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Ao minuto08.04.2022

UE impõe embargo ao carvão russo. Moscovo admite "baixas significativas"

Acompanhe aqui minuto a minuto o conflito na Ucrânia e o impacto nos mercados.

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08.04.2022

Estados Unidos revogam oficialmente estatuto comercial da Rússia

Os Estados Unidos revogaram oficialmente, esta quinta-feira, o estatuto comercial da Rússia e da Bielorrússia em resposta à guerra na Ucrânia, numa votação no Congresso, abrindo caminho para novas sanções contra aqueles dois países.

Em coordenação com os seus aliados europeus, o Presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou a medida em março, para "isolar ainda mais Rússia do panorama mundial", mas esta nova sanção teve de ser validada pelos eleitos da Câmara dos Representantes e do Senado. A medida contou com um forte apoio interpartidário em ambas câmaras.

Ao privar a Rússia da sua "cláusula da nação mais favorecida", um princípio de reciprocidade básica no livre comércio, o Ocidente a apagaria do jogo global e teria o direito de tributar de fora pesada as importações de produtos russos.

No que diz respeito aos Estados Unidos, apenas dois outros países estão atualmente excluídos desse princípio de reciprocidade, que é a base da maioria das relações comerciais internacionais: Cuba e Coreia do Norte.

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07.04.2022

Pink Floyd juntam-se para gravarem canção de apoio ao povo ucraniano

Os britânicos Pink Floyd publicam na sexta-feira uma nova canção, de apoio ao povo da Ucrânia, "Hey Hey Rise Up", que é também a primeira gravação conjunta da banda em 28 anos, divulgou hoje a editora Warner Music.

Esta canção, a primeira que os Pink Floyd gravam juntos desde "The Division Bell" (1994), traz "David Gilmour e Nick Mason acompanhados pelo baixista de longa data dos Pink Floyd Guy Pratt, e Nitin Sawhney, nos teclados, e apresenta uma 'performance' vocal de Andriy Khlyvnyuk da banda ucraniana Boombox", adianta a discográfica, em comunicado.

"Hey Hey Rise Up" foi gravada no passado dia 30 de março, e "usa a voz de Andriy retirada de um post do seu Instagram - https://www.instagram.com/p/Cae5TydPAxh/ -" em que se ouve o músico ucraniano a cantar na Praça Sofiyskaya, em Kiev, acrescenta a editora.

"A música em si, 'The Red Viburnum In The Meadow', é uma empolgante canção ucraniana escrita durante a I Guerra Mundial, que foi adotada em todo o mundo como bandeira de protesto contra a invasão da Ucrânia. O título da música dos Pink Floyd é retirado do final da letra da canção que se se traduz como 'Hey Hey Rise up and joy'".

As receitas da canção agora gravada destinam-se à Ukrainian Humanitarian Relief, ONG de apoio a refugiados e deslocados, como indica a banda na sua conta na rede social Twitter.

"Todos nós, como tantos outros, sentimos fúria e frustração por este ato vil de invasão de um país independente, pacífico e democrático, e pela morte do seu povo, [assassinatos cometidos] por uma das maiores superpotências mundiais", escreveu Gilmour, na conta da banda no Twitter.

David Gilmour tem uma nora e netos ucranianos, e explica como conheceu Andriy Khlyvnyuk e a sua banda, Boombox.

"Em 2015, fiz um espectáculo no Koko, em Londres, de apoio ao Teatro Livre da Bielorrússia, cujos membros tinham sido presos. As Pussy Riot e a banda ucraniana Boombox também estavam anunciados. Eles deviam fazer o seu próprio 'set', mas Andriy não pôde comparecer porque teve problemas com o visto. Assim, a banda e eu tocámos 'Wish You Were Here' para Andriy, naquela noite".

"Recentemente li que Andriy tinha deixado a sua digressão americana com os Boombox, e voltado para a Ucrânia, para se juntar à Defesa Territorial" do país, prossegue David Gilmour. "Depois vi este incrível vídeo no Instagram, onde ele se encontra numa praça em Kyiv com esta bela igreja dourada, e canta no silêncio de uma cidade, em guerra. Foi um momento poderoso que me deu vontade de pôr em música".

Andriy está presentemente hospitalizado em Kiev, recuperando de um ferimento provocado por um estilhaço de morteiro.

"Toquei-lhe um pouco da canção, por telefone, e ele deu-me a sua bênção", conclui Gilmour. "Ambos esperamos vir a fazer algo em conjunto, no futuro".

