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China anima Europa, mas Médio Oriente contém ganhos
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta segunda-feira.
China anima Europa, mas Médio Oriente contém ganhos
O cenário de uma mudança, pela primeira vez em 14 anos, na política monetária chinesa para "moderadamente flexível" no próximo ano e promessas de uma política orçamental mais "pró-ativa" animaram as bolsas europeias, em particular os setores com maior exposição à China.
Os ganhos foram, no entanto, contidos devido à incerteza em torno do desenho geopolítico do Médio Oriente - responsável pela produção de cerca de um terço do petróleo mundial.
O índice de referência europeu, o Stoxx 600, registou ganhos pela oitava sessão consecutiva e somou 0,14% para 521,22 pontos, à boleia de setores como o mineiro, que pulou mais de 3%, e outros como o automóvel e o do luxo.
As notícias da China "surpreenderam claramente pela positiva", disse à Bloomberg Geoffrey Yu, estratega da BNY. "A necessidade de melhorar a procura e o consumo é extremamente clara, em vez de uma simples história de investimento" como acontecia anteriormente, acrescentou.
Entre os principais movimentos de mercado estiveram as cotadas do setor do luxo, como a LVMH e a Richemont que pularam ambas mais de 2%.
Por sua vez, o Banco BPM cresceu 2,24%, depois de o Crédit Agricole ter informado que estava pronto para aumentar a sua participação no banco italiano. Já o UniCredit, que está a preparar uma oferta vinculativa sobre o Banco BPM, caiu 1,25%.
As exceções ao sentimento positivo europeu foram o madrileno IBEX 35 que recuou 0,5%, estando a consolidar face aos máximos de quase 15 anos atingidos na passada sexta-feira. Já o alemão DAX ainda chegou a atingir máximos históricos na sessão de hoje, mas acabou por deslizar 0,19%.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o francês CAC-40 valorizou 0,72%, o italiano FTSEMIB ganhou 0,67% e o britânico FTSE 100 subiu 0,52%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,34%.
Juros sem tendência definida na Zona Euro. "Yield" da dívida francesa alivia pela quinta sessão
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro negociaram sem tendência definida esta segunda-feira e com movimentações ligeiras.
As "yields" da dívida francesa a dez anos aliviaram pela quinta sessão consecutiva em 0,5 pontos base para 2,870%, assinalando a maior série de descidas desde fevereiro, mas ainda acima de minímos atingidos na semana passada.
Os juros das "Bunds" alemãs, também a dez anos e de referência para a região, agravaram-se 1,5 pontos base para 2,119%.
Pela Península Ibérica, as "yields" da dívida portuguesa a dez anos avançaram 0,3 pontos base para 2,505%, enquanto os juros da dívida espanhola somaram 0,2 pontos para 2,757%.
Por sua vez, os juros da dívida italiana, também com esta maturidade, subiram 0,4 pontos para 3,195%.
Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas a dez anos recuaram 0,5 pontos base para 4,268%.
Petróleo ganha com mudança de postura sobre política monetária de Pequim
Os preços do petróleo continuam a registar avanços, alimentados, sobretudo, pelo anúncio de que a China irá adotar uma postura de flexibilização monetária, pela primeira vez em 14 anos. Como maior importador mundial de crude, o novo anúncio segue a dar ímpeto ao "ouro negro", numa altura em que a queda do regime de Bashar al-Assad na Síria traz novas incertezas quanto ao futuro da região do Médio Oriente - responsável pela produção de cerca de um terço do petróleo mundial.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – avança 2,23% para os 68,70 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar 1,84% para os 72,43 dólares por barril.
"A flexibilização da política monetária na China é provavelmente o motor da recuperação dos preços do petróleo, apoiando o sentimento de risco", disse à Reuters Giovanni Staunovo, analista do UBS.
O abrandamento económico da China sentido nos últimos tempos tem sido um fator de pressão sobre os preços do petróleo, explicado por uma menor importação de crude por parte do país asiático, que é também o maior consumidor mundial desta matéria-prima.
