Notícia
Ucrânia formalmente convidada a aderir à UE. Europa pintada a verde. Petróleo recua e Wall Street cai
Acompanhe aqui os desenvolvimentos da guerra na Ucrânia e o impacto nos mercados.
Von der Leyen entrega processo de adesão à UE a Zelensky
Em relação à entrada da Ucrânia na União Europeia, Von der Leyen disse com convicção que "a Ucrânia pertence à familia europeia", entregando a Zelensky a proposta formal para a adesão do país ao bloco dos 27.
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Banca e energia atiram praças europeias para o verde
As principais bolsas europeias encerraram a semana em alta, todas pintadas a verde, com ganhos substanciais.
O alemão Dax somou 1,46%, o francês CAC-40 valorizou 1,34%, o italiano FTSEMIB avançou 2,13%, o britânico FTSE 100 subiu 1,56% e o espanhol IBEX 35 pulou 1,64%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 1,15%. O português PSI acabou por ter o acanço menos expressivo, ao somar apenas 0,71%.
O Stoxx 600 - índice de referência para a Europa - subiu 1,3% no encerramento em Londres, liderado por ganhos na banca e na energia. O setor da saúde bateu recordes, registando o melhor ganho semanal desde novembro de 2020, à medida que os investidores se voltam para os setores mais defensivos procurando um refúgio da volatilidade. Turismo e lazer foram os setores que mais pesaram.
As avaliações de ações europeias estão agora muito baratas, principalmente em comparação com as dos Estados Undios, idncou Joachim Klement da Liberum Capital. "Os mercados de ações ainda se estão a recuperar do sell off do início de março", afirmou. Os receios em relação à inflação e à subida das taxas de juros "são exagerados, já que as atas da Fed e não nos disseram nada que não soubessemos antes".
Londres e Berlim vão enviar mais centenas de milhões de dólares em equipamento militar para Kiev
A Alemanha e o Reino Unido comprometeram-se em enviar mais armamento militar para a Ucrânia.
À margem de um encontro em Downing Street com o chanceler germânico, Olaf Scholz, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou que Londres vai enviar 100 milhões de libras em armamento militar, incluindo munições aéreas de precisão.
Por seu lado, o chefe de governo alemão, Olaf Scholz, também avançou que Berlim vai continuar a enviar material militar para a Ucrânia, mas sem avançar valores em concreto.
"A unidade é fundamental. Unidade na União Europeia, unidade na G-7 e unidade na NATO, algo que Vladmir Putin não estava à espera", sublinhou Scholz .
Depois dos anos de Brexit marcados pela tensão entre a visão europeísta de Berlim e a vontade de Londres sair do bloco, os dois países anunciaram uma série de planos de cooperação desde a Defesa às áreas económica e científica. A reunião dos dois líderes ocorreu, depois de ontem a União Europeia se ter reunido para aplicar uma nova ronda de sanções contra o Kremlin, que inclui as importações de carvão russo.
Já Boris Johson frisou que "estamos muito unidos em praticamente todos os pontos". A palavra "praticamente" não foi escolhida ao acaso pelo primeiro-ministro britânico, já que enquanto a Alemanha se predispôs a receber cerca de 300 mil refugiados ucranianos, o Reino Unido tem colocado inúmeros obstáculos a este processo de acolhimento das vítimas da guerra.
Londres suspende acreditação de duas refinarias russas. Paládio dispara 10%
No mercado dos metais preciosos, o grande protagonista da sessão desta sexta-feira é o paládio que segue a escalar 10,5% para 2.472,55 dólares a onça, o maior aumento intradiário desde o dia 7 de março de acordo com os dados compilados pela Bloomberg.
O paládio reagiu assim em alta ao facto de Londres ter suspendido as credenciações de duas grandes refinarias russas no mercado londrino, comprometendo assim o abastecimento deste metal precioso, cuja 40% da produção mundial é assegurada pela Rússia.
As empresas de metais não ferrosos, Krastsvetmet e Prioksky – as duas únicas refinarias russas credenciadas junto do mercado londrino – vão deixar de poder cunhar paládio e platina para este mercado, devido à suspensão da sua acreditação.
Esta decisão do London Platinum and Palladium Market irá ter um impacto de 102 toneladas de paládio e platina, afetando cerca de um quarto da oferta destes dois metais preciosos no mercado londrino, de acordo com uma nota de "research" da TD Securities,citada pela Bloomberg.
