Notícia
Europa fecha quase toda no verde em vésperas de reunião do BoE
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quarta-feira.
Europa encerra o dia com ganhos, em véspera de reunião do banco central do Reino Unido
Num dia marcado pelo anúncio da subida das taxas de juro no Japão, e pela expectativa de que a reunião de hoje da Reserva Federal norte-americana possa sinalizar um corte nas taxas diretoras para setembro, a Europa encerrou a sessão em terreno verde.
O índice Stoxx Europe 600, de referência para o continente, subiu 0,80% para 518,18 pontos. Já o índice francês CAC-40, aumentou 0,76% para 7.531,49 pontos.
O alemão DAX também ganhou, ao ter crescido 0,53% para 18.508,65 pontos, enquanto o espanhol IBEX e o italiano FTSEMIB foram os únicos a registar perdas - recuaram 1,23% e 0,43%, respetivamente.
Em Amesterdão, o AEX registou a maior subida, de 1,39%. Por sua vez, o índice britânico FTSE cresceu 1,13% para 8.367,98 pontos.
Quanto aos setores, o tecnológico teve a maior subida, ao aumentar 2,56%, enquanto o setor industrial reportou ganhos de 1,37%.
Esta quinta-feira será a vez do banco central do Reino Unido reunir e esperam-se sinais de um alivío na poítica monetária do país.
Juros da Zona Euro aliviam. Exceção é Alemanha e França
Os investidores parecem continuar a tendência de uma menor aversão ao risco, com as "yields" da Zona Euro a registarem, em grande parte, descidas. A exceção é a Alemanha e a França, que sofreram agravamentos das respetivas "yields".
A "yield" da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, atenuou 0,8 pontos base, para 2,904%, enquanto em Espanha a "yield" registou um alívio de 0,5 pontos, para 3,111%.
Os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, avançaram 0,5 pontos base, para 2,299%. A rendibilidade da dívida francesa também subiu, em 0,1 pontos base, para 3,008%, enquanto a da dívida italiana desceu 0,6 pontos, até aos 3,647%.
Na véspera da reunião do banco central do Reino Unido – que deverá sinalizar um alívio na política monetária do país - os juros das gilts britânicas, também a dez anos, registaram o maior alívio, de 3,3 pontos base para 3,968%.
Ouro valoriza em dia de reunião da Fed
O ouro avança guiado pelo aumento das tensões no Médio Oriente e pela decisão do banco central japonês de aumentar as taxas de juro, o que fez com que o dólar caísse - uma queda do dólar significa, geralmente, uma valorização dos ativos transacionados nesta divisa.
O ouro registou um aumento de 0,47% para os 2.422,010 dólares por onça.
O metal precioso atingiu um valor recorde no início deste mês e está a caminho de um sólido ganho mensal de cerca de 4%.
A reunião da Reserva Federal norte-americana, que decorre durante o dia de hoje, poderá vir a sinalizar um corte nas taxas diretoras em setembro. As expectativas de um possível alívio na política monetária do país também têm alimentado a valorização do ouro.
Tensões no Médio Oriente fazem escalar preço do petróleo
O petróleo registou hoje o maior aumento desde abril, depois de um ataque em Teerão ter levado à morte do líder político do Hamas, de acordo com o grupo islamita.
Tem-se assistido a um escalar das tensões na região que é responsável por cerca de um terço da produção mundial de crude. No fim de semana passado, um ataque do Hezbollah nos Montes Golã, controlados por Israel, matou 12 jovens, pondo em risco as conversações de cessar-fogo em curso entre Israel e o Hamas.
O West Texas Intermediate (WTI) sobe 3,13% para os 77,07 dólares por barril. Já o Brent regista um avanço de 2,61% para os 70,68 dólares por barril.
O Instituto Americano do Petróleo disse que os inventários de crude caíram em cerca de 4,5 milhões de barris na semana passada. Se confirmado pelos números oficiais, esta será a mais longa série de declínios a registar-se nos inventários de crude da maior economia mundial desde janeiro de 2022.
Os "traders" irão monitorizar uma reunião do comité da OPEP+, que terá lugar na quinta-feira, bem como uma reunião da Reserva Federal norte-americana, durante o dia de hoje.
Iene dispara à boleia do aumento das taxas diretoras no Japão
O iene disparou para máximos de março contra o dólar, após o banco central do Japão ter aumentado as taxas de juro para 0,25%. A autoridade monetária nipónica elevou a taxa pela segunda vez este ano, depois de 17 anos sem se terem registado aumentos dos juros diretores.
Face ao iene o dólar recuou 1,80% para os 150,020 ienes.