Aliás, o abrandamento da China foi um fator que levou a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) a decidir, na semana passada, adiar os seus planos de aumento da produção até abril.
Agora, com o anúncio de uma flexibilização da política monetária em 2025, aliado a uma promessa de maior despesa pública, já há "traders" que equacionam um aumento da procura desta matéria-prima por parte dos consumidores chineses.
Ainda assim, como referiu à Reuters Tamas Varga da PVM, "O anúncio [por parte da China] não é muito pormenorizado", acrescentando que o apoio credível aos preços sob a forma de uma nova procura chinesa de petróleo só poderá ser dado quando o sentimento dos consumidores e as despesas melhorarem.
Já na região do Médio Oriente, uma crescente incerteza e o aumento das tensões geopolíticas com o derrube do regime que governou a Síria nos últimos 50 anos, continua a dar ímpeto aos preços do crude.
"O desenvolvimento na Síria acrescentou uma nova camada de incerteza política no Médio Oriente, proporcionando algum apoio ao mercado", disse Tomomichi Akuta, da Mitsubishi UFJ à Reuters.
Dólar em modo "esperar para ver" antes da reunião do BCE e inflação nos EUA
Com os investidores a incorporarem um corte de juros em 25 pontos base pela Reserva Federal na reunião de 17 e 18 de dezembro, o dólar está a desvalorizar face às principais divisas rivais. A descida é, no entanto, ténue, com os investidores em modo de "esperar para ver" antes de serem conhecidos os números da inflação nos Estados Unidos referentes a novembro.
O índice do dólar - que mede a força da "nota verde" contra as principais divisas rivais - recua 0,12% para 105,927 dólares e o dólar perde 0,2% para 0,9444 euros.
Além dos dados económicos dos Estados Unidos, também a reunião de política monetária do Banco Central Europeu, na quinta-feira, 12 de dezembro, vai centrar atenções. "Neste caso, a narrativa é que, embora a maioria dos bancos centrais do G-10 (exceto o Japão) esteja a tentar reduzir as taxas para um nível neutro, a Reserva Federal será mais lenta do que a maioria dos parceiros comerciais dos EUA e os diferenciais das taxas de juro continuarão a manter-se amplas e a favor do dólar", destaca Chris Turner, analista do ING.
Banco Popular da China compra mais ouro e metal pula
O ouro está a valorizar mais de 1%, para máximos de mais de duas semanas, à boleia de compras pelo Banco Popular da China (PBOC), depois de uma interrupção de seis meses.
A valorização do metal está ainda a ser sustentada por renovado apetite devido a perspetivas de cortes de juros pela Reserva Federal na próxima reunião, que aumentam atratividade do ouro, que não rende juros e que tende a beneficiar de um ambiente de taxas diretoras mais baixas.
O metal amarelo ganha 1,57% para 2.674,71 dólares por onça.
"O fator mais importante é a notícia de que o Banco Popular da China informou que retomou novamente as suas compras de ouro (...). O mercado está a ficar com expectativas de que outros bancos centrais possam fazer o mesmo e que possamos assistir a um recomeço de compras recorde", afirmou à Reuters Bart Melek, analista da TD Securities.
Em 2023, o PBOC foi o maior comprador de ouro do mundo, mas interrompeu em maio uma sequência de 18 meses de compras. A aquisição de ouro por bancos centrais tem sido um dos motores do "rally" deste ano, juntamente com um alívio da política monetário.
Wall Street morna à espera da inflação. Nvidia pressiona
Os principais índices em Wall Street estão a negociar sem tendência definida, depois de na sexta-feira tanto o S&P 500 como o Nasdaq Composite terem alcançado máximos históricos. Os investidores atentam agora no principal evento da semana, os números da inflação de novembro nos Estados Unidos - que serão conhecidos na quarta-feira.
Este indicador é um dos últimos, entre o mais relevantes, a ser conhecido antes da última reunião de política monetária do ano da Reserva Federal, que se realiza a 17 e 18 de dezembro.