O vídeo de "Hey Hey Rise Up" foi dirigido por Mat Whitecross, no mesmo dia em que a canção foi gravada, no estúdio de David Gilmour.

A capa do 'single' conta com a pintura de um girassol, a flor nacional da Ucrânia, feita pelo artista cubano Yosan Leon.

"Esta imagem é uma referência direta à mulher que foi filmada para uma reportagem [nos primeiros dias da invasão] dando sementes de girassol aos soldados russos enquanto lhes dizia para as colocarem nos bolsos de modo a que, quando morressem, os girassóis crescessem", recorda a editora.

Lusa

07.04.2022

União Europeia impõe embargo ao carvão russo

Os 27 Estados-membros da União Europeia (UE) decidiram hoje impor um embargo ao carvão russo e o encerramento de portos europeus, como parte da quinta ronda de sanções contra Moscovo, anunciou a presidência francesa do Conselho da UE.

Este pacote "muito substancial" prevê ainda a proibição de exportações para a Rússia, em particular de bens de alta tecnologia, até 10 mil milhões de euros, e novas sanções contra os bancos russos, de acordo com a mesma fonte.

As novas medidas foram propostas pela Comissão Europeia após a descoberta de dezenas de cadáveres de civis no passado fim de semana na cidade de Bucha, na região administrativa de Kiev.

Esta é a primeira vez que os europeus atingem o setor energético russo, do qual são muito dependentes.

A UE importa 45% do seu carvão da Rússia por um valor de 4 mil milhões de euros por ano.

O embargo irá entrar em vigor no início de agosto, 120 dias após a publicação do novo pacote de sanções no diário oficial da UE prevista para sexta-feira.

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07.04.2022

Porta-voz de Putin admite "baixas significativas"

O porta-voz de Vladimir Putin admite que as forças russas tiveram "baixas significativas" e que isso é uma "tragédia".

 

Dmitri Peskov não avançou números. Em finais de março, segundo dados divulgados por Sergei Rudskoi – um dos principais nomes das forças militares da Rússia –, as baixas do lado russo ascendiam a 1.351 mortos e 3.825 feridos.

07.04.2022

24 países votaram contra suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos da ONU. 58 abstiveram-se

A ONU partilhou uma indicação sobre a forma como os países votaram sobre a suspensão da Rússia do Conselho dos Direitos Humanos da ONU. 

Do total de países presentes nesta votação, 93 votaram a favor, 24 contra e 58 abstiveram-se. A grande maioria dos países europeus votou a favor desta suspensão, incluindo a Hungria, que esta quarta-feira demonstrou disponibilidade de pagar o gás russo em rublos.

Entre os 24 países que votaram contra, destacam-se aliados de Moscovo como a China ou a Bielorrússia. Também a Síria votou contra, assim como a própria Federação Rússia. Também o Congo, Cuba, Eritreia, Etiópia e o Irão. 

Entre os países que se abstiveram nota para a Índia, Egito, Brasil, África do Sul, Angola, Moçambique ou a Árabia Saudita. 

07.04.2022

PSI com a queda menos expressiva numa Europa pintada a vermelho

A política falcão da Reserva Federal norte-americana e - ainda - os receios do impacto nos mercados e na economia de uma guerra prolongada na Ucrânia, com vários pacotes de sanções à Rússia a serem sucessivamente acionados, voltaram a dominar esta sexta-feira o sentimentos dos investidores europeus.

As principais praças da Europa Ocidental encerraram a vermelho, com o alemão Dax a recuar 0,52%, o francês CAC-40 a desvalorizar 0,57%, o italiano FTSEMIB a perder 0,59%, o britânico FTSE 100 a ceder 0,47% e o espanhol IBEX 35 a descer 0,17%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,44%. O PSI acabou por ter o recuo menos expressivo, de uns ténues 0,06%.

O índice Stoxx 600 - de referência para o bloco e que agrega as principais empresas da Europa - fechou a cair 0,21% após ter estado a ganhar à volta de 1%.

Os setores da saúde e dos cuidados pessoais lideraram os ganhos, enquanto a energia caiu com o petróleo. Também em Lisboa, foram as energéticas as que mais pressionaram a bolsa.

As ações das tecnológicas voltaram a recuar, caindo pelo terceiro dia, pressionadas pela subida dos juros das dívidas soberanas.

