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Ao minuto17.02.2025

Setor da defesa leva Europa e Alemanha a novos máximos

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta segunda-feira.

Aurelien Morissard/AP
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17.02.2025

Setor da defesa leva Europa e Alemanha a novos máximos

Os primeiros encontros presenciais com investidores estão a ser usados pelos gestores para atualizar estimativas e acalmar os receios sobre o impacto da guerra no mercado financeiro.

As bolsas europeias continuam a atingir máximos históricos, num dia marcado por uma grande valorização do setor de defesa, depois de os líderes políticos do continente terem convocado uma reunião de emergência para discutirem a guerra na Ucrânia. Esta reunião acontece depois de vários pedidos por parte do Presidente dos EUA para os países europeus reforçarem as verbas para a defesa.

O "benchmark" para a negociação europeia, o Stoxx 600, encerrou a sessão a valorizar 0,54% para 555,42 pontos – um novo máximo de fecho -, isto depois de ter tocado em valores recorde durante a sessão (555,69 pontos). O setor da defesa disparou mais de 4% esta segunda-feira, tendo já conseguido duplicar o seu valor em bolsa desde que a Rússia invadiu a Ucrânia há quase três anos.

Com os países europeus prontos a reforçar as verbas destinadas à defesa, o mercado espera que os lucros das empresas deste setor aumentem consideravelmente, podendo criar maior retorno para os investidores. Para além disso, "a resolução do conflito na Ucrânia poderá trazer benefícios para a Europa, incluindo uma maior confiança dos consumidores, preços da energia mais baixos e condições financeiras mais favoráveis", explicou Bruno Schneller, CEO da Erlen Capital Management, à Reuters.

Empresas como as alemãs Thyssenkrupp e Rheinmetall dispararam mais de 19% e 14%, respetivamente, o que ajudou o principal índice do país, o DAX, a alcançar novos máximos históricos. A primeira empresa chegou a atingir máximos de quatro anos e meio, beneficiando ainda da oferta pública inicial (IPO) da Marine Systems - que forneceu 70% da frota dos atuais submarinos não nucleares da NATO.

O setor financeiro também esteve em alta esta segunda-feira, alcançado máximos de 17 anos, num dia marcada por um agravamento substancial dos juros das dívidas soberanas dos países que compõe a União Europeia.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o britânico FTSE 100 ganhou 0,41%, o espanhol IBEX 35 avançou 0,47%, o francês CAC-40 valorizou 0,13% e o italiano FTSEMIB ganhou 0,92%. Já o holandês AEX acelerou 0,20%.

17.02.2025

Juros agravam-se na Zona Euro com investidores atentos ao setor da defesa

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro agravaram-se em toda a linha esta segunda-feira, num momento em que os investidores viraram as suas atenções para o setor da defesa europeu

O Presidente francês, Emmanuel Macron, convidou os líderes do bloco, incluindo Olaf Scholz e Giorgia Meloni, a irem a Paris hoje para discutirem de forma urgente a situação na Ucrânia e a "segurança do continente", de acordo com a Bloomberg.

"Seja qual for o caminho do processo, é evidente que a Europa terá de aumentar os gastos com a defesa para garantir a segurança da Ucrânia", afirmou Mohit Kumar, estratega da Jefferies. Esta perspetiva implica "uma pressão de subida das taxas e curvas mais acentuadas", acrescentou.

Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, agravaram-se em 3,8 pontos base, para 2,903%, enquanto em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento subiu 4 pontos, para 3,096%. 
 
Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa cresceu 3,8 pontos base para 3,209%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, registaram um acréscimo de 5,7 pontos, para 2,487%. 
 
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, agravaram-se em 2,7 pontos base para 4,525%. 

17.02.2025

Dólar gravita em torno de mínimos de dois meses. Iene valoriza

O dólar está a negociar em torno de mínimos de dois meses esta segunda-feira, num dia em que novos dados económicos estão a dar ímpeto ao iene. Uma possível guerra comercial entre os EUA e os seus parceiros continua a preocupar os investidores, embora o adiamento de tarifas para abril abra algum espaço para negociação.


A esta hora, o euro recua 0,12% para 1,0479 dólares, muito próximo do máximo de duas semanas que atingiu na sexta-feira passada. Por sua vez, a "nota verde" recua 0,58% para 151,43 ienes, depois de o PIB nipónico ter crescido muito acima do esperado no quatro trimestre do ano. A economia do Japão expandiu 2,8% contra os 1% previstos pelos analistas recolhido pela Reuters.


