Notícia
DBRS: Efeitos das catástrofes naturais nas finanças podem ser reduzidos com obrigações
As obrigações para desastres naturais podem aumentar a "gestão de risco de países de baixo e médio rendimento com alta exposição" a este tipo de eventos.
Os desastres naturais causam elevados gastos orçamentais e levam os Estados a aumentarem significativamente a sua despesa. Uma das soluções são as obrigações para catástrofes, uma ferramenta que pretende "mitigar os efeitos dos desastres naturais nas finanças públicas que podem sobrecarregar alguns países", explicam os analistas da agência de rating DBRS Morningstar, numa nota consultada pelo Negócios.
Este tipo de obrigações poderá ser uma ferramenta útil para aumentar a "gestão de risco de países de baixo e médio rendimento com alta exposição a desastres naturais". Ainda assim, é pouco provável que aumentem de forma material "o perfil de crédito de um país, dado que o seu uso ainda é marginal".
O Fundo Monetário Internacional (FMI) calculou o custo orçamental de eventuais responsabilidades devido a desastres naturais e concluiu, com base numa análise de 80 países, que estes eventos têm um custo de 1,6% do PIB, podendo chegar a um máximo de 6% do PIB.
De acordo com a agência de rating, a forma de funcionamento deste tipo de obrigações seria através de um "ativo contingente" que seria ativado na ocorrência de um desastre natural. "Sob certas condições, a entidade emissora vai receber parcial ou totalmente o montante pago pelos investidores nestas obrigações", explicam os analistas.
Do lado dos investidores, tanto para gestoras de ativos como para fundos institucionais, esta classe de ativos tem sido particularmente atrativa devido aos "retornos não correlacionados com os mercados financeiros 'mainstream' e as 'yields' mais elevadas oferecidas para compensar os riscos de catástrofe envolvidos nestas transações".
O uso deste tipo de ferramenta tem aumentado nos últimos anos, revelam os analistas da DBRS, sendo que a "California Earthquake Authority" ou a "Turkish Catastrophe Insurance Pool" que têm sido os maiores "players" neste ramo com 7,2 mil milhões de dólares.
Este tipo de obrigações poderá ser uma ferramenta útil para aumentar a "gestão de risco de países de baixo e médio rendimento com alta exposição a desastres naturais". Ainda assim, é pouco provável que aumentem de forma material "o perfil de crédito de um país, dado que o seu uso ainda é marginal".
De acordo com a agência de rating, a forma de funcionamento deste tipo de obrigações seria através de um "ativo contingente" que seria ativado na ocorrência de um desastre natural. "Sob certas condições, a entidade emissora vai receber parcial ou totalmente o montante pago pelos investidores nestas obrigações", explicam os analistas.
Do lado dos investidores, tanto para gestoras de ativos como para fundos institucionais, esta classe de ativos tem sido particularmente atrativa devido aos "retornos não correlacionados com os mercados financeiros 'mainstream' e as 'yields' mais elevadas oferecidas para compensar os riscos de catástrofe envolvidos nestas transações".
O uso deste tipo de ferramenta tem aumentado nos últimos anos, revelam os analistas da DBRS, sendo que a "California Earthquake Authority" ou a "Turkish Catastrophe Insurance Pool" que têm sido os maiores "players" neste ramo com 7,2 mil milhões de dólares.