-se em 11.999 milhões no final do mês passado, seis milhões acima do valor registado um mês antes. Entre janeiro e outubro, os certificados captaram 686 milhões de euros.

Sem OTRV

Depois de não ter avançado com a emissão de uma linha de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV), no valor de mil milhões de euros, tal como estava previsto no OE para 2019, o Executivo não prevê a realização de qualquer operação deste género em 2020.

Com as taxas de juro do País a negociarem em mínimos históricos, a emissão destes títulos deixa de ser atrativa para os investidores, que privilegiam outros instrumentos, nomeadamente os certificados.

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