Monica Defend, diretora do Instituto Amundi, acredita que as ações europeias estão menos atrativas do que as dos Estados Unidos devido à dependência energética da região em relação à Rússia e à sua proximidade geográfica com a guerra. "Obviamente, pode haver uma boa escolha de ações na Europa, mas em geral não é a nossa preferência", afirmou em entrevista à Bloomberg TV.

07.04.2022

Juros agravam-se na Zona Euro

Os juros da dívida soberana na Europa seguem em alta, com os investidores a apostarem noutros ativos-refúgio, como o ouro e dólar, em detrimento das obrigações.

 

Nos mercados da Zona Euro, os juros da dívida portuguesa a 10 anos seguem a somar 1,9 pontos base para 1,578%.

 

Por seu lado, em França os juros no mesmo vencimento avançam 2,9 pontos base para se fixarem em 1,207%.

 

Já as "yields" das Bunds alemãs a 10 anos, referência para a Europa, acompanham o movimento de subida, a ganharem 1,9 pontos base para 0,662%.

 

Em Itália e Espanha, também no vencimento a 10 anos, as "yields" sobem 3,1 e 1,9 pontos base, para 2,328% e 1,651%, respetivamente.

07.04.2022

Rússia suspensa do Conselho de Direitos Humanos na ONU

A Assembleia Geral da ONU votou a suspensão da Rússia do Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas.

A decisão surge após as alegações de crimes de guerra perpetrados pelas forças russas na Ucrânia.

O representante russo, Gennady Kuzmin, condenou a votação, sendo secundado por países como a Coreia do Norte e a Síria.

07.04.2022

Petróleo cai mais de 1%

Os preços do "ouro negro" têm estado a negociar entre ganhos e perdas, enquanto os operadores avaliam a perspetiva de novas idas às reservas estratégicas por parte de países consumidores, a par com o panorama de uma política monetária mais dura nos EUA e com uma menor procura por parte da China – que é a maior importadora mundial de crude.

 

As cotações seguem agora a cair, pressionadas também pelo facto de os stocks norte-americanos de crude terem aumentado na semana passada.

 

Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a ceder 1,70% para 99,35 dólares por barril.

 

Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 1,40% para 94,88 dólares por barril.

07.04.2022

Exportações de energia da Rússia podem crescer quase um terço este ano

Apesar das sanções que estão a ser aplicadas pela União Europeia, Estados Unidos e G7 à Rússia, o país de Vladimir Putin está a arranjar forma de conseguir manter a economia à tona. E um desses pontos está a ser a energia.


De acordo com as estimativas feitas pela Bloomberg Economics, a Rússia poderá ganhar até 320 mil milhões de dólares com as exportações de energia - quase mais um terço do que em 2021. 


A Bloomberg nota que os cargueiros com crude russo já estão esgotados para o próximo mês e várias empresas chinesas já usaram a divisa local para comprar carvão russo em março. Além disso, os fluxos de gás natural da Rússia para a Europa não estagnaram - pelo contrário, aumentaram desde a invasão à Ucrânia. E nenhum destes pontos está a ser alvo de sanções, nota a agência. 


"Não há dúvida de que as sanções financeiras e de outro tipo enfraqueceram a economia russa", nota Patrick Honohan, do Peterson Institute em Washington, "mas as sanções ficaram aquém de restringir a economia, já que não interrompem o fluxo de receitas das exportações". 

07.04.2022

Wall Street arranca com perdas ligeiras. HP dispara 16%

A escalada do conflito armado na Ucrânia e a inflação fora de controlo arrastaram os mercados e a confiança dos empresários.

Wall Street arrancou no vermelho, dando continuidade às perdas de ontem, mas agora de forma ligeira, depois de terem sido divulgadas as atas da Reserva Federal norte-americana (Fed) que dão conta de que a política monetária do banco central continuará a ser restritiva, de forma a combater a inflação.

 

O tecnológico Nasdaq segue a desvalorizar 0,15% para 13.841,60 pontos, enquanto o S&P500 perde 0,23% para 4.470,33 pontos e o industrial Dow Jones desliza 0,54% para 34.317,41 pontos.

Entre os principais movimentos, destacam-se as ações da HP que disparam 16,59%, depois de a Berkshire Hathaway, liderada por Warren Buffett, ter divulgado ao mercado que comprou 121 milhões de ações da fabricante de computadores, passando a deter 11,4% do capital da empresa.