O ouro acompanha esta tendência, ainda que de forma ligeira, estando a somar 0,57% para 1.942,85 dólares a onça, enquanto a prata sobe 0,26% para 24,68 dólares a onça e platina ganha 1,70% para 978, 93 dólares a onça.
Dólar renova máximos de 2020. Rublo retoma níveis de fim de janeiro
No mercado cambial, o índice do dólar da Bloomberg – que compara a "nota verde" com um cabaz de divisas rivais – está a subir 0,25% para 99,99 pontos, renovando máximos de quase dois anos, à medida que os investidores se preparam para uma subida (ainda) mais agressiva das taxas de juro por parte da Reserva Federal norte-americana (Fed) este ano.
Ainda assim, a perspetiva dos analistas é de que "o dólar norte-americano deva enfraquecer nos próximos três a seis meses, mas isso depende da evolução dos juros da dívida soberana a longo prazo", prevê Bipan Rai, estratega-chefe do departamento de câmbio do Banco Imperial de Comércio do Canadá. Atualmente as yields da dívida soberana norte-americana a cinco e dez anos estão a renovar máximos de 2019, de acordo com os dados compilados pela Bloomberg.
Por outro lado, o euro segue a negociar na linha de água (0,01%) para 1,0879 dólares, enquanto a libra esterlina caiu abaixo do patamar psicológico de 1,30 dólares, pela primeira vez desde novembro de 2020.
Na Rússia, cada dólar está a valer 78,25 rublos renovando valores de fins de janeiro, quase um mês antes de começar a guerra na Ucrânia.
A moeda está assim a reagir em alta aos anúncios de várias empresas e Estados que se predispuseram a pagar o gás russo em rublos. A medida, anunciada no mês passado por Vladmir Putin, entrou em vigor no dia 1 de abril.
Petróleo alivia. Governo iraquiano fala de excesso de oferta
O petróleo estava esta tarde a aliviar, depois de o governo iraquiano ter vindo saudar o compromisso da OPEP+ de não aumentar a produção de crude, afirmando que os níveis atuais iriam contribuir para absorver um excesso de oferta no mercado, indicou a agência estatal de notícias iraquiana.
As palavras de Bagdad terão como objetivo, indica a Reuters, de fazer aliviar os receios do impacto das sanções à Rússia e - juntamente com os confinamentos por surtos de covid-19 na China, o maior importador de petróleo do mundo - estarão a fazer baixar os preços desta commoodity.
Assim, esta tarde, tanto o West Texas Intermediate (WTI) como o Brent do Mar do Norte registam ligeiros recuos.
O WTI, negociado em Nova Iorque, cai um pouco abaixo da linha de água, 0,05%, negociando nos 95,98 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte, a referência para o mercado português, recua 0,20% para 100,38 dólares.
Na sessão anterior, tanto o WTI como o Brent ficaram abaixo dos 100 dólares por barril, nos 94,88 dólares e 99,35 dólares, respetivamente.
Wall Street arranca no vermelho
As principais praças norte-americanas abriram a última sessão da semana a negociar em terreno negativo, arrastadas pelos planos mais agressivos de retirada de estímulos por parte da Reserva Federal dos Estados Unidos.
O índice Dow Jones desliza 0,03% para 34.574,36 pontos, enquanto o S&P 500 segue estável e o Nasdaq cai 0,75% para 13.792,90 pontos.
A pressionar o sentimento em Wall Street continua a expectativa que o banco central acelere o movimento de subida de juros, ao mesmo tempo que reduz mais rapidamente o balanço.
De acordo com as atas da última reunião de política monetária da Fed, divulgadas esta semana, Jerome Powell, além de indicar uma subida de juros mais agressiva, aludiu ao balanço do banco central, tendo sublinhado que era altura de começar a reduzir os ativos comprados no âmbito dos estímulos à economia no período pandémico – e nos dois últimos dias mais dois membros da Fed discursaram no mesmo sentido.
Já o membro do Comité Lael Brainard referiu qye o banco central pode começar a reduzir o balanço a um ritmo mais rápido já a partir de maio. Declarações que estão a pressionar o sentimento dos investidores.
Embaixador da UE vai voltar a Kiev
O embaixador da União Europeia (UE) em Kiev vai voltar à capital ucraniana, anunciou esta sexta-feira o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, a partir da cidade. A ideia do regresso é que UE e Ucrânia possam "trabalhar juntos de forma ainda mais direta e estreita".