Os mercados estão assim mais certos de que o banco central do país vai mesmo avançar com um aumento nas taxas de juro ainda este ano, o que está a dar força à divida japonesa. "Pelo menos, estes dados afastam os receios de uma paralisação no consumo privado e são positivos para que o banco central possa efetuar uma nova subida nos juros, o que poderá ocorrer mais cedo ou mais tarde", explicou Krishna Bhimavarapu, analista da State Street Global Advisors, à Reuters.


O índice do dólar avança, a esta hora, 0,05% para 106,77 pontos, recuperando ligeiramente das quedas registadas na semana anterior. Na sexta-feira, o índice que segue a divisa norte-americana tocou nos 106,56 pontos - o valor mais baixo desde meados de dezembro.

17.02.2025

Ouro ganha força com guerra comercial em foco

O ouro está a negociar em território positivo esta segunda-feira, numa altura em que os receios de uma guerra comercial entre os EUA e os seus parceiros e um dólar mais fraco estão a dar impulso ao metal precioso. A divisa norte-americana está a negociar em torno de mínimos de dois meses, o que torna a compra de ouro mais apetecível por parte de investidores internacionais.


A esta hora, o metal precioso avança 0,57% para 2.899,09 dólares, tendo chegado a ultrapassar a barreira dos 2.900 dólares esta manhã. "O ouro ainda está a beneficiar da sua posição como activo-refúgio, com os investidores preocupados com as tarifas [de Trump] e uma possível guerra comercial", afirma Giovanni Staunovo, analista do UBS, à Reuters.


Na semana passada, o ouro atingiu máximos históricos (2.942,70 dólares por onça) e, apesar da correção mais recente, continua a encaminhar-se para quebrar a barreira dos 3.000 dólares nas próximas semanas ou meses. "Continuamos a ver um bom momento para o ouro, com o metal precioso a atingir os 3.000 dólares, beneficiando ainda de uma procura contínua por parte dos bancos centrais mundiais", explicou ainda o analista do UBS.


Na passada sexta-feira, Trump deu mais um passo em frente nas suas ameaças de uma guerra comercial, ao informar que as tarifas sobre as importações de automóveis entrariam em vigor dia 2 de abril - isto logo após ter instruído a sua equipa a estudar novas sanções a países que apliquem contra-tarifas contra os EUA.


Os investidores continuam ainda atentos aos desenvolvimentos num possível acordo de cessar-fogo na Ucrânia, isto depois de o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, ter afirmando que Kiev e a Europa iriam fazer parte das negociações para acabar com o conflito que assola o continente há quase três anos.

17.02.2025

"Ouro negro" negoceia sem tendência definida. Olhos postos em possível cessar-fogo na Ucrânia

Os preços do petróleo negoceiam a esta hora sem tendência definida, à medida que os "traders" continuam a acompanhar os desenvolvimentos à volta de um possível cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia. As perspetivas de uma guerra comercial alargada, com ameaças de imposição de tarifas por parte do Presidente norte-americano, Donald Trump, também influenciam os preços da matéria-prima.

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – sobe 0,04% para os 70,77 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a desvalorizar 0,08% para os 74,68 dólares por barril.

Este domingo, Trump disse que poderá reunir-se em breve com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, para discutir o fim da guerra na Ucrânia. As primeiras conversações deverão ter lugar na Arábia Saudita dentro dos próximos dias. Os preços do "ouro negro" podem beneficiar de um eventual cessar-fogo, caso as sanções atualmente impostas à exportação de petróleo russo forem levantadas.

"Se o alívio das sanções o permitir, acreditamos que os preços do Brent poderão cair entre 5 e 10 dólares por barril, se os barris russos não precisarem de fazer uma longa viagem até à Índia ou à China, e se for subitamente disponibilizada mais oferta", afirmam analistas do BofA numa nota a que a Reuters teve acesso.

Já a perspetiva de uma guerra comercial global também limitou os preços do petróleo, depois de Trump ter ordenado, na semana passada, que fossem estudadas tarifas recíprocas contra países que impõem taxas alfandegárias sobre produtos norte-americanos.

