Notícia
Putin diz que política de sanções falhou. Ouro em máximos de um mês
Acompanhe aqui minuto a minuto o conflito na Ucrânia e o impacto nos mercados.
- Lviv, Kharkiv e o Donbas bombardeados pelas forças da Rússia
- Líbia pressiona preços do petróleo
- Ucrânia conclui questionário de processo de entrada na União Europeia
- Novos ataques em Kharkiv fazem cinco mortos mortos e 13 feridos
- Espanha vai reabrir embaixada em Kiev
- Preço do gás natural em mínimos desde início da invasão à Ucrânia
- Air Serbia vai manter voos de ligação a Moscovo, apesar das ameaças de bomba
- Wall Street no verde com investidores já atentos à Fed. Chinesa Didi afunda 21%
- Ouro a negociar em máximos de mais de um mês
- Euro e libra a recuar. Dólar em alta
- Putin diz que sanções falharam
- Líbia eclipsa preocupações com procura na China e deixa petróleo em alta
Na sua publicação diária nas redes sociais, na última noite, Zelensky afirmou que, em Kharkiv, nos útlimos quatro dias, terão morrido pelo menos 18 pessoas e 106 terão ficado feridas.
Em Mariupol, onde os soldados ucranianos voltaram a recusar render-se neste fim de semana, o governo de Kiev indica que há ainda tropas e civis a resistir às forças russas, apesar de estar cercados pelo exército de Moscovo. "A cidade já não existe", indica o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, em entrevista à CBS. "Pela forma como a Rússia se comporta em Mariupol, parece estar decidida em atirar a cidade ao chão a qualquer custo." As autoridades locais estimam já mais de 10 mil civis morreram no local desde o início da guerra, em fevereiro.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, esteve quase a bater os 108 dólares por barril, depois de um rally na semana passada para máximos de dois meses. Neste momento o WTI recua 0,68% para 106,22 dólares por barril.
Já o Bret do Mar do Norte, negociado em Londres e de referência para o continente europeu, alivia 0,72%, ainda assim acima da marca dos 110 dólares, a ser negociado nesta altura nos 110,90 dólares por barril.
A Ucrânia já concluiu o questionário que marca o arranque do processo de adesão à União Europeia, anunciou Ihor Zhovkva, que lidera o gabinete do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy.
O questionário foi entregue por Ursula von der Leyen, a presidente da Comissão Europeia, diretamente a Zelenkskiy durante a visita à Ucrânia, a 8 de abril. Na altura, o líder ucraniano referiu que a Ucrânia pretendia ser célere neste processo.
"Hoje posso afirmar que o documento já está concluído da parte ucraniana", anunciou Zhovkva, na televisão pública ucraniana. "Esperamos que a recomendação … seja positiva e agora a bola está do lado dos Estados-membros"
Este responsável ucraniano acrescentou também que espera que a Ucrânia possa vir a ter o estatuto de país candidato à UE em junho, durante a reunião agendada do Conselho Europeu.
O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchéz, depois de países como França e Itália fazerem anúncios semelhantes.
Sanchéz referiu que esta decisão pretende demonstrar o apoio de Espanha ao povo ucraniano, conforme explicou numa entrevista ao canal espanhol Antena 3.
A União Europeia retomou a missão diplomática em Kiev, a capital da Ucrânia, há pouco mais de uma semana, após as tropas russas se retirarem da região. Ainda assim, a capital da Ucrânia continua a estar debaixo de fogo.
Os últimos dados apontam para um tombo de 8,55% no "benchmark" do gás natural, negociado em Amesterdão.
O preço do gás natural está já 70% abaixo do pico registado em março, quando tocou nos 227,75 euros.
A chegada de temperaturas mais amenas à Europa e também os fornecimentos adicionais têm ajudado a acalmar os receios de escassez de gás natural, situação que está a ter reflexo nos preços no mercado europeu.
O anúncio foi feito pelo presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, que detalhou que as ameaças de bomba estão a eliminar qualquer possibilidade de lucro desta rtoa.
De acordo com a Bloomberg, quase todos os voos entre Belgrado e Moscovo têm recebido ameaças de bomba feitas de forma anónima. A frequência destes episódios intensificou-se a partir do momento em que as principais companhias europeias deixaram de voar para Moscovo.
Como seria de esperar, as ameaças recebidas estão não só a causar atrasos nos voos mas obrigam também a que o avião regresse ao ponto de partida para avaliações de segurança.
