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Brisa pede aos credores de dívida que autorizem reembolso antecipado
A empresa de concessão rodoviária vai pedir aos credores de três linhas de obrigações a possibilidade de reembolso antecipado. Os investidores que votarem a favor antecipadamente receberão uma comissão de 0,1% do capital que detêm.
A Brisa quer propor aos seus investidores de três linhas de obrigações com maturidade a 2023, 2025 e 2027 a possibilidade de avançar com um reembolso antecipado desta dívida. A proposta será posta à aprovação dos credores numa assembleia geral de obrigacionistas convocada para 6 de junho.
De acordo com comunicados enviados esta terça-feira à Comissão de Mercado e Valores Mobiliários (CMVM), caso os obrigacionistas autorizem esta operação, batizada em inglês de "make whole call provision", a Brisa deverá avisar com pelo menos dez dias de antecedência os investidores, antes de proceder ao reembolso de dívida. Os agentes de solicitação são o Banco Santander e o Deutsche Bank.
Os "spreads" foram definidos levando em consideração o "spread" atual da oferta de cada linha de cada obrigação no mercado secundário em relação às obrigações de referência com data de vencimento mais próxima. A empresa promete um prémio significativo em comparação com os atuais níveis de investimento.
Além disso, há um outro incentivo. Os obrigacionistas que votarem antecipadamente a favor desta operação, ou seja até ao dia 16 de maio, terão ainda direito a uma comissão que corresponde a 0,1% do capital em dívida das linhas de obrigações sujeitas a esta operação. A comissão será paga no dia 9 de junho e, caso a assembleia geral seja adiada, a 26 de junho.
Segundo a Bloomberg, a razão para esta medida reside no facto de a Brisa pretender refinanciar a estrutura de dívida existente para uma composição mais eficiente: totalmente amortizada, garantida e baseada num acordo "DSCR covenant". A agência norte-americana acrescenta que o novo modelo de financiamento pode consistir em empréstimos bancários ou emissão de nova dívida.