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Europa encerra no vermelho em vésperas da "earnings season" do setor financeiro
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta segunda-feira.
Europa encerra no vermelho em vésperas da "earnings season" do setor financeiro
Os principais índices europeus recuaram no fecho da primeira sessão semanal, enquanto os investidores pesam a saúde das economias regionais e o escalar das tensões geopolíticas, numa semana de divulgação de resultados de importantes players do setor financeiro.
O Stoxx 600 - de referência para o Velho Continente – recuou 0,66%, para os 521,52 pontos.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX desvalorizou 1%, o francês CAC-40 caiu 1,01%, o italiano FTSEMIB recuou 0,71%, o holandês AEX perdeu 0,56%, o britânico FTSE 100 cedeu 0,48% e o espanhol IBEX 35 registou perdas de 0,71%.
Com a França a ser objeto de uma descida de notação por parte da Scope Ratings, num novo aviso sobre o estado das finanças do país, os investidores seguem a analisar a saúde dos países da região. Esta semana, será também conhecido o rating de França pela Moody’s e o da União Europeia e Itália pela DBRS. A geopolítica também está no centro das atenções, com os desenvolvimentos no Médio Oriente, a guerra na Ucrânia e as próximas eleições nos EUA – realizadas a 5 de novembro - no radar dos "traders".
Esta semana, o Deutsche Bank, o Lloyds e o Barclays darão início à divulgação de resultados do setor financeiro no Velho Continente.
Entre os setores, o do petróleo e gás foi o único a valorizar, ao avançar 0,64%. Por outro lado, com a maior desvalorização, esteve o imobiliário, que perdeu 1,90%.
Quanto aos movimentos de mercado, a Jacob Douwe Egberts, empresa que possui marcas de bebidas, principalmente de café, chá e chocolate quente, avançou mais de 16%, depois da holding de investimentos JAB ter concordado em adquirir a participação da Mondelez International na empresa.
Já a Munich Re, uma das maiores resseguradoras do mundo, caiu 2,95% depois de ter sido objeto de uma revisão em baixa. Também a Sandvik AB - líder mundial em ferramentas, tecnologia de materiais, mineração e construção - caiu mais de 2%depois de ter falhado as estimativas de lucros operacionais.
"De um modo geral, parece que os investidores estão cada vez mais cautelosos em relação às perspectivas de médio prazo para os próximos seis meses", afirmou Joachim Klement, da Panmure Liberum à Bloomberg. "Os avanços em ações selecionadas serão, portanto, usados para realizar lucros", apontou o especialista.
Juros das dívidas no Euro agravam-se com sell-off para mais-valias
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro agravaram-se em toda a linha esta segunda-feira, apesar de se ter registado uma descida generalizada dos principais índices europeus. Os investidores aproveitaram para realizar mais-valias e assistiu-se a um forte movimento de venda.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, agravaram-se em 12,2 pontos base, para 2,729%, enquanto em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento subiu 12,8 pontos, para 2,997%.
Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa cresceu em 12,1 pontos base, para 3,017%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, agravaram-se em 9,9 pontos, para 2,280%.
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, avançaram 8,1 pontos base para 4,135%.
Petróleo valoriza. Investidores pesam procura na China contra escalar das tensões no Médio Oriente
Os preços do petróleo continuam a registar avanços, enquanto os investidores pesam a escalada de tensões no Médio Oriente contra a fraca procura da matéria-prima na China – o maior importador mundial de crude.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – sobe 1,11% para os 69,99 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar 0,90% para os 73,72 dólares por barril.
A China cortou esta segunda-feira as taxas diretoras, como previsto, no âmbito de um pacote mais vasto de medidas de estímulo para relançar a segunda maior economia mundial. Dados divulgados na sexta-feira mostraram que a economia chinesa cresceu ao ritmo mais lento desde o início de 2023 no terceiro trimestre, alimentando preocupações crescentes sobre a procura de petróleo no país.
No Médio Oriente, continua-se a assistir ao aumento das tensões, enquanto se espera pela resposta de Israel ao ataque iraniano de dia 1 de outubro. A preocupação é que o conflito se alastre para uma guerra regional, o que poderá ter um impacto significativo na produção e exportação de "ouro negro" da região que é responsável por cerca de um terço da produção mundial de petróleo.
Ainda assim, o presidente do conselho de administração da Saudi Aramco, Amin H. Nasser, disse esta segunda-feira numa conferência em Singapura que continua "bastante otimista" em relação à procura de petróleo na China, à luz das novas medidas de estímulo económico destinadas a impulsionar o crescimento do país e do aumento da procura de combustível para aviões e de produtos químicos líquidos.
"As tensões geopolíticas no Médio Oriente e os comentários positivos sobre a procura de petróleo por parte do CEO da Aramco estão provavelmente a apoiar os preços do petróleo", afirmou Giovanni Staunovo, analista do UBS, à Reuters.
