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Estado avança com emissão sindicada de dívida a dez anos

Portugal mandatou um sindicato de bancos para lançar uma nova linha de Obrigações do Tesouro. A operação deverá ficar fechada em breve, segundo a Bloomberg.

Pedro Elias
10 de Janeiro de 2017 às 15:20
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O Estado arranca o financiamento do ano com uma emissão sindicada de uma nova linha de Obrigações do Tesouro com maturidade em 2027. Portugal mandatou um sindicato bancário para lançar a operação, segundo a Bloomberg.

O Estado arranca o financiamento do ano com uma emissão sindicada de uma nova linha de Obrigações do Tesouro com maturidade em Abril de 2027. Portugal mandatou um sindicato bancário para lançar a operação, segundo a Bloomberg. Os analistas já antecipavam que Portugal fizesse uma operação deste tipo e Mário Centeno tinha sinalizado, numa entrevista à Reuters esta segunda-feira, que estava para breve uma emissão sindicada.

 

O sindicato bancário é integrado pelo BBVA, HSBC, JPMorgan, Morgan Stanley, Novo Banco e Société Générale, segundo a Bloomberg. Nos últimos anos, Portugal tem arrancado o plano de financiamento com emissões deste tipo, que tendem a ter montantes mais elevados que os leilões regulares de Obrigações do Tesouro (OT).

 

A 14 de Janeiro do ano passado, a agência que gere o crédito público fez uma operação sindicada a dez anos que permitiu angariar quatro mil milhões de euros. Em Janeiro de 2013, o Estado tinha garantido de uma assentada 5,5 mil milhões de euros em títulos a dez e a 30 anos. E em 2014, Portugal também arrancou com o plano de financiamento com uma emissão sindicada a cinco anos, que permitiu angariar 3,25 mil milhões de euros.

 

Financiamento mais caro

O montante a emitir ainda não é conhecido e dependerá das condições de mercado. Mas face à emissão sindicada do início de 2016, os custos serão mais elevados. Há um ano, para emitir uma nova OT a dez anos pagou um juro de 2,973%. Actualmente, no mercado secundário os investidores exigem 4,105% para comprar títulos a dez anos, um indicador de quanto o Estado terá de pagar para se financiar.

 

A expectativa dos investidores de que Portugal fosse ao mercado foi um dos motivos apontados para a pressão nos juros nacionais nas últimas sessões. Isto numa altura em que existe uma reavaliação global das obrigações soberanas devido às perspectivas de maior inflação.

 

O arranque da operação sindicada, com a atribuição de mandato aos bancos que integram o sindicato, ocorre no dia em que o IGCP divulgou o plano de financiamento para este ano. A entidade liderada por Cristina Casalinho planeia emitir entre 14 mil milhões e 16 mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro.

 

Mas refere que "como habitualmente, o IGCP manterá flexibilidade para introduzir na execução deste programa os ajustamentos que se venham a revelar necessários face à evolução dos mercados e das necessidades de financiamento ao longo do ano.

 

(Notícia actualizada às 15:35 com mais informação)

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