"A União Europeia volta a Kiev. Digo-o literalmente: o nosso chefe de delegação voltou a Kiev, para que possamos trabalhar juntos de forma ainda mais direta e estreita", anunciou o Alto Representante da UE para a Política Externa na capital ucraniana, para onde viajou esta sexta-feira com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Portugal aceitou mais de 29 mil pedidos de proteção temporária
Portugal aceitou mais de 29 mil pedidos de proteção temporária de pessoas que fugiram da guerra da Ucrânia, segundo a última atualização feita pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). O SEF precisa que aceitou desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro, 29.061 pedidos de proteção temporária de cidadãos ucranianos e estrangeiros que residem naquele país.
De acordo com o SEF, entre os refugiados ucranianos que chegaram a Portugal e beneficiários da proteção temporária, 10.230 são menores, representando cerca de 35%. No decorrer do processo para proteção temporária em Portugal, os cidadãos têm acesso aos números de Identificação Fiscal, de Segurança Social e do Serviço Nacional de Saúde (SNS), pelo que podem assim beneficiar destes serviços e ingressar no mercado de trabalho.
Dos 29.061 pedidos, o SEF emitiu 11.400 certificados de concessão de autorização de residência ao abrigo do regime de proteção temporária, segundo os dados avançados à Lusa. Este certificado, emitido após o SNS, Segurança Social e Autoridade Tributária terem atribuído os respetivos números, é necessário para os refugiados começarem a trabalhar e acederem a apoios.
Segundo a Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens, pelo menos 45 menores ucranianos não acompanhados pela família chegaram a Portugal desde o início da guerra e até quinta-feira, tendo as situações sido comunicadas às Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ).
O SEF tem uma plataforma 'online', em três línguas, para pedidos de proteção temporária por residentes ucranianos. A plataforma 'SEFforUkraine.sef.pt' "possibilita a todos os cidadãos ucranianos e seus familiares (agregado familiar), bem como a qualquer cidadão estrangeiro a residir na Ucrânia, fazer 'online' um pedido de proteção temporária de um ano, prorrogável por dois períodos de seis meses", segundo o SEF.
Bens da Rússia e Bielorrússia já congelados na UE ascendem a quase 30 mil milhões
A União Europeia (UE) congelou, até agora, bens da Rússia e da Bielorrússia no valor de quase 30 mil milhões de euros, segundo o grupo de trabalho "Freeze and Seize", criado por Bruxelas no âmbito das sanções pela invasão da Ucrânia.
O grupo de trabalho ‘Freeze and Seize’ (congela e apreende) dá conta do congelamento de bens no valor de 29,5 mil milhões de euros, incluindo bens como barcos, helicópteros, imóveis e obras de arte, avaliados em quase 6,7 mil milhões de euros.
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Zelensky denuncia "maldade sem limites". Rússia nega ataque a estação de Kramatorsk
O Presidente da Ucrânia denunciou uma "maldade sem limites" desencadeada pela Rússia após um ataque contra uma estação ferroviária no leste ucraniano que fez várias vítimas, quando milhares de pessoas esperavam no local para fugir da região.
"Sem a força e a coragem para nos enfrentar no campo de batalha, destroem cinicamente a população civil. Esta é uma maldade que não conhece limites. E se não for punida, nunca parará", escreveu Volodymyr Zelensky na rede Telegram, denunciando os métodos "desumanos" das forças russas.
Pelo menos 35 pessoas morreram e 100 ficaram feridas no ataque com ‘rockets’ que visou uma estação de comboios de Kramatorsk, na região do Donbass (leste da Ucrânia), cidade que está sob controlo das forças de Kiev, segundo informações provisórias dos serviços de socorro locais, citados pelas agências internacionais.
De acordo com o chefe de Estado ucraniano, o ataque ocorrido hoje de manhã é a "prova" de que a Rússia "extermina" a população civil. Na mesma mensagem, Volodymyr Zelensky afirmou que se tratou de um ataque com mísseis Tochka-U contra uma estação de comboios "onde se encontravam milhares de civis à espera de serem retirados", indicando ainda que "a polícia e as forças especiais estão no terreno".
"Foi um míssil Tochka, uma bomba de fragmentação", disse, por sua vez, em declarações à France-Presse (AFP) um agente da polícia ucraniana que se encontrava na estação.
