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Após a tempestade, juros da dívida recuam com bonança do BCE

Os juros da dívida estão em forte queda na Zona Euro. Uma tendência mais acentuada na periferia, numa sessão ainda marcada pelos estímulos do BCE. Os investidores estão a reagir à robustez das medidas, apesar de Mario Draghi ter assinalado que o banco central não deverá voltar a cortar as taxas de juro.

Reuters
11 de Março de 2016 às 08:54
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Após o sobe e desce registado esta quinta-feira, os juros da dívida soberana negoceiam hoje em queda. As "yields" recuam em toda a Zona Euro, mas a tendência é mais acentuada nos países da periferia. Isto depois de Mario Draghi ter anunciado um novo e poderoso conjunto de estímulos à economia da Zona Euro.

As taxas de juro da dívida soberana portuguesa estão em forte queda esta sexta-feira, 11 de Março. A taxa das obrigações a dois anos recua 0,6 pontos para 0,672%, ao passo que nos títulos a cinco anos a queda é de 6,9 pontos para 1,963%. Já a "yield" a dez anos desce 8,1 pontos para 3,0,51%.

Uma tendência que está a ser registada por todos os países da Zona Euro, mas em particular pela periferia. É que as "yields" a dez anos de Espanha e Itália estão a cair, respectivamente, 8,5 pontos para 1,504% e 8,7 pontos para 1,374%. E apesar de também a taxa da dívida alemã a 10 anos estar a recuar – 5,0 pontos para 0,257% -, o prémio de risco de Portugal está a cair para 279,4 pontos.

Estes desempenhos positivos acontecem um dia depois de o Banco Central Europeu ter concluído mais uma reunião de política monetária, na qual reforçou os estímulos à economia da Zona Euro. Entre as medidas estão um corte na taxa de depósitos para -0,40% e um aumento das compras de activos para 80 mil milhões de euros por mês.

Os investidores estavam, então, animados com as medidas, mas uma frase bastou para inverter a tendência. "Com a perspectiva actual, não antecipamos que será necessário reduzir mais as taxas", disse Mario Draghi, durante a conferência de imprensa na quinta-feira. Uma declaração que levou o euro a disparar e as bolsas europeias a recuarem. Nos juros da dívida, apenas Portugal conseguiu fechar a sessão a recuar.

"O desapontamento é compreensível, uma vez que o obstáculo para mais medidas de estímulo é agora maior", explicou Colin Bermingham ao Negócios. Contudo, "devemos esperar alguns dias até o mercado acalmar", concluiu o economista do BNP Paribas, pois "a avaliação final poderá ser mais favorável, dado o grande pacote de medidas anunciado".

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