Ao contrário das bolsas europeias, que estão encerradas ainda devido à Páscoa, Wall Street está a negociar na sessão desta segunda-feira. Os principais índices norte-americanos arrancaram a sessão em terreno positivo. O industrial Dow Jones avança 0,23% para 34.529,73 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite está na linha de água, nos 13.352,93 pontos, e o S&P 500 avança 0,19% para 4.400,92 pontos.
Os investidores estão atentos aos desenvolvimentos ligados à guerra na Ucrânia e estão já a antecipar as declarações de membros da Fed sobre a possível subida de juros.
O Twitter está, mais uma vez, no centro das atenções. As ações da empresas estão a recuar 1,04%, para 44,60 dólares, depois de no fim de semana o conselho de administração tomar novas decisões na sequência da oferta hostil feita por Elon Musk para comprar a empresa.
Também a Didi, conhecida como a "Uber chinesa", está a chamar a atenção nesta primeira sessão da semana. As ações da empresa começaram a sessão a afundar mais de 21,49% em Wall Street, para 1,94 dólares. Os títulos da empresa já estavam a desvalorizar mais de 19% antes da abertura do mercado, perante notícias de que a próxima reunião de acionistas da empresa poderá ser palco da votação para a retirada da bolsa norte-americana.
De acordo com a Bloomberg, a assembleia de acionistas está marcada para 23 de maio. No ano passado, a entrada em bolsa da chinesa Didi nos EUA já fez Pequim torcer o nariz. Como forma de retaliação, Pequim intensificou o escrutínio à Didi e chegou até a retirar a aplicação das lojas do país, restringindo o negócio da empresa no seu maior mercado.
Nota ainda para as ações do Bank of America, que estão a valorizar 3,02% para 38,66 dólares, depois de o banco apresentar resultados esta segunda-feira. O Bank of America lucrou menos 12,5% no primeiro trimestre do ano, para 7,1 mil milhões de dólares. Ainda assim, o resultado ficou acima das expectativas dos analistas.
O ouro está a negociar em máximos de mais de um mês, mais concretamente de 11 de março. Este metal precioso está a valorizar 0,32%, com a onça a negociar nos 1.984,62 dólares.
Ao longo da sessão este metal chegou a registar ganhos mais expressivos, ficando a escassos dólares de diferença da fasquia dos dois mil dólares, mais concretamente nos 1.998,38 dólares por onça.
A subida do ouro está a ser amparada pelos receios ligados à inflação e a um travão no crescimento global, fatores que levam os investidores a procurar refúgio em ativos como o ouro.
"O ouro está a ser reforçado pelos riscos de inflação elevada e pelo peso dos riscos geopolíticos", nota Kelvin Wong, analista da CMC Markets em Singapura.
Os restantes metais, como a prata e a platina, acompanham esta tendência e estão também a valorizar. A prata soma 1,04% para 25,95 dólares por onça, enquanto a platina regista ganhos de 2,04% para 1.009,89 dólares por onça, a aproximar-se de um máximo de 24 de março.
Por sua vez, a libra recua 0,29% face ao dólar para 1,3022 dólares. Já o dólar está a somar 0,18% perante um cabaz composto por divisas rivais.
"Já se pode dizer, com confiança, que essa política relativa à Rússia falhou, que a estratégia de guerra-relâmpago económica falhou", adiantou Putin, acrescentando que estas medidas tiveram impacto nos próprios países através do "aumento da inflação e de desemprego, de deterioração da dinâmica económica nos Estados Unidos e nos países europeus, de descida do nível de vida dos europeus e de desvalorização das suas economias".
"A Rússia resistiu a essa pressão sem precedentes. A situação está a estabilizar, a taxa de câmbio do rublo voltou aos níveis da primeira quinzena de fevereiro e é sustentada por uma balança de pagamentos objetivamente forte", rematou.
O encerramento de um dos maiores pontos de produção de petróleo na Líbia, o Sharara, devido a protestos, eclipsou os receios ligados à expansão dos confinamentos na China devido à covid-19. Uma vez que a China é o maior importador de petróleo, os confinamentos poderão ter reflexo na procura neste mercado.
Perante este cenário, o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, está a valorizar 0,84%, com o barril a avançar até aos 107,85 dólares.
Já o Brent do Mar do Norte, a referência para as importações portuguesas, está a registar ganhos de 1,11%, com o barril a cotar nos 112,94 dólares.