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Banca festeja estímulos do BCE. BCP dispara 8%

As medidas anunciadas pela autoridade monetária da Zona Euro estão a ser bem recebidas pelos investidores. O sector financeiro é o principal beneficiado.

Bruno Simão/Negócios
11 de Março de 2016 às 11:27
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As bolsas regressaram, esta sexta-feira, aos ganhos animadas pelas medidas anunciadas por Mario Draghi. O presidente do Banco Central Europeu (BCE) cortou a taxa de referência para 0%, desceu a taxa de depósitos para -0,40% e aumentou as compras de activos de 60 mil milhões de euros para 80 mil milhões de euros por mês. Medidas que estão a fazer disparar a banca.

O sector financeiro está a ser o mais beneficiado pelas medidas anunciadas pelo BCE, na sequência da última reunião de política monetária. O índice europeu para a banca soma 4,48%, sendo os bancos italianos, espanhóis e portugueses aqueles que protagonizam as maiores subidas. A primeira reacção das acções foi negativa, esta quinta-feira, com os investidores a temerem que, depois destas medidas, o banco central não voltasse a intervir. Mas, esta sexta-feira, voltaram aos ganhos. 


O espanhol Popular lidera as subidas, ao avançar mais de 11%, mas também o italiano Monte dei Paschi aprecia mais de 10%. Apenas um dos 47 membros do índice, o Komercni Bank, não regista um desempenho positivo, ao ceder 0,18%. O sector financeiro é mesmo o responsável pelos ganhos em torno de 2% das praças europeias.


Os bancos portugueses seguem o comportamento dos congéneres europeus. O Banco Comercial Português (BCP) é mesmo o quarto banco que mais valoriza, esta sexta-feira. Dispara 8,46% para os 0,0423 euros. Já o BPI avança 3,22% para os 1,249 euros.


As medidas anunciadas pelo BCE são "positivas" para os bancos no mercado ibérico, defende o Haitong, justificando que a instituição liderada por Mario Draghi apresentou um conjunto de estímulos mais robusto do que o previsto. "As decisões do BCE excederam as nossas perspectivas e o consenso dos mercados, onde era esperado apenas um corte na taxa de depósitos e novas medidas qualitativas para ajudar o programa de compra de activos", explicam os analistas.


Mas o benefício para os bancos está noutra medida. "Apesar de ter cortado a taxa de depósitos em 10 pontos base para -0,40%, o BCE surpreendeu com taxas de juro potencialmente negativas nos novos TLTRO [empréstimos de longo prazo à banca condicionados ao financiamento da economia]", defendem. E "isto deverá contrabalançar parte do efeito que as taxas de mercado negativas têm nos ganhos dos bancos com juros".

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