A esta hora, o S&P 500 cede 0,1% para 6.084,02 pontos, enquanto o industrial Dow Jones soma 0,13% para 44.699,01 pontos. Por sua vez, o tecnológico Nasdaq Composite recua 0,18% para 19.823,07 pontos.
A probabilidade de uma descida de juros em 25 pontos base pela Fed em dezembro aumentou para 89% na sexta-feira, depois de terem sido conhecidos dados que mostraram uma aceleração da taxa de desemprego para 4,2%, o que demonstra menor robustez do mercado laboral.
O Citigroup reduziu as perspetivas para o corte de juros, de 50 para 25 pontos base, enquanto a Jefferies manteve a estimativa inalterada em 25 pontos.
Entre os principais movimentos de mercado, a Workday e a Apollo Global Management valorizam 7,77% e 3,69%, respetivamente, à boleia de uma inclusão no "benchmark" mundial S&P 500.
Já a Nvidia perde 2,29%, após o regulador dos mercados financeiros chineses ter revelado que está a investigar a empresa devido a uma suspeita de violação da lei antimonopólio numa aquisição realizada em 2020 - e que foi, na altura, aprovada por Pequim.
Por sua vez, as cotadas chinesas em Wall Street pularam depois de o Politburo - o Comité Central do Partido Comunista Chinês - ter sinalizado que vai adotar uma estratégia "moderadamente flexível" no que toca à política monetária no próximo ano e uma política orçamental mais proativa, numa tentativa de fomentar o crescimento económico. A Alibaba sobe 8,11%, a PDD Holdings ganha 11,79% e a Baidu cresce 7,8%.
Euribor cai a três meses para novo mínimo desde março de 2023
A Euribor desceu hoje a três meses para um novo mínimo desde março de 2023 e subiu, pela terceira sessão consecutiva, a seis e a 12 meses.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que baixou para 2,862%, continuou acima da taxa a seis meses (2,661%) e da taxa a 12 meses (2,450%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, subiu hoje para 2,661%, mais 0,007 pontos.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a outubro mostram que a Euribor a seis meses representava 37,36% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 33,13% e 25,54%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, também avançou hoje, para 2,450%, mais 0,051 pontos.
Em sentido contrário, a Euribor a três meses desceu hoje, ao ser fixada em 2,862%, menos 0,006 pontos do que na sessão anterior e um novo mínimo desde 17 de março de 2023.
A média da Euribor em novembro desceu a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em outubro e com mais intensidade no prazo intermédio.
A média da Euribor em novembro desceu 0,160 pontos para 3,007% a três meses (contra 3,167% em outubro), 0,214 pontos para 2,788% a seis meses (contra 3,002%) e 0,185 pontos para 2,506% a 12 meses (contra 2,691%).
Os mercados esperam que o Banco Central Europeu desça, pela quarta vez este ano, e terceira consecutiva, as taxas diretoras em 25 pontos percentuais na reunião de política monetária, a última desde ano, na quinta-feira, 12 de dezembro.
Em 17 de outubro na Eslovénia, o Banco Central Europeu (BCE) cortou as taxas de juro em um quarto de ponto pela terceira vez este ano, a segunda consecutiva, para 3,25%, face a uma inflação que considera estar "no bom caminho" e a uma atividade económica pior do que o previsto.
Em 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
China anuncia flexibilização da política monetária e dá ímpeto às bolsas europeias
As bolsas europeias arrancaram a semana em alta, após as autoridades chinesas terem sinalizado que iriam adotar um política monetária "moderadamente flexível" no próximo ano, numa altura em que o país continua a enfrentar pressões deflacionistas e a sua saúde económica continua a preocupar os investidores. Esta é a primeira vez em 14 anos que as autoridades chinesas decidem mudar a sua posição em matéria de política monetária.
O "benchmark" para a negociação europeia, o Stoxx 600, avança a esta hora 0,15% para 521,25 pontos, estendendo os ganhos registados na semana passada. As ações europeias mais expostas ao mercado chinês são as que registam melhor desempenho esta manhã, com o setor mineiro a disparar mais de 2%.