 

Por sua vez, no mercado obrigacionista, os juros da dívida soberana norte-americana a dez anos agravam 5 pontos base para 2,65%, depois de saltar 20 pontos base nas três últimas sessões.

 

A pressionar a sessão está ainda o conteúdo das atas referentes à última reunião da Fed, realizada nos dias 15 e 16 de março – quando o banco central iniciou a subida dos juros diretores, prevendo novos aumentos nas seis reuniões que ainda restam este ano. Nessa mesma reunião, o presidente da Fed, Jerome Powell, aludiu também ao balanço do banco central, tendo sublinhado que era altura de começar a reduzir os ativos comprados no âmbito dos estímulos à economia no período pandémico – e nos dois últimos dias mais dois membros da Fed discursaram no mesmo sentido.

 

Segundo as atas da reunião, os membros do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC) da Fed apontam para que a instituição comece a reduzir o volumoso número de obrigações que detém no seu balanço, a um ritmo máximo de 95 mil milhões de dólares (86,7 mil milhões de euros) por mês, endurecendo assim ainda mais o seu posicionamento de combate à inflação.

 

As atas também referem que "muitos" responsáveis da Fed teriam preferido aumentar os juros diretores em 50 pontos base.                                                                                                                                                                                                              

"Tendo uma visão clara da cadência e do ritmo dos aumentos das taxas de juro e da redução do balanço a reação do mercado às decisões da Fed deve ser menos volátil", antecipa Arte Hogan, responsável pelo departamento de estratégia de mercado da National Securities, citado pela Bloomberg.

"A Fed entregou um roteiro conciso sobre a sua política monetária, cujos custos já foram medidos pelos mercados de ações e de dívida soberana", acrescentou o especialista.

07.04.2022

Zelensky aceitou o convite para discursar no Parlamento português

Antigo ministro dos Negócios Estrangeiros considera que tempos atuais são “propícios a toda a espécie de manipulações e preconceitos”, que não terão lugar no Parlamento.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, já aceitou o convite de Marcelo Rebelo de Sousa para discursar no Parlamento português, por vídeoconferência, segundo avançou o presidente da Assembleia da República, em entrevista ao programa da TSF e Diário de Notícias, "Em Alta Voz".

Augusto Santos Silva anunciou que recebeu, esta manhã, a embaixadora da Ucrânia em Portugal, que confirmou que Volodymyr Zelensky está disponível para se dirigir aos deputados portugueses. Não há, no entanto, ainda data conhecida para a sessão solene.

07.04.2022

Banir carvão russo pode ser possível só em meados de agosto

Os esforços da União Europeia para banir as importações de carvão russo só poderão entrar em ação em meados de agosto, um mês mais tarde do que estava inicialmente planeado. 

Citando fontes europeias, a agência Reuters avança que esta ideia de banir de forma gradual as importações de carvão da Rússia é um dos pilares deste plano de Bruxelas para prejudicar a economia russa. No entanto, poderá agora ser adiado, após a pressão da Alemanha para adiar esta medida. 

A proposta foi apresentada esta terça-feira e, a receber luz verde, poderá mesmo ser a primeira proibição de importações energéticas da Rússia desde o início da invasão à Ucrânia. 

Embora o carvão também tenha peso nas importações energéticas europeias, as maiores fatias pertencem ao petróleo e ao gás natural.

De acordo com dados do Eurostat, em 2021, nos combustíveis fósseis sólidos, como é o caso do carvão, era visível a menor dependência das importações da Rússia, com um peso de 19%. Em 2020, a UE importou 53% do carvão da Rússia, o que representou 30% do consumo bruto nesse ano. 

07.04.2022

UE defende envio de armas para Kiev e mais sanções contra a Rússia

Ucrânia: UE defende envio de armas para Kiev e mais sanções contra a Rússia
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O alto representante da União Europeia para a Política Externa e Segurança, Josep Borrell, insistiu hoje que a Ucrânia precisa de "mais armas, menos aplausos e de mais armas" e defendeu mais sanções contra a Rússia incluindo petróleo.

O alto representante da União Europeia para a Política Externa e Segurança, Josep Borrell, insistiu esta quinta-feira que a Ucrânia precisa de "mais armas, menos aplausos e de mais armas" e defendeu mais sanções contra a Rússia incluindo petróleo.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky "tem muitos apoios, mas do que realmente necessita é de mais armas, menos aplausos e de mais armas. As palavras são boas, mas o importante são as questões práticas, mais recursos, e de mais capacidade militar para resistir à agressão russa", disse Borrell antes do início da reunião interministerial da NATO, hoje em Bruxelas.