Euro perde com comentários de membros do BCE. Dólar ganha terreno
O euro continua a perder valor face ao dólar. Os comentários "dovish" de funcionários do Banco Central Europeu (BCE) continuam a pesar sobre a moeda única.
O euro segue a desvalorizar 0,36% para os 1,083 dólares.
O membro do Conselho do BCE Gediminas Šimkus disse esta segunda-feira que, se a desinflação se consolidar, as taxas diretoras podem ficar mais baixas do que o nível "natural" - entre os 2% e os 3%. Entretanto, Martins Kazaks, responsável pela política do BCE, argumentou que as taxas de juro ainda estão a inibir o crescimento, acrescentando que espera que as taxas continuem a descer à medida que a inflação cai ainda mais.
Do outro lado do Atlântico, o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da divisa norte-americana face às suas principais rivais – avança 0,33% para os 103,833 pontos, impulsionado pelo aumento de probabilidades de Donald Trump chegar à Casa Branca. O mercado está a encarar uma vitória republicana nestas eleições como benéfica para o dólar.
O dólar avança a esta hora 0,47% para os 150,230 ienes. Já a libra recua o,44% para os 1,299 dólares.
Ouro corrige ganhos depois de atingir máximos históricos esta manhã
Depois de ter atingido máximos históricos de 2.739,20 dólares por onça esta segunda-feira, o ouro segue corrigir os ganhos, enquanto os preços continuam apoiados pela crescente incerteza em torno de quem será o próximo presidente dos EUA, mas também pelo escalar das tensões no Médio Oriente.
O ouro segue a desvalorizar ligeiramente, ao perder 0,06%, para os 2.719,62 dólares por onça.
O ouro, considerado um ativo-refúgio em tempos de incerteza, subiu mais de 32% até agora este ano, batendo sucessivos recordes. O corte das taxas diretoras por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana, aliado ao escalar das tensões geopolíticas e à aproximação das eleições norte-americanas – realizadas a 5 de novembro – criam um cenário de "tempestade perfeita" para a valorização do metal amarelo.
"Estamos a aproximar-nos das eleições americanas, daqui a duas semanas... estamos a ver a geopolítica a desenrolar-se no Médio Oriente, em Israel, no Irão, em tudo o que se passa nos bastidores", o que está a ajudar os preços do ouro, disse à Reuters Daniel Pavilonis, estratega de mercado sénior da RJO Futures.
Wall Street no vermelho à espera de mais resultados trimestrais
Wall Street arrancou a primeira sessão da semana em baixa, com o S&P 500 e o Dow Jones a afastarem-se dos máximos históricos que atingiram na sexta-feira. Os investidores aguardam por uma série de resultados trimestrais de gigantes norte-americanas para avaliarem se os principais índices do país conseguem sustentar o mais recente "rally".
O "benchmark" mundial S&P 500 abriu a sessão no vermelho, ao desvalorizar 0,12% para 5.857,82 pontos, enquanto o industrial Dow Jones cai 0,12% para 43.222,21 pontos. Ambos atingiram máximos históricos na última sessão, ao tocarem nos 5.878,46 e nos 43.325,09 pontos, respetivamente. Por sua vez, o Nasdaq Composite abriu a desvalorizar 0,18% para 18.456,481 pontos.
Até agora, os resultados trimestrais das empresas norte-americanas têm sido mornos. 14% das empresas que compõe o S&P 500 já apresentaram contas do terceiro trimestre e 79% destas conseguiram ficar acima das expectativas do mercado, de acordo com o que o vice-presidente da FactSet, John Butters, afirmou à CNBC. No entanto, as empresas não têm conseguido, como em semestres anterior, superar as previsões com a mesma força, explicou ainda Butters.
Entre as principais movimentações de mercado, a Boeing dispara 3,93% para 161,09 dólares, depois de a empresa e o sindicato que representa 33 mil trabalhadores em greve terem chegado a um acordo provisório, com a ajuda da Casa Branca, para pôr fim a uma greve que tem pressionado um dos maiores exportadores norte-americanos.
Já as ações da Spirit Airlines estão a escalar 43% para 2,10 dólares por ação, depois de a companhia aérea "low-cost" ter chegado a acordo com o US Bank National Association para estender o prazo para restruturação da dívida.
Esta semana vai ser marcada por uma série de resultados trimestrais que prometem ditar o sentimento de mercado. Na quarta-feira, é a vez da Tesla e da Boeing mostrarem as suas contas do terceiro trimestre ao mercado, enquanto na quinta a United Parcel divulga resultados.