"Os fundamentos continuam a apontar para um excesso de oferta [de petróleo] este ano, com o mercado a ter dificuldade em avaliar a potencial magnitude do mesmo devido aos impactos negativos das tarifas dos Estados Unidos no crescimento da procura, juntamente com o potencial alívio das sanções russas", disse à Reuters Ashley Kelty, da Panmure Liberum.

Apesar de a Bloomberg ter noticiado que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) estava a analisar a possibilidade de adiar os aumentos mensais da oferta de petróleo, com início em abril, a instituição confirmou à Reuters que esse plano não está, para já, em cima da mesa.

Os preços do crude apoiam-se a esta hora num dólar americano mais fraco, o que torna o petróleo mais barato para detentores de outras divisas. Também a redução dos fluxos de petróleo através do Consórcio do Oleoduto do Cáspio (CPC) impulsiona os preços da matéria-prima esta segunda-feira, depois de um drone ter atingido a estação de bombagem de Kropotkinskaya, na região de Krasnodar, no sul da Rússia, referiu o CPC em comunicado.  

17.02.2025

Euribor desce a três meses para novo mínimo de mais de um ano

A Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses, e no prazo mais curto para um novo mínimo desde 01 de fevereiro de 2023 mas manteve-se acima de 2,5%.

Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que recuou para 2,510%, continuou acima da taxa a seis meses (2,489%) e da taxa a 12 meses (2,424%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou hoje para 2,489%, menos 0,025 pontos do que na sexta-feira.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a dezembro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,64% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,69% e 25,6%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também caiu hoje, para 2,424%, menos 0,014 pontos.

No mesmo sentido, a Euribor a três meses desceu hoje, ao ser fixada em 2,510%, menos 0,012 pontos que na sexta-feira e um novo mínimo desde 01 de fevereiro de 2023.

A taxa Euribor a três meses entra no cálculo da taxa base dos Certificados de Aforro, que é determinada mensalmente no antepenúltimo dia útil de cada mês, para vigorar durante o mês seguinte, e que não pode ser superior a 2,50% nem inferior a 0%.

A taxa de juro bruta para novas subscrições de Certificados de Aforro, Série F, foi fixada em 2,500% em janeiro de 2025.

Em termos mensais, a média da Euribor em janeiro voltou a descer a três e a seis meses, mas subiu a 12 meses, pela primeira vez depois de nove meses a cair.

Enquanto a média da Euribor a 12 meses subiu 0,089 pontos para 2,525% em janeiro, as médias a três e a seis meses continuaram a cair, designadamente, para 2,704%, menos 0,121 pontos percentuais do que em dezembro, e para 2,614%, menos 0,018 pontos.

Na reunião de política monetária de 30 de janeiro e como antecipado pelos mercados, o BCE baixou de novo, pela quarta reunião consecutiva, a principal taxa diretora em 25 pontos base.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 05 e 06 de março em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

17.02.2025

Aposta na defesa carrega Europa até ao verde

As bolsas europeias estão a negociar em alta, impulsionadas pelas maiores compras de ações ligadas à defesa, no mesmo dia em que o Presidente francês reúne de urgência com alguns aliados europeus para discutirem a "segurança europeia". 

O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – sobe 0,3%, para os 554,07 pontos, com ímpeto do setor da defesa, da banca que sobe mais de 1,3% e das seguradoras. Desde o início do ano, o "benchmark" já ganhou mais de 9%.

O mercado espera que desta cimeira surjam maiores gastos com defesa da Europa, o que pode forçar os governos a aumentar os empréstimos nos próximos anos. A reunião ocorre depois de o vice-presidente dos EUA, JD Vance, ter atacado aliados europeus na passada sexta-feira, ao mesmo tempo que a nova administração norte-americana fazem pressão pelo fim da guerra na Ucrânia. 

Investir na defesa e proteger a Ucrânia pode custar às principais potências da Europa 3,1 biliões de dólares - 29,58 biliões de euros - adicionais nos próximos dez anos, de acordo com estimativas da Bloomberg Economics.

"A União Europeia começa a perceber que pode depender cada vez menos dos EUA para proteger as suas fronteiras. Teremos de ver os países europeus a gastarem mais em defesa", disse Aneeka Gupta, da Wisdomtree UK, à Bloomberg.

O mercado digere ainda as últimas tarifas do Presidente dos EUA, Donald Trump, que se direcionam agora às importações ao setor automóvel. Assim, as principais fabricantes europeias registam a esta hora ligeiras quedas.