Os representantes da União Europeia e dos Países Ásia Pacífico participam no encontro da Aliança Atlântica como entidades convidadas demonstrando, segundo Borrell, operacionalidade e coordenação face à agressão da Rússia na Ucrânia.

Nesta "ação coordenada" contra a Rússia, o representante da diplomacia do bloco europeu sublinhou ser importante incrementar as sanções contra o regime do presidente russo Vladimir Putin sendo que devem também afetar as exportações de petróleo da Rússia.

Em concreto, as sanções sobre o petróleo russo não constam do quinto pacote de restrições que deve ser analisado hoje pela União Europeia.

"[O petróleo russo] não está no quinto pacote de sanções que vai ser discutido hoje. Trata-se apenas de um objetivo que vai ser discutido no Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros, na segunda-feira. Tarde ou cedo, espero que aconteçam", defendeu Borrell.

Sobre o último pacote de sanções, que inclui a proibição sobre a compra de carvão russo, entre outras restrições, Borrell disse que a União Europeia traçou "intenções progressivas" e que agora estão a ser "aceleradas".

"Não queríamos fazer tudo ao mesmo tempo, mas sim tomar medidas tendo em conta a situação no terreno", acrescentou Borrell frisando que o Conselho dos Ministros dos Negócios Estrangeiros da próxima segunda-feira no Luxemburgo vai discutir possíveis sanções adicionais contra a Rússia.

O chefe da diplomacia europeia defende igualmente o "isolamento" da Rússia junto da "comunidade internacional" e em instituições internacionais.

Neste sentido destacou como "muito importante" a eventual expulsão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos da ONU cuja votação está prevista para hoje.

"Vai ser uma votação difícil porque requer dois terços dos votos, mas penso que seria bom" que se concretizasse, disse Borrell, "numa altura em que todo o mundo conhece as atrocidades que se descobriram em Bucha e em outros locais nos arredores de Kiev".

Josep Borrell e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, devem deslocar-se à capital da Ucrânia nos próximos dias onde se vão encontrar com o chefe de Estado ucraniano Volodimir Zelensky.

07.04.2022

Europa começa o dia no verde. Energia comanda perdas

A Europa arrancou a sessão no verde. O Stoxx 600 segue a valorizar 0,36% para 457,60 pontos, depois de ontem ter terminado a sessão a registar a maior queda desde o dia 10 de março. Dos vinte setores que compõe o índice, saúde e o setor automóvel lideram os ganhos, enquanto energia comanda as perdas.

 

Nas restantes praças europeias, o espanhol IBEX soma 0,41%, o alemão DAX valoriza 0,12% e o francês CAC 40 sobe 0,34%. Por sua vez Milão cresce 0,44%, Amesterdão valoriza 0,12%, enquanto Londres é a única praça do bloco a negociar no vermelho, a perder 0,25%. Por cá, o PSI segue a tendência europeia e soma 0,31%, puxado sobretudo pela Nos que ganha 1,71%.

 

A procura por ativos de risco diminuiu esta semana, com as ações tecnológicas a sofrerem com um movimento de vendas, à medida que nos EUA a Fed delineia uma política "falcão" de subida das taxas de juro e redução do balanço, enquanto na Europa aumenta a preocupação entre os "players" sobre o impacto da guerra na Ucrânia nos lucros das empresas e no crescimento económico do bloco.

 

Para o Morgan Stanley, o mercado europeu não nesta neste momento a medir os custos de uma possível contração do PIB, "apesar da forte probabilidade de uma recessão". O banco de investimento, citado pela Bloomberg, acrescenta ainda as avaliações baixas das ações refletem as previsões sobre os lucros, que ao que tudo indica irão diminuir nos próximos meses.

 

Já Monica Defended, diretora do Amundi Insitute, defendeu em entrevista à Bloomberg TV que "preferimos as ações norte-americanas que os títulos europeus" e explica porquê: "a Europa está a sofrer um choque idiossincrático devido à dependência energética [russa] e devido à proximidade com o conflito [na Ucrânia]".

07.04.2022

Juros aliviam na zona euro

Apesar das perspetivas de mudanças na estratégia dos bancos centrais, os juros das obrigações soberanas no euro mantêm juros muito baixos.