O dia de hoje será também marcado pela reunião da Reserva Federal norte-americana (Fed). É esperado que Jerome Powell sinalize, após a reunião, um corte nas taxas de juro em setembro.
Ainda assim, o Índice de dólar da Bloomberg – que mede a força da moeda norte-americana contra as suas principais rivais – caiu 0,58% para 103,9450 pontos.
Já o euro segue a valorizar em relação ao dólar, ao registar ganhos de 0,25% para 1,0842 dólares, enquanto a libra perde força - face ao dólar a moeda caiu 0,02% para 1,2834 dólares.
Wall Street abre pintada de verde. Nvidia dispara 8,98%
Os principais índices norte-americanos abriram a sessão em terreno positivo, impulsionados por uma recuperação dos fabricantes de chips. Também os últimos dados económicos reforçaram as apostas de que a Reserva Federal irá sinalizar, após a reunião de hoje, um corte nas taxas diretoras em setembro.
O S&P 500 subiu 1,19% para 5.500,99 pontos. Já o Nasdaq Composite registou a maior valorização, ao crescer 1,89% para 17.470,08 pontos, enquanto o Dow Jones teve um modesto avanço de 0,09% para 40.781,40 pontos.
A Microsoft, que apresentou ontem resultados trimestrais que os analistas consideraram dececionantes, caiu 1,57%. Após o fecho da sessão de hoje, será a vez da Apple apresentar os seus resultados. No decorrer da semana, também a Meta e a Amazon irão divulgar números referentes ao último trimestre.
Já Nvidia disparou 8,98%, depois de ter voltado a ser considerada pelos analistas da Morgan Stanley como a melhor ação norte-americana no setor de fabricantes de chips. As ações da empresa tinham caído 7,04% no fecho da sessão de ontem.
Entre as restantes "big tech", a Apple avançou 1,25%, a Amazon subiu 2,05%, a Meta valorizou 1,24% e a Alphabet ganhou 0,84%.
Morte de líder do Hamas leva preços do petróleo a disparar
Os preços do petróleo estão a negociar em alta, à boleia do aumento das tensões no Médio Oriente, após a morte do líder do Hamas Ismail Haniyeh, num ataque em Teerão, que o grupo islamita atribuiu a Israel.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA - avança 2,05% para os 76,26 dólares por barril. Já o Brent - indicador para a Europa - regista um acréscimo de 1,95% para os 80,16 dólares por barril.
Os mais recentes desenvolvimentos no Médio Oriente podem pôr em risco o tão aguardado cessar-fogo entre o Hamas e Israel. Os investidores estão a avaliar estes riscos e uma escalada do conflito, com repercussão no Mar Vermelho ou na produção de crude no Irão, está mesmo em cima da mesa.
Para Priyanka Sachdeva, o ataque "destrói as esperanças de um cessar-fogo" na região. A analista da Phillip Nova Pte disse à Bloomberg que estes desenvolvimentos podem mesmo "escalar o conflito e podemos ver mesmo o envolvimento de outros países nesta guerra".
Apesar deste crescimento abrupto esta manhã, os preços do petróleo encaminham-se para um saldo mensal negativo. O Brent deve registar uma queda de 8% no final da sessão de hoje – a maior este ano.
Otimismo regressa às bolsas asiáticas. Europa aponta para abertura no verde
As bolsas asiáticas encerraram a sessão desta quarta-feira no verde, com os investidores a digerir a mais recente decisão do banco central japonês de aumentar as taxas de juro para os 0,25%. Apesar de serem baixas quando comparados com o cenário global, este é o nível mais elevado em mais de 15 anos.
O índice MSCI, "benchmark" para o continente asiático, avançou mais de 1,5%, com ações financeiras a lideraram os ganhos setoriais do nipónico Topix, que encerrou a sessão a valorizar 1,4%. Ainda no Japão, o Nikkei cresceu 1,49%.
Pela China, o Hang Seng, de Hong Kong, terminou a sessão a subir 2,1%, enquanto o Shanghai Composite somou 1,9%. O otimismo regressou a território chinês, numa altura em que os investidores estão mais expectantes em relação à introdução de medidas de estímulo na economia.
Já na Coreia do Sul, a sessão desta quarta-feira também foi de ganhos, com o Kospi a avançar quase 1%, impulsionado pelos ganhos da Samsung. A gigante tecnológica está a contrariar os seus pares norte-americanos ao encerrar a sessão a avançar 2,84%, depois de a empresa ter apresentado o ritmo de crescimento mais elevado desde 2010.
Na Europa, espera-se uma abertura em terreno positivo, com a negociação de futuros do Euro Stoxx 50 a avançar 0,9%.