"O mercado está a ficar cada vez mais insensível aos anúncios de tarifas", considerou Mohit Kumar, da Jefferies International, à Reuters.

Entre os principais movimentos de mercado, destaque para a alemã Rheinmetall, presente no setor automobilístico e da defesa, que sobe perto de 8%. 

Também a sueca Saab AB avança mais de 10% e a britânica BAE Systems ganha 5,66%.

A Telecom Italia ganha 1,3%, uma vez que a empresa italiana de serviços postais Poste Italiane comprou uma participação na empresa, já que o governo pretende criar um "campeão nacional" das telecomunicações. A Poste Italiane sobe 1,67%.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX valoriza 0,51%, o britânico FTSE 100 ganha 0,15%. Já o espanhol IBEX 35 avança 0,49%, o francês CAC-40 valoriza 0,02% e o italiano FTSEMIB ganha acima de 1%. Em contraciclo, a praça de Amesterdão perde ligeiramente.

17.02.2025

Investidores vendem obrigações e preferem ações de defesa. Juros da dívida da Zona Euro agravam-se

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro agravam-se em toda a linha esta segunda-feira, num momento em que os investidores estão a vender obrigações e a preferir apostar em ações ligadas à defesa.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, convidou os líderes do bloco, incluindo Olaf Scholz e Giorgia Meloni, a irem a Paris hoje para discutirem de forma urgente a situação na Ucrânia e a "segurança do continente", de acordo com a Bloomberg.

"Seja qual for o caminho do processo, é evidente que a Europa terá de aumentar os gastos com a defesa para garantir a segurança da Ucrânia", afirmou Mohit Kumar, estratega da Jefferies. Esta perspetiva implica "uma pressão de subida das taxas e curvas mais acentuadas", acrescentou.

Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, agravam-se em 5,5 pontos base, para 2,920%, enquanto em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento sobe 5,7 pontos, para 3,112%. 
 
Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa cresce 5,6 pontos base para 3,227%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, registam um acréscimo de 6 pontos, para 2,490%. 
 
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, agravam-se também em 6 pontos base para 4,558%. 

17.02.2025

PIB do Japão eleva iene. Dólar cede com atraso na imposição de tarifas

O iene está a subir face ao dólar norte-americano e ao euro, à boleia do PIB do quatro trimestre de 2024 do Japão. Nos últimos três meses do ano passado, a economia japonesa cresceu 2,8%, acima da estimativa dos analistas, que apontavam apenas para uma subida de 1%. 

O crescimento no investimento empresarial e o aumento no consumo elevaram a economia do Japão, o que leva o banco central a ponderar mais subidas das taxas de juro ao longo do ano. O dólar recua 0,33% para 151,81 ienes e o euro perde 0,47% para 159,080 ienes. 

Já a nota verde luta por uma recuperação, depois de os dados das vendas no retalho do lado de lá do Atlântico, divulgados na passada sexta-feira, terem atirado a moeda para o vermelho. Esta manhã, ganhava sobre a moeda única com o euro a perder 0,13% para 1,0478 dólares. 

Em dia de feriado nos EUA, o mercado cambial segue atento a novos desenvolvimentos em torno das tarifas alfandegárias, com os analistas a crerem que não serão tão severas quanto se esperava inicialmente. Além disso, o atraso nas imposições destas sanções tiram força ao dólar.

Também as conversações sobre um possível acordo de paz na Ucrânia pressionam a nota verde. 

17.02.2025

Ouro mantém-se na fasquia dos 2.900 dólares com tarifas em foco

Tal como as ações, as obrigações e o dólar, também o ouro será condicionado pelo discurso de Jerome Powell em Jackson Hole.

O ouro está a ganhar terreno face a um dólar norte-americano mais fraco, pressionado pela queda nas vendas a retalho nos Estados Unidos. Além disso, os investidores continuam atentos à incerteza sobre a política de tarifas de Donald Trump e como o Presidente negociará com os principais parceiros europeus. As tarifas têm sido o principal impulsionador do ouro nas últimas semanas, devido ao seu estatuto de ativo-refúgio.

O metal amarelo mantém-se na fasquia dos 2.900 dólares por onça ao subir 0,63%, para 2.900,73 dólares, num dia mais calmo de negociações, com Wall Street encerrada devido ao feriado do Dia do Presidente dos EUA.