Os juros estão a aliviar na zona euro. A yield sobre as bunds alemãs a dez anos – referência para o mercado europeu – está a recuar 3,2 pontos base para 0,611%. Desde o dia 31 de janeiro, que os juros sobre dívida alemã estão em território positivo, estando acima da linha psicológica dos 0,6% desde o fim de março.

 

Em Itália, os juros das obrigações a dez anos estão a descer 3,7 pontos base para 2,26%. Já em França, a "yield" da dívida soberana com a mesma maturidade cai 2,3 pontos base para 1,155%.

 

Na Península Ibérica, os juros da dívida portuguesa a dez anos estão a aliviar 2,9 pontos base para 1,53%. Desde o dia 7 de fevereiro que os juros das obrigações nacionais com esta maturidade estão acima de 1%, sendo que foi a partir desta terça-feira que a yield superou o patamar dos 1,5%, como não era visto desde março de 2020.

Já os juros das obrigações espanholas com a mesma maturidade estão a descer 2,6 pontos base para 1,606%. 

07.04.2022

ETF relacionados com ouro em máximos de um ano. Euro sobe e dólar cai

O ouro segue a ser negociado na linha de água após as atas da Fed. Por seu lado, a guerra continua a motivar a procura de produtos financeiros relacionados com este ativo refúgio por excelência, estando o número de participações em exchange-traded funds (ETF) no nível mais alto desde há um ano.

 

O metal amarelo segue a desvalorizar 0,03% para 1.924,72 dólares a onça. Prata e platina seguem esta tendência negativa, enquanto o paládio está a valorizar.

 

"A resiliência do preço do ouro face ao recente agravamento das 'yields' [das Treasuries a dez anos] pode sugerir que o mercado já tinha medido os custos da política monetária 'hawkish' da Fed", explicou Sim Jun Rong, estratega da IG Asia Pte, citado pela Bloomberg.

"Daqui para a frente, as preocupações com as tensões geopolíticas e com o abrandamento económico podem sustentar a cotação do ouro, com uma linha de suporte de 1.900 dólares", defendeu Sim Jun Rong.

 

No mercado cambial, o índice do dólar da Blooomberg – que compara a "nota verde" com 16 divisas rivais – está a cair 0,14% para 99,46 pontos. Já o euro soma 0,22% para 1,0902 dólares. Na Rússia, cada dólar vale 82,50 rublos, depois de esta quarta-feira a moeda russa ter conseguido regressar aos níveis pré-guerra.

07.04.2022

Petróleo soma mais de 1%

O petróleo está a recuperar depois de uma queda provocada pela decisão de emergência dos membros da Agência Internacional de Energia (AIE) de libertar 120 milhões de barris das suas reservas estratégicas para atenuar o desequilíbrio entre oferta e procura.

Os investidores estão ainda a digerir a divulgação das atas da última reunião da Reserva Federal norte-americana (Fed), que apontam para a continuação de uma política monetária "falcão". O banco central espera começar a reduzir as obrigações que detém no balanço a um ritmo mais rápido que o esperado.

A par do endurecimento do posicionamento da Fed para combater a inflação, também a propagação do número de novos casos de covid-19 na China - o maior importador de petróleo do mundo - está a pesar no sentimento do mercado.

Segundo a Kpler, à medida que Pequim fecha algumas zonas do país, os petroleiros que transportam 22 milhões de barris de petróleo russo, iraniano e venezuelano acumulam-se na costa, perante a diminuição da procura chinesa por ouro negro.

O West Texas Intermediate (WTI), referência para o mercado norte-americano, segue a valorizar 1,6% para 97,77 dólares por barril, depois de recuar mais de cinco dólares por barril esta quarta-feira. Por sua vez, o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, segue a somar 1,79% para 102,88 dólares por barril.

 

Nas últimas seis semanas, desde que começou a guerra na Ucrânia, o mercado do petróleo foi assolado pela volatilidade. Em resposta ao ataque do Kremlin contra Kiev. O Ocidente aplicou sanções contra a Rússia (um dos exportadores do petróleo do mundo), ao mesmo tempo que tenta conter o aumento do preço da energia
 

 

07.04.2022

Kiev "tem o direito de se defender", diz líder da NATO

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse esta quinta-feira que "a Ucrânia tem o direito de se defender" da invasão russa, à chegada a Bruxelas para reuniões com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba.