A Rússia negou que as suas forças armadas tenham realizado o ataque com mísseis à estação ferroviária de Kramatorsk, no leste da Ucrânia, que, segundo as autoridades locais, provocou pelo menos 35 mortos e 100 feridos.
"Todas as acusações de representantes do regime nacionalista de Kiev de que a Rússia realizou um ataque com mísseis na estação ferroviária de Kramatorsk são uma provocação e não correspondem à verdade", disse o Ministério da Defesa, num comunicado publicado na sua página oficial na rede de mensagens Telegram.
Kremlin vê fim da guerra num "futuro próximo"
Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, afirmou que a "operação especial" na Ucrânia pode chegar ao fim num "futuro próximo", em declarações avançadas pela Reuters. O regime de Vladimir Putin estará próximo de atingir os objetivos que tinha definido, de acordo com o mesmo responsável.
Também o presidente de França, Emmanuel Macron, apontam uma data para o fim da guerra. Em entrevista à rádio francesa RTP, o francês antecipou que o chefe de Estado russo venha a concentrar a campanha da Ucrânia nas zonas separatistas do Donbass para "alcançar" uma vitória a 9 de maio, dia da capitulação da Alemanha nazi em 1945.
"Na Rússia, o 9 de maio é um dia nacional com paradas militares importantes e é quase certo que, para o presidente [Vladimir] Putin, o 9 de maio deve ser um dia de vitória", disse Macron à rádio francesa RTL. O exército da Rússia vai "concentrar todos os esforços no Donbass, vamos enfrentar situações muito difíceis nas próximas semanas", na região leste da Ucrânia, frisou.
Ursula von der Leyen a caminho de Kiev
Ursula von der Leyen já está a caminho de Kiev. A presidente da Comissão Europeia dirige-se, de comboio, esta sexta-feira à capital ucraniana após ter dito esta quinta-feira que iria expressar o seu "apoio inabalável" à Ucrânia na sua luta contra a invasão russa.
Países da NATO vão enviar armamento pesado para a Ucrânia
Os Estados-membros da Organização das Nações Unidas (NATO) concordou em fornecer armamento pesado à Ucrânia, à medida que Kiev se prepara para uma nova ofensiva russa no Leste do país. A decisão foi tomada depois de uma série de encontros com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba.
Kuleba havia apelado ao envio de mais armamento: "A minha agenda é muito simples, há apenas três pontos: armas, armas e armas". "Quanto mais rápido forem entregues, mais vidas serão salvas e mais destruição evitada", disse na quinta-feira o diplomata ucraniano, ao chegar à sede da NATO. "Precisamos de aviões, veículos blindados, defesa antiaérea", insistiu.
"A melhor maneira de ajudar a Ucrânia agora é fornecer tudo o que for necessário para conter e derrotar o exército russo (…), para que a guerra não se espalhe ainda mais", acrescentou. "Sabemos lutar. Sabemos vencer, mas sem um fornecimento sustentável e suficiente de todas as armas exigidas pela Ucrânia, esta vitória imporá enormes sacrifícios", explicou o diplomata.
OMS já registou 102 ataques a instalações e equipamentos de saúde
A Organização Mundial da Saúde (OMS) já registou 102 ataques a instalações ou equipamentos de saúde durante a guerra da Ucrânia, em que 73 pessoas morreram e outras 51 ficaram feridas, informou a organização. Em comunicado, a OMS especifica que a maioria dos ataques foi a instalações da rede de saúde, embora em 13 casos tenham tido como alvo veículos, incluindo ambulâncias.
"Estamos indignados com o facto de esses ataques continuarem, o que constitui uma violação do direito internacional humanitário", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que reiterou o pedido para que a Rússia acabe com o conflito.
Esses ataques terão efeitos de longo prazo no sistema de saúde ucraniano, alerta a OMS, observando que quase mil unidades de saúde estão em zonas de conflito ou próximas das linhas de frente.
"Profissionais de saúde em todo o país estão a arriscar as suas vidas para ajudar aqueles que precisam de cuidados de saúde e nem eles nem seus pacientes devem ser alvos", insistiu Jarno Habicht, representante da OMS na Ucrânia.