As notícias vindas da China estão "claramente a surpreender os mercados pela positiva", começa por afirmar o analista da BNY, Geoffrey Yu, à Bloomberg. "A necessidade de dar ímpeto à procura e ao consumo no país é extremamente clara. Isto é mais do que uma simples história de investimento", acrescenta ainda o analista.
Entre as principais movimentações de mercado, a empresa suíça de luxo Richemont avança quase 2%, depois de ter chegado a disparar mais de 4%, no rescaldo da mudança de posição chinesa em relação à sua política monetária. O setor de luxo conta com uma grande exposição ao mercado do país.
Por sua vez, o Banco BPM cresce 1,54% para 7,63 euros, depois de o Crédit Agricole ter informado que estava pronto para aumentar a sua participação no banco italiano. Já o UniCredit, que está a preparar uma oferta vinculativa sobre o Banco BPM, cai 0,75% para 38,92 euros.
Entre as principais praças europeias, Madrid avança 0,2%, Paris cresce 0,38%, Londres valoriza 0,30% e Amesterdão sobe 0,11%. Em contraciclo, Milão cai 0,03% e Frankfurt perde 0,02%, depois de o principal índice alemão ter alcançado novos máximos históricos durante a manhã.
Dólar perde força e interrompe "rally". Euro inalterado
O euro está a negociar praticamente inalterado face ao dólar, numa semana em que se espera um novo alívio na política monetária da Zona Euro por parte do Banco Central Europeu (BCE). O dólar canadiano e o dólar australiano também estão a centrar atenções, com os bancos centrais dos dois países a prepararem-se para continuar a cortar nas taxas de juro.
A esta hora, a moeda única europeia avança 0,01% para 1,0568 dólares, enquanto a divisa norte-americana regista recuos em relação aos seus principais concorrentes. O índice do dólar desvaloriza 0,08%, pressionado ainda pela queda da moeda contra a libra, o dólar australiano e o dólar canadiano.
Com um corte de 25 pontos base por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana no horizonte, os analistas antecipam que o "rally" do dólar, iniciado após a eleição de Donald Trump como o 47.º Presidente do país, possa estar perto do fim.
No entanto, a divisa norte-americana continua a ganhar terreno face ao iene, ao avançar 0,28% contra a divisa nipónica. As probabilidades do Banco do Japão voltar a subir as taxas de juro continuam a aumentar, depois de o país ter revisto em alta o crescimento do PIB no terceiro trimestre do ano – o que dá mais espaço de manobra ao banco central para restringir a sua política monetária.
Juros aliviam na Zona Euro. Alemanha destoa
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a aliviar esta segunda-feira, com as "yields" alemãs a serem as únicas a destoar deste cenário. Isto acontece numa altura em que a mudança de regime na Síria está a centrar atenções, com os investidores a apostarem em ativos-refúgio.
Os juros das "Bunds" alemãs, a dez anos e de referência para a região, avançam uns ligeiros 0,1 pontos base para 2,105%, enquanto as "yields" francesas recuam 0,7 pontos para 2,868%. O "spread" entre as duas continua a diminuir, cifrando-se a esta hora nos 76,3 pontos, depois de ter chegado a tocar em máximos de uma década na semana passada.
Pela Península Ibérica, as "yields" da dívida portuguesa a dez anos perdem 0,6 pontos base para 2,496%, enquanto os juros da dívida espanhola caem 0,9 pontos para 2,746%. Por sua vez, os juros da dívida italiana, também com esta maturidade, recuam 1 ponto para 3,181%.
Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas a dez anos cedem 1,5 pontos base para 4,259%.
China volta a reforçar reservas de ouro e dá ímpeto aos preços do metal
Depois de ter suspendido a compra de ouro por seis meses, o banco central chinês voltou ao mercado para reforçar as suas reservas deste metal precioso, o que está a dar ímpeto aos seus preços. Isto, numa altura em que as tensões geopolíticas continuam a aumentar no Médio Oriente, desta vez com o fim da dinastia Assad que ditou os destinos da Síria durante cinco décadas.