"Iremos ouvir as necessidades que Dmytro Kouleba nos apresentará e iremos discutir como responder", disse Stoltenberg. "Não faz muito sentido" distinguir entre armas defensivas e ofensivas "numa guerra de defesa como aquela que a Ucrânia está a combater", sublinhou o secretário-geral da NATO.

Kuleba disse que vai pedir o envio de mais armamento: "A minha agenda é muito simples, há apenas três pontos: armas, armas e armas". "Quanto mais rápido forem entregues, mais vidas serão salvas e mais destruição evitada", disse hoje o diplomata ucraniano, ao chegar à sede da NATO. "Precisamos de aviões, veículos blindados, defesa antiaérea", insistiu Kuleba.

"A melhor maneira de ajudar a Ucrânia agora é fornecer tudo o que for necessário para conter e derrotar o exército russo(…), para que a guerra não se espalhe ainda mais", acrescentou. "Sabemos lutar. Sabemos vencer, mas sem um fornecimento sustentável e suficiente de todas as armas exigidas pela Ucrânia, esta vitória imporá enormes sacrifícios", explicou o diplomata.

"Peço a todos os aliados que deixem de lado as suas hesitações, a sua relutância em fornecer à Ucrânia tudo o que ela precisa", insistiu Kuleba. "Está claro que a Alemanha pode fazer mais, dadas as suas reservas. Estamos a trabalhar com o governo alemão para nos fornecer armas adicionais", acrescentou.

À chegada a Bruxelas, a ministra alemã dos Negócios Estrangeiros garantiu: "Continuaremos a apoiar a Ucrânia para a ajudar na sua capacidade de se defender, mas é importante que nos coordenemos, agirmos juntos e não agirmos individualmente". Annalena Baerbock propôs a realização de uma reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO em maio na capital alemã, Berlim.

07.04.2022

Russos nomearam novo executivo em Energodar

Um autoproclamado Conselho de Auto-Organização Pública de Energodar, uma cidade no sul da Ucrânia ocupada por militares russos, nomeou uma nova administração local, revelou esta quinta-feira a empresa nuclear estatal ucraniana Energoatom.

A central nuclear de Zaporijia, a maior da Ucrânia, está situada na região de Energodar, sendo que a cidade foi ocupada por militares russos depois de violentos combates em redor da central nuclear.

Pelo menos 34 membros do conselho reuniram-se na quarta-feira, elegeram Andriy Shevchyk como chefe da administração de Energodar em substituição de Dimitro Orlov, e "forçaram a renúncia" de todos os chefes e membros dos órgãos executivos, disse a Energoatom.

"É claro que essas 'decisões' não têm força legal ou significado legal. Elas não devem ser levadas em consideração, muito menos levadas a sério e reconhecidas", disse a empresa na plataforma Telegram.

Em 2 de abril, Energodar foi palco de uma manifestação de moradores contra a ocupação russa, dispersa com tiros de morteiro e granadas de gás, que feriram quatro pessoas, disse a responsável pelos Direitos Humanos no Parlamento ucraniano, Lyoudmyla Denisova.

Na cidade vizinha de Melitopol, o autarca Ivan Fedorov denunciou que soldados russos estão a roubar máquinas agrícolas de lavoura e colheita, devido às sanções aplicadas contra Moscovo.

"A Rússia está sob sanções há muitos anos e o equipamento que eles estão a retirar da região de Zaporijia e Melitopol não está disponível para compra em território russo", disse Fedorov, citado pelo canal ucraniano Channel 24.

Na região de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, o autarca de Lozova, Sergei Zelenski, indicou que tropas russas atacaram várias localidades. "Graças a Deus não há vítimas", esclareceu, segundo a emissora pública ucraniana Suspilne.

07.04.2022

ONU alerta que aumento dos combates impede ajuda humanitária

O porta-voz do secretário-geral da ONU disse que o aumento dos confrontos na Ucrânia está a impedir que a ajuda humanitária chegue aos mais necessitados. "Recebemos relatos de aumento de combates, bombardeamentos e confrontos na região de Donbass, no leste, bem como nas províncias do sul da Ucrânia.

Os confrontos continuam a afetar áreas residenciais e a danificar infraestruturas importantes", alertou, na quarta-feira, Stéphane Dujarric. Isso "impede que as pessoas presas nas cidades cercadas tenham acesso a mantimentos vitais ou possam retirar-se em segurança", disse o porta-voz, que acrescentou que a entrega de ajuda humanitária está a ser limitada em diferentes partes da Ucrânia.

