Notícia
Subscrições de certificados com melhor mês desde agosto
Após dois meses de subscrições reduzidas, o volume de investimento voltou a aumentar em novembro.
O ritmo de entradas em certificados de poupança do Estado acelerou, em novembro, para o valor mais elevado desde agosto. Entre certificados de aforro (CA) e Certificados do Tesouro Poupança Crescimento (CTPC), as famílias emprestaram 44 milhões de euros ao Estado, o dobro do valor financiado no mês anterior.
Os CTPC foram, no último mês, o principal destino das poupanças aplicadas em certificados. O "stock" destes produtos atingiu, em novembro, os 17.015 milhões de euros, um valor que fica 38 milhões de euros acima do valor investido nestes produtos no final de outubro. Já o saldo vivo investido em certificados de aforro (CA) situava-se em 12.005 milhões no final do mês passado, seis milhões acima do valor registado um mês antes, segundo os dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal.
O ritmo de investimento em certificados volta, assim, a acelerar, após dois meses de entradas muito reduzidas, isto num período em que a maioria dos portugueses recebeu o seu subsídio de Natal. Ainda assim, e apesar deste crescimento, o valor investido continua aquém da média de entradas nos primeiros oito meses do ano: 80,1 milhões de euros.
No acumulado do ano, os certificados de aforro captam 133 milhões de euros, enquanto os CTPC registam um volume de entradas de 597 milhões de euros. Juntos, obtêm subscrições líquidas de 730 milhões de euros nos primeiros 11 meses do ano.
O volume de investimento em certificados, em 2019, surpreendeu o IGCP. O instituto que gere a dívida pública portuguesa antecipava inicialmente resgates nestes produtos, devido à chegada à maturidade dos primeiros certificados do Tesouro, tendo entretanto revisto em alta as suas estimativas para o financiamento junto das famílias.
Ainda assim, o valor captado no retalho, em 2019, deverá ficar aquém do objetivo de mil milhões de euros.
Para o próximo ano, a estimativa é que os certificados de aforro captem 149 milhões de euros, em 2020, enquanto os certificados do tesouro deverão encerrar o ano com um contributo nulo, de acordo com as previsões divulgados na proposta do OE para 2020, esta segunda-feira.