Rússia lança ataques em Donbass. Kiev já controla Sumy
A Rússia lançou nas últimas 24 horas sete ataques nas regiões de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, que foram repelidos, disse esta sexta-feira o Estado Maior do exército ucraniano. Segundo o último relatório de guerra, as forças da Ucrânia destruíram quatro tanques, dois sistemas de artilharia, 10 unidades blindadas e 11 veículos russos.
O Estado Maior disse que os esforços da Rússia estão concentrados no leste da Ucrânia, nomeadamente no cerco do porto estratégico de Mariupol, no Mar de Azov, e numa ofensiva na cidade de Izyum, junto ao rio Donetsk, na região de Kharkiv.
As tropas russas continuam a bloquear a cidade de Kharkiv e a colocar minas para impedir "o avanço das tropas ucranianas", disse o relatório. O governador da região de Kharkiv, Oleg Sinegubov, anunciou a morte de pelo menos 14 pessoas nas áreas residenciais de Saltivka e Oleksiivka, bem como num edifício da empresa Tractor Plant, que fabrica máquinas agrícolas.
De acordo com o Estado Maior do exército ucraniano, em Izyum, representantes da autoproclamada "República Popular de Donetsk estão a desempenhar as funções de "polícia" local e a realizar "verificações ilegais de documentos e registos de pessoas".
Por seu turno, o exército ucraniano já controla toda a região de Sumy, no nordeste do país, mas o território ainda não é completamente seguro, avisou o chefe da Administração Militar de Sumy, Dimitro Zhivitski. A prioridade é localizar e neutralizar as minas deixadas pelo exército russo, disse Zhivitski, numa mensagem publicada na plataforma de vídeos YouTube.
O líder militar disse à população que podem ser ouvidas explosões devido à tarefa das forças de emergência, que "estão a neutralizar as munições deixada pelo exército russo". "Existem muitas áreas minadas e inexploradas. Não circule pelas bermas e não utilize as estradas florestais", avisou Zhivitski.
O chefe da Administração Militar de Sumi pediu à população para não se aproximar dos equipamentos militares destruídos, porque "não é altura de limpar, mas sim de desminar".
Bolsas europeias pintadas de verde. Ações do "oil & gas" acompanham subida das "commodities"
As bolsas europeias estão a negociar em terreno positivo, com o Stoxx 600 a recuperar das quedas das sessões anteriores.
O Stoxx 600 está a valorizar 1,21% para 460,52 pontos, com a maioria dos setores a negociar em terreno positivo. Destaca-se a subida do setor de petróleo e gás, que valoriza 2%, assim seguido pelos recursos básicos (1,93%) e pela banca (1,91%).
As empresas do "oil & gas" acompanham o desempenho altista do preço das matérias-primas. Enquanto o brent ultrapassou novamente os 100 dólares, o gás europeu valoriza 3,76% para 108,5 euros por megawatt / hora, recuperando assim após cinco sessões em baixa.
Destaque ainda para as ações do setor automóvel, com ganhos de 1,64%. Ainda assim a fabricante Volvo está a penalizar este setor, ao recuar 2,86%, depois de anunciar que vai sofrer perdas de 423 milhões de dólares devido à guerra na Ucrânia.
Só o setor das telecom é que está na linha de água, a desvalorizar 0,08%.
O PSI avança 0,86%, enquanto o IBEX soma 1,19% e o alemão DAX 1,39%. O francês CAC 40 está a valorizar 1,72%, enquanto em Londres o índice de referência avança 1,04%. A bolsa de Amesterdão avança 1,39% e Milão lidera os ganhos na Europa, a valorizar 1,76%.
Juros das dívidas europeias aliviam, à exceção de Itália
Os juros das dívidas soberanas da zona euro estão a aliviar esta manhã, à exceção de Itália. Na sessão anterior, os juros estiveram a subir.
Os juros das bunds alemãs a dez anos, vistas como a referência para o bloco europeu, estão a recuar esta manhã 1,4 pontos base, para 0,663%.
Em Itália, os juros da dívida a dez anos estão a subir 0,7 pontos base para 2,339%, continuando em valores de março de 2020.
Na Península Ibérica, os juros de Portugal e Espanha seguem a aliviar. Os juros portugueses estão a aliviar 0,1 pontos base para 1,585%, mantendo-se em valores de fevereiro de 2019.
Já em Espanha, os juros da dívida a dez anos estão a aliviar 0,5 pontos base para 1,654%.