A esta hora, o ouro avança 0,59% para 2.648,90 dólares por onça. O metal precioso está a viver o melhor período dos últimos 14 anos, ao crescer mais de 28% desde que 2024 arrancou, à boleia de uma política monetária mais flexível nos EUA e da compra da matéria-prima como um ativo-refúgio por parte dos investidores.
"A decisão de aumentar as reservas de ouro, particularmente após a recente vitória de Donald Trump nas eleições norte-americanas, reflete a abordagem proativa que o banco central chinês está a ter para assegurar a estabilidade económica do país num contexto de instabilidade mundial", explicam analistas do OCBC, numa nota citada pela Reuters.
Os investidores viram, agora, as suas atenções para os dados da inflação nos EUA, que vão ser conhecidos esta quarta-feira. Espera-se que o índice de preços no consumidor tenha voltado a acelerar em novembro, desta vez para os 2,7%, o que pode levar a Reserva Federal (Fed) norte-americana a reavaliar, mais uma vez, o futuro da política monetária do país.
Queda do regime sírio dá gás aos preços do petróleo
A queda do regime sírio está a dar ímpeto aos preços do petróleo esta manhã, contribuindo para o aumento de tensões geopolíticas no Médio Oriente. Apesar de estar a negociar no verde, os ganhos do crude estão a ser reduzidos pelas perspetivas de um excedente de oferta para o próximo ano.
A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI), de referência para os Estados Unidos, avança 0,79% para 67,73 dólares por barril, e o Brent, o "benchmark" para o continente europeu, recupera 0,70% para 71,62 dólares. Ambos os índices terminaram a sessão de sexta-feira com perdas superiores a 1%.
"Os desenvolvimentos na Síria adicionaram mais uma camada de incerteza política no Médio Oriente, o que está a dar algum apoio ao mercado petrolífero", afirma Tomomichi Akuta, economista sénior na Mitsubishi UFJ Research and Consulting, à Reuters. No entanto, o analista refere que a fraca procura na China continua a ser o grande centro das atenções dos investidores e as políticas energéticas de Donald Trump podem levar a um aumento de crude no mercado.
A Saudi Aramco, conhecida por ser a maior exportadora de petróleo bruto do mundo, voltou a reduzir os preços para os seus clientes asiáticos, desta vez para o nível mais baixo desde o início de 2021. Um movimento que acontece depois de a Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) terem decido adiar novamente a introdução de mais petróleo no mercado.
Turbulência política na Coreia do Sul deixa Ásia sem rumo. Europa aponta para o vermelho
As bolsas asiáticas arrancaram a semana sem rumo, numa altura em que a instabilidade política na Coreia do Sul e a queda do regime na Síria estão a fazer com que os investidores optem por ativos-refúgio. Pela Europa, a negociação de futuros aponta para uma abertura em território negativo, numa semana marcada por várias decisões de política monetária, com o destaque a pertencer ao Banco Central Europeu (BCE).
Na China, o CSI 300 caiu 0,5%, pressionado pelas pressões deflacionistas que continuam a assombrar o país. Em novembro, o índice dos preços no consumidor voltou a cair 0,6% - uma queda superior ao esperado pelos analistas -, levando a inflação anual a registar um alívio de 0,2% nos primeiros onze meses do ano. Apesar disto, o Hang Seng, em Hong Kong, terminou a sessão em ligeira alta e o Shanghai Composite avançou 0,4%.
Já os mercados sul-coreanos continuam a ser fortemente castigados pela instabilidade política no país. Depois de ter sobrevivido a uma primeira votação para o destituir do cargo, o Presidente da Coreia do Sul vai ter de enfrentar o Parlamento outra vez, com a oposição determinada a afastar Yoon Suk-yeol do controlo das rédeas do país. No rescaldo, o Kospi encerrou mais uma sessão no vermelho, a perder quase 3%.
Tóquio foi a única principal praça asiática a escapar totalmente desta onda vermelha. O Topix cresceu 0,4%, enquanto o Nikkei 225 avançou 0,5%, impulsionados por uma revisão em alta do PIB japonês no terceiro trimestre do ano.