"Mariupol, Kherson, Mikolaiv e partes das províncias de Lugansk e Donetsk são as áreas mais afetadas. Em Mikolaiv, os bombardeamentos danificaram um hospital infantil, um orfanato e um centro de oncologia há dois dias", disse.

Dujarric indicou que seis milhões de pessoas na Ucrânia "lutam todos os dias para ter acesso a água, necessidade humana essencial", e acrescentou: "4,6 milhões de pessoas têm acesso limitado à água ou dependem de fontes inseguras".

Os danos às infraestruturas deixaram "mais de 1,4 milhão de pessoas" em todo o país sem acesso à água potável, especialmente nas províncias de Lugansk e Donetsk, mas também em partes de Kharkiv, Sumy, Chernigov e Mikolaiv, disse o porta-voz.

Na cidade de Lozova, em Kharkiv, mais de 60 mil pessoas estão sem abastecimento de água e outras 40 mil sem eletricidade desde 02 de abril, na sequência de intensos combates que danificaram as infraestruturas, acrescentou.

Dujarric mencionou que os doadores forneceram mais 50 milhões de dólares (45,8 milhões de euros) "para apoiar o trabalho humanitário crítico na Ucrânia", salientando a necessidade de "mais fundos" para ajudar quem foi prejudicado pela guerra.

O subsecretário-geral da ONU para os Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, está a caminho da Ucrânia, onde se vai reunir com altos funcionários do governo.

07.04.2022

Fed pressiona bolsas. Europa aponta para o vermelho

Os futuros sobre os principais índices europeus apontam para um arranque de sessão no vermelho, um dia depois de terem sido divulgadas as atas da última reunião da Reserva Federal norte-americana (Fed) que decorreu em março e que apontam para que nos próximos meses seja reduzido o número de obrigações contidas no balanço do banco central.

Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 seguem a cair 0,2%, segundo os dados disponibilizados pela Reuters.

 

Segundo as ditas minutas divulgadas depois da sessão europeia desta quarta-feira, os membros do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC) da Fed apontam para que a instituição comece a reduzir o volumoso número de obrigações que detém no seu balanço, a um ritmo máximo de 95 mil milhões de dólares (86,7 mil milhões de euros) por mês, endurecendo assim ainda mais o seu posicionamento de combate à inflação.

 

Esta redução – repartida entre 60 mil milhões de dólares em Obrigações do Tesouro e 35 mil milhões em títulos endossados a hipotecas – é bastante superior ao ritmo de alívio do balanço levado a cabo entre 2017 e 2019, que era de 50 mil milhões por mês.

 

Na Ásia, a sessão também terminou manchada de vermelho pela divulgação das atas da Fed. No Japão, o Nikkei 225 caiu 1,77%, enquanto o Topix deslizou 1,72%. Xangai derrapou 0,99%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng mergulhou 1,31%.

 

Na Coreia do Sul, o Kospi caiu 1,32% enquanto o Kosdaq mergulhou caiu 1,7%. Numa ótica mais ampla, o índice de ações da MSCI para a região da Ásia-Pacífico fora (que não contempla o Japão) deslizou 1,17%.

07.04.2022

ONU vota possível saída da Rússia do Conselho de Direitos Humanos

A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) vai votar esta quinta-feira sobre a possível expulsão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos da organização, devido às acusações de assassinato de civis desarmados, na sequência do massacre de Bucha.

Para que o Kremlin seja expulso deste conselho é necessária uma maioria de dois terços dos votantes.

 

Já no palco da guerra, o Presidente ucraniano Volodymir Zelensky acusou a Rússia, em entrevista a uma televisão turca, de encobrir milhares de corpos na cidade de Mariupol. Segundo o chefe de Estado, o exército turco bloqueou o acesso humanitário à região, para ter tempo para esconder os cadáveres que jazem nas ruas.

Zelensky irá continuar a ronda pelos parlamentos europeus, tendo esta quinta-feira uma sessão marcada na Assembleia da República da Grécia.

 

Em Mariupol, o presidente da câmara municipal,  Vadym Boichenko revelou que a invasão russa já fez mais de 5 mil civis mortos na região. Deste número, 210 eram crianças.

No Reino Unido, Londres prepara-se para enviar veículos blindados Mastiff e Jaguar para o cenário de guerra, de acordo com fonte oficial de Downing Street, citada pela de Times of London.

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