Brent novamente acima da fasquia dos 100 dólares
O petróleo está a recuperar na sessão desta sexta-feira, a fechar uma semana em que as notícias sobre vários países acederem às reservas estratégicas para controlar os preços pesaram nesta commodity.
Outro factor que também tem estado a pesar no petróleo é o surto de covid-19 na China - o maior importador de petróleo. Esta manhã, tanto o West Texas Intermediate (WTI) como o Brent do Mar do Norte estão a valorizar.
O WTI, negociado em Nova Iorque, está a registar ganhos de 0,57%, mantendo-se abaixo da fasquia dos 100 dólares por barril, mais concretamente nos 96,58 dólares.
Já o Brent do Mar do Norte, a referência para o mercado português, está a somar 0,48% para 101,06 dólares.
Na sessão anterior, tanto o WTI como o Brent ficaram abaixo dos 100 dólares por barril, nos 94,88 dólares e 99,35 dólares, respetivamente.
Dólar a caminho de maior valorização na semana no espaço de um mês
O dólar está a caminho da sétima sessão consecutiva de valorizações, a somar nesta altura 0,23% perante um cabaz de divisas rivais. A manter-se esta tendência de ganhos, a nota verde poderá alcançar ganhos de 1,36% no registo semanal, mais do que recuperado das perdas da semana passada, na ordem de 0,16%.
O dólar caminha para aquela que poderá ser a maior subida semanal desde o início de março. A amparar o dólar estão sobretudo as declarações dos membros da Fed sobre as taxas de juro, numa semana em que foram também conhecidas as atas do banco central norte-americano, referentes à reunião de março.
Já o euro está a desvalorizar 0,25% esta manhã face ao dólar, para 1,0852 dólares. A moeda única está a caminho de uma queda semanal de 1,72%, que poderá ser a maior desde o tombo de 3,02% registado no início de março.
Nota ainda para a libra esterlina, que acompanha esta desvalorização do euro, a recuar 0,33% face ao dólar, para 1,3032 dólares.
Ouro estável e a caminho de ganho semanal após queda de quase 1,7%
O ouro está a negociar de forma estável, nesta altura praticamente inalterado, a cotar nos 1.931,49 dólares. A manter-se esta tendência, o ouro está a caminhar para um ganho de 0,31% na semana, depois de na semana passada ter derrapado 1,67%.
Na sessão desta sexta-feira os investidores estão a pesar sobretudo as declarações sobre uma política monetária mais agressiva por parte dos membros da norte-americana Fed. James Bullard, por exemplo, admitiu que os juros ainda precisam de uma subida de 300 pontos base, por exemplo. Além disso, também os desenvolvimentos da guerra na Ucrânia, que poderão abrandar o crescimento económico, estão a ser avaliados.
Ainda assim, a alta do dólar poderá estar a travar a possibilidade de maiores avanços neste metal dourado.
"Os preços do ouro estão largamente consolidados e os investidores estão provavelmente a favorecer este metal tendo em conta as preocupações de um crescimento mais fraco", diz Nicholas Frappell, da ABC Bullion, à Bloomberg. "Quando se olha para os desafios que o ouro está a enfrentar, com as subidas dos juros, um crude mais fraco e um dólar mais robusto, o ouro está na verdade a aguentar-se bastante bem".
Nos restantes metais, a prata está a valorizar 0,32% para 24,68 dólares por onça, enquanto a platina está na linha de água, nos 966,23 dólares.
EUA impõem sanções à gigante russa de diamantes Alrosa
O Governo dos Estados Unidos anunciou na quinta-feira a imposição de sanções contra a gigante russa Alrosa, que explora a mina de Catoca, principal fornecedora de diamantes em Angola.
O Departamento de Estado dos EUA também colocou a United Shipbuilding Corporation na lista negra, bem como 28 subsidiárias e os membros da direção da empresa militar russa de construção naval. A medida bloqueia o acesso dos dois grupos ao sistema financeiro norte-americano.
"Estas ações, tomadas com o Departamento de Estado e em coordenação com os nossos aliados e parceiros, refletem o nosso esforço contínuo para restringir o acesso do Kremlin a ativos, recursos e setores da economia que são essenciais para alimentar e financiar a brutalidade de [o presidente russo, Vladimir] Putin", disse o subsecretário do Tesouro para o Terrorismo e Inteligência Financeira, Brian Nelson.
A Alrosa é a maior empresa de mineração de diamantes do mundo e responde por cerca de 90% da capacidade de mineração de diamantes da Rússia, de acordo com o Departamento do Tesouro dos EUA.
