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Dívida pública global promete disparar 9,5% este ano e alcançar novo recorde

O montante conjunto de dívidas soberanas em todo o mundo deve escalar 9,5% este ano para 71,6 biliões de dólares, alcançando um novo máximo. Os custos de manutenção de dívida também devem aumentar significativamente.

Mike Theiler/Reuters
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O montante conjunto de dívidas soberanas em todo o mundo deve escalar 9,5% este ano para 71,6 biliões de dólares, alcançando um novo máximo, de acordo com Índice anual de Dívida Pública da gestora de ativos britânica, Janus Henderson.

 

Este montante será, segundo a mesma previsão impulsionada pelos EUA, China e Japão. No ano passado, a dívida pública global disparou 2,8% para 65,4 biliões de dólares, por outro lado, os custos de manutenção de dívida alcançaram um novo mínimo ao cair para 1,01 biliões de euros.

 

No entanto, os custos de manutenção da dívida, também chamado serviço da dívida, devem aumentar significativamente em 2022, subindo cerca de 14,5% para 1,16 biliões de dólares. Paralelamente um relatório da S&P Global, publicado esta terça-feira e citado pela CNBC, espera que o montante global de empréstimos soberanos suba quase um terço face à média contabilizada antes da pandemia e toque nos 10,4 biliões de dólares.  

 

"Estimamos que os empréstimos permaneçam elevados, devido às necessidade de financiamento da dívida, bem como devido aos desafios de normalização de política fiscal no contexto pós-pandemia e à alta inflação", observa karen Vartapetov, analista de crédito da S&P Global Ratings, citada pela CNBC.

 

O mesmo documento acredita que nos países desenvolvidos os custos dos empréstimos aumentem, ainda que provavelmente se fixem num nível que permitam aos Governos ter tempo para consolidar estes custos nos orçamentos.

 

A convergência da política monetária foi um dos temas fulcrais durante os primeiros dois anos de pandemia, à medida que os bancos centrais mantinham as taxas de juro em mínimos históricos, em nome da saúde económica dos países.

Atualmente, no entanto, na ótica da Janus Henderson, a convergência foi trocada pela divergência, com EUA, Reino Unido, Canadá e Europa caminham a velocidades diferentes até uma política monetária "falcão", enquanto a China continua a tentar estimular a economia com uma postura política mais acomodatícia.

 

Para a gestora de ativos, esta divergência oferece oportunidades para investidores de obrigações com maturidades mais curtas, que são menos suscetíveis às condições de mercado, de acordo com Bethany Payne, gestora na Janus Henderson, em entrevista à televisão norte-americana.

 

Para a especialista o investimento em obrigações com maturidades mais curtas chinesas e suíças está mais protegido contra a pressão inflacionista, primeiro porque a energia pesa menos no cabaz de medição dos preços nestes países, ao contrário do que acontece nos EUA por exemplo, e depois, porque o caminho para uma política monetária "falcão" está mais atrasado do que por exemplo o que está a ser traçado pela Reserva Federal norte-americana (Fed).

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