O Governo prevê emitir cerca de 8,7 mil milhões de euros em obrigações do tesouro (OT), continuando estes títulos a ser a principal fonte das necessidades de financiamento. Já a emissão de bilhetes do Tesouro (BT) deverá situar-se em 1,3 mil milhões de euros.

"Em 2020, as emissões líquidas de OT deverão manter-se como principal fonte de financiamento (8,7 mil milhões de euros), antecipando-se que as emissões brutas atinjam 16,7 mil milhões de euros (excluindo eventuais operações de troca)", adianta a proposta do Orçamento do Estado para 2020, apresentada esta noite. De acordo com o mesmo documento, "o saldo de BT deverá registar um aumento em 2020 num montante aproximado de 1,3 mil milhões de euros".

As OT continuam, assim, a representar mais de metade das necessidades de financiamento, enquanto o peso das famílias, através dos certificados e das obrigações para o retalho, se mantêm em cerca de 11%.

"Em 2020, estimam-se necessidades brutas de financiamento de cerca de 46,2 mil milhões de euros. A redução de 4,1 mil milhões de euros face a 2019 decorre de uma redução nas principais componentes: as necessidades líquidas de financiamento deverão diminuir cerca de 226 milhões de euros e as amortizações de dívida fundada deverão reduzir-se em cerca de 3,9 mil milhões de euros", detalha ainda o mesmo documento.

Segundo a proposta do OE para 2020, "antecipa-se que as necessidades brutas de financiamento do Estado sejam fundamentalmente cobertas por emissões de dívida fundada, num montante de 46 mil milhões de euros".