A Alrosa gerou receitas de mais de 4,2 mil milhões de dólares (3,9 mil milhões de euros) em 2021. Os diamantes são uma das 10 principais exportações não energéticas da Rússia.
No final de março, quando o Reino Unido anunciou sanções contra a Alrosa, uma fonte da Sociedade Mineira de Catoca disse à Lusa que as medidas não iriam afetar a empresa angolana e descartou a possibilidade de despedimentos.
A empresa não seria também afetada pelas sanções impostas à banca russa, designadamente ao VTB África, banco que opera em Angola, uma vez que "trabalha maioritariamente com bancos nacionais", disse a fonte.
A Sociedade Mineira de Catoca é constituída pela Endiama (Angola), com 41%, Alrosa (Rússia), com 41% e a Lev Leviev International -- LLI (China), com 18%. Catoca é a quarta maior mina do mundo explorada a céu aberto e a maior empresa no setor diamantífero em Angola, operando desde 1996.
Está localizada no território do município de Saurimo, província da Lunda-Sul e possui 639 mil metros quadrados de extensão.
Futuros da Europa antecipam uma abertura a verde para fechar a semana
Os futuros das bolsas europeias estão a antecipar uma abertura em terreno positivo nesta que é a última sessão da semana. Os futuros do Stoxx 50 estão a valorizar 0,915% neste ponto da manhã.
A mesma tendência de subida é visível também em índices como o FTSE 100 ou o alemão DAX, por exemplo.
Há dois principais fatores a que os investidores estarão atentos na sessão desta sexta-feira: aos desenvolvimentos na guerra na Ucrânia e também à evolução da pandemia na China, onde a covid-19 continua a não dar tréguas e a motivar confinamentos.
Com o tema da energia a ser um dos principais focos de atenção nesta guerra da Ucrânia, a União Europeia anunciou ainda esta quinta-feira que vai impor um embargo ao carvão russo e o encerramento de portos europeus, como parte da quinta ronda de sanções contra Moscovo, de acordo com um anúncio da presidência francesa do Conselho da UE. Este pacote "muito substancial" prevê ainda a proibição de exportações para a Rússia, em particular de bens de alta tecnologia, até 10 mil milhões de euros, e novas sanções contra os bancos russos, de acordo com a mesma fonte.
Este embargo irá entrar em vigor no início de agosto, 120 dias após a publicação do novo pacote de sanções no diário oficial da UE prevista para sexta-feira.
Na Ásia, onde a sessão já encerrou esta sexta-feira, as tecnológicas chinesas estiveram novamente a pesar. O índice Hang Seng, em Hong Kong, onde são cotadas muitas destas empresas, derrapou 0,38%, mas a queda mais substancial foi visível no Hang Seng Tech Index, que tombou 2,07%. A Tencent esteve em destaque, ao anunciar que vai encerrar um serviço de streaming de jogos, desvalorizando 1,60%.
No Japão, o Nikkei avançou 0,36% e o Topix 0,21%. Na Coreia do Sul, o Kospi somou 0,14%.
Reino Unido diz que tropas russas fizeram "retirada completa" do nordeste da Ucrânia
Num "briefing" de segurança nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira, o ministério da Defesa do Reino Unido partilha informação sobre a situação na Ucrânia.
De acordo com a nota divulgada pela Defesa britânica, as tropas russas já terão feito "uma retirada completa" do norte da Ucrânia, tendo passado para a Bielorrússia e Rússia. "Pelo menos uma parte dessas forças serão transferidas para o leste da Ucrânia para lutar no Donbass", acrescenta esta informação.
E, de acordo com o mesmo "briefing", "muitas destas forças vão precisar de um tempo significativo para recuperar antes de estarem prontas para avançar mais para leste". O ministério da Defesa britânico antecipa que isto poderá "demorar pelo menos uma semana".
É referido ainda que os ataques russos a cidades "no leste e sul [da Ucrânia]" continuam e que "as forças russas avançaram mais para sul para a cidade estrategicamente importante de Izium, que continua a ser controlada pelos russos".
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - 8 April 2022
— Ministry of Defence (@DefenceHQ) April 8, 2022
Find out more about the UK government's response: https://t.co/lrfW1pqwQe
#StandWithUkraine pic.twitter.com/WPHtWTQEnp