Na passada sexta-feira, Trump aplicou novas tarifas sobre as importações de automóveis, que entram em vigor dia 2 de abril - isto logo após ter instruído a sua equipa a estudar novas sanções a países que apliquem contra-tarifas contra os EUA. 

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, chega hoje à Arábia Saudita antes das tão aguardadas negociações com as autoridades russas para pôr fim à guerra de quase três anos na Ucrânia.

"Se as negociações entre os EUA e a Rússia aumentarem as hipóteses de um acordo de paz que ponha fim à guerra, a procura por ativos-refúgio pode cair, o que pode fazer com que o ouro perca parte do ímpeto", explicou Tim Waterer, da KCM Trade, em declarações à Reuters, que acrescenta que as discussões sobre tarifas podem compensar esta perda.

17.02.2025

Petróleo mantém-se à tona. Rússia pode aumentar exportações

Após desvalorizar na semana passada, o crude inverteu agora o sentido.

Os preços do petróleo estão a negociar sem rumo definido e, a esta hora, praticamente inalterados face à última sessão, já que o cenário de maiores fluxos por parte do Iraque e da Rússia pesou sobre os índices. Aliás, os indicadores de mercado dão sinais de fraqueza quanto à probabilidade de excesso de oferta.

O West Texas Intermediate (WTI), de referência para os EUA, está inalterado nos 70,73 dólares, enquanto o Brent do Mar do Norte, o benchmark europeu, ganha modestos 0,05% para 74,78 dólares. O contrato do primeiro mês do WTI foi negociado a menos um cêntimo por barril do que o contrato do mês seguinte - a primeira vez desde novembro que o chamado "prompt spread" ficou negativo.

A pressão que Donald Trump tem feito pelo fim da guerra na Ucrânia tem feito subir as apostas num aumento de exportações da Rússia. O presidente dos EUA planeia ver Putin ainda este mês para negociações. 

"O sentimento no mercado continua a azedar com a fraqueza de um preço estável, enquanto os contratos também apontam para um mercado físico mais fraco", disse Warren Patterson, do ING Groep NV, à Bloomberg.

O "ouro negro" foi atingido pelas tarifas impostas pelo presidente dos EUA - algumas delas logo retiradas - e ameaças de sanções a produtores, incluindo o Irão. Os preços dispararam na sexta-feira depois de Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, ter dito que o Governo quer reduzir as exportações de petróleo do Teerão para menos de 10%.

17.02.2025

Tecnológicas perdem gás na China e pressionam Ásia. Europa avalia tarifas

As bolsas asiáticas estão a perder terreno num momento em que as ações ligadas à inteligência artifical e às tecnológicas chinesas perdem força. Os investidores digerem também as tensões entre os Estados Unidos e a União Europeia em relação às tarifas alfandegárias e às negociações sobre a guerra na Ucrânia. 

A Ásia arrancou a sessão com ganhos depois de a aposta dos investidores na DeepSeek ter estimulado um "rally" de mais de um bilião de dólares nas tecnológicas na China. Entretanto, o otimismo desvaneceu já que uma parte do mercado percebeu que os ganhos eram exagerados. Além disso, o presidente Xi Jinping reuniu com vários empresários, alguns do setor, impulsionando o otimismo.

"Alguns investidores optaram por tentar obter lucro, já que havia expectativas muito altas em relação ao encontro entre o presidente e os empreendedores", explicou à Bloomber Shen Meng, do Chanson & Co. 

Pela China, o Hang Seng, de Hong Kong, cai 0,1%. Já o Shanghai Composite ganha ligeiramente, com o índice a valorizar 0,2%, ainda assim, para o nível mais alto desde 30 de dezembro.

No Japão, o Topix sobe 0,3% e o Nikkei está inalterado, depois de a economia do país ter crescido pelo terceiro trimestre consecutivo, à medida que as empresas impulsionaram o investimento e as exportações subiram. 

Na Coreia do Sul, o Kospi avançou 0,75% 

Já os futuros da Europa apontam para uma abertura morna, com o Euro Stoxx 50 praticamente inalterado, com os investidores atentos à escalada de tensões entre o bloco e os EUA. As ações francesas e alemãs devem abrir em terreno vermelho, pressionadas pelo cenário de aumento de gastos com a defesa nestes países. 

Wall Street está hoje fechado devido ao feriado do Dia do Presidente nos EUA. 

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