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Lucros da Brisa somam 183 milhões em 2021, ainda 10,4% abaixo de 2019

O tráfego na rede da Brisa Concessão Rodoviária aumentou no ano passado, mas não recuperou ainda os níveis pré-pandemia, As receitas de portagem subiram 15,5% para 549 milhões, face a 2020, mas ficaram ainda 74 milhões de euros abaixo do registado em 2019.

Segundo a Brisa, nos últimos cinco anos as principais empresas do grupo entregaram cerca de 1.260 milhões de euros de impostos ao Estado.
João Miguel Rodrigues
16 de Fevereiro de 2022 às 18:09
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A Brisa Concessão Rodoviária (BCR), que gere a concessão principal do grupo liderado por António Pires de Lima, obteve um resultado líquido de 183,2 milhões de euros no ano passado, o que significa um aumento de 47,4% face aos lucros de 124,2 milhões registados em 2020, mas ainda uma quebra de 10,4% comparativamente com os 204,5 milhões apresentados em 2019.

Em comunicado, a empresa revela ainda que as receitas totais somaram no ano passado 578,4 milhões, o que revela uma quebra de 11,5% face ao ano anterior à pandemia. Já comparativamente com 2020 subiram 15,5%.

Também as receitas de portagem atingiram no ano passado 549 milhões de euros, o que revela ainda uma redução de cerca de 12% face a 2019, quando chegaram aos 622,9 milhões de euros. Face aos 475,3 milhões de euros obtidos em 2020, os números de 2021 mostram uma subida de 15,5%.


O tráfego médio diário nas autoestradas da BCR ficou-se em 2021 pelos 18.550 veículos, menos 13,2% face ao registado em 2019, mas mais 16% do que em 2020.

"2021 foi novamente um ano caracterizado pela imposição de restrições à mobilidade de pessoas e
bens, como consequência da pandemia da covid-19, embora com impactos mais limitados do que os
verificados no ano anterior", afirma a BCR no comunicado.

Lembrando que "o início do ano ficou marcado por um novo Estado de Emergência decretado pelo Governo, com o consequente condicionamento na circulação de pessoas e no livre exercício de atividades económicas", a empresa frisa que "ao longo do ano, e não obstante a continuidade de algumas das medidas restritivas impostas ou reforço pontual das mesmas em ocasiões especiais (como aconteceu no período natalício), foi-se observando um gradual desconfinamento à medida que o processo de vacinação avançou".

Face a 2020, todas as autoestradas da concessão registaram crescimentos de procura.

O investimento somou 46,1 milhões de euros, 11,4% abaixo do realizado no ano passado, estando maioritariamente afeto a obras de alargamento e de reposição de pavimentos.

O resultado operacional (EBITDA) da BCR no final de 2021 era de 447 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 21,1% face ao mesmo período do ano anterior, mas uma queda de 14% comparativamente com os 519,9 milhões atingidos em 2019. 

Os resultados financeiros da concessionária registaram um valor negativo de 48,4 milhões, o que representa uma melhoria de 7,8 milhões em relação ao período homólogo.

A 31 de dezembro de 2021 a dívida bruta (nominal) da BCR era de 1.771 milhões de euros, menos 39 milhões face ao final de 2020.

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