Euribor cai em todos os prazos e a seis meses fica abaixo de 3%
A Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses e no prazo intermédio para um valor abaixo de 3%, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter cortado as taxas na quinta-feira.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que baixou para 3,138%, continuou acima da taxa a seis meses (2,972%) e da taxa a 12 meses (2,630%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, baixou hoje para 2,972%, menos 0,056 pontos e um novo mínimo desde 30 de janeiro de 2023.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a agosto mostram que a Euribor a seis meses representava 37,6% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 33,2% e 25,8%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, também recuou hoje, para 2,630%, menos 0,079 pontos do que na sexta-feira e um novo mínimo desde 31 de outubro de 2022.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses baixou hoje, ao ser fixada em 3,138%, menos 0,063 pontos e um mínimo desde 12 de abril de 2023.
A média da Euribor em setembro desceu a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em agosto e com menos intensidade nos prazos mais curtos.
A média da Euribor em setembro desceu 0,114 pontos para 3,434% a três meses (contra 3,548% em agosto), 0,167 pontos para 3,258% a seis meses (contra 3,425%) e 0,230 pontos para 2,936% a 12 meses (contra 3,166%).
Em 17 de outubro, o BCE cortou as taxas de juro em um quarto de ponto pela terceira vez este ano, a segunda consecutiva, para 3,25%, face a uma inflação que considera estar "no bom caminho" e a uma atividade económica pior do que o previsto.
Depois do encontro de 17 de outubro na Eslovénia, o BCE tem agendada para 12 de dezembro a última reunião de política monetária deste ano.
Em 12 de setembro, o BCE desceu a principal taxa diretora em 25 pontos base para 3,5%, depois de em 18 de julho ter mantido as taxas de juro.
Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.
Em 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Juros agravam-se na Zona Euro. França regista a maior subida
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a agravar-se esta manhã, num dia marcado por vários leilões de dívida soberana, nomeadamente de obrigações a 5 e 30 anos da União Europeia e de bilhetes do Tesouro francês a 3, 6 e doze meses.
A "yield" da dívida francesa, a dez anos, é a que mais avança entre os países da Zona Euro, ao crescer 3,7 pontos base para 2,933%. Por sua vez, os juros das "bunds" alemãs com a mesma maturidade - e de referência para a região - agravam-se 3,5 pontos para 2,216%.
Já a rendibilidade da dívida portuguesa, também a dez anos, sobe 3,4 pontos base, para os 2,641%. Já a do país vizinho agrava em 3,4 pontos, para 2,903%, enquanto a italiana ganha 3,2 pontos base para 3,388%
Fora do espaço da moeda única, os juros da dívida britânica sobem 2,3 pontos base, para os 4,077%.
Europa sem rumo à espera dos resultados trimestrais da tecnológica SAP
As bolsas europeias arrancaram a primeira sessão da semana sem rumo, com os investidores à espera de uma série de novos resultados trimestrais para decidirem se aumentam – ou não – a sua carteira de investimentos.
O Stoxx 600, "benchmark" da região, está a negociar inalterado em relação à sessão de sexta-feira, quando encerrou em alta impulsionado pelo corte nas taxas de juro por parte do Banco Central Europeu. Entre os vários setores que compõe este índice, o setor do petróleo e do gás é o que regista o melhor desempenho esta manhã, numa altura em que os preços do crude crescem no mercado internacional.
Os investidores aguardam ansiosamente os resultados trimestrais da tecnológica SAP, que podem vir a ditar o sentimento da negociação para o resto do dia. A empresa tem um peso de 15% no índice alemão DAX e os seus resultados vão ser altamente escrutinados pelo mercado, depois de uma quebra nos lucros da ASML ter espoletado um "sell-off" nas ações tecnológicas na semana passada.
O setor dos seguros regista, a esta hora, o pior desempenho no Stoxx 600, pressionado pelas perdas da Munich Re. A empresa está a cair 1,82% para 496 euros por ação, depois do banco de investimento Jefferies ter revisto em baixa a recomendação da cotada de "comprar" para "manter".
Os principais índices da Europa Ocidental dividem-se entre ganhos e perdas esta manhã. O alemão DAX recua 0,26%, o espanhol IBEX desvaloriza 0,31%, enquanto o francês CAC-40 perde 0,26% e o italiano FTSEMIB desce 0,09%. Por sua vez, o britânico FTSE 100 avança 0,35% e o holandês AEX regista um acréscimo de 0,12%. O português PSI também negoceia em alta, ao crescer 0,08%.
Euro perde força com BCE mais "dovish". Bitcoin perto de máximos de três meses
O euro continua a perder terreno face ao dólar, numa altura em que o Banco Central Europeu (BCE) parece estar mais "dovish" que o seu congénere norte-americano. Esta manhã, o governador do banco central da Lituânia, Gediminas Simkus, indicou que a autoridade monetária da Zona Euro pode mesmo precisar de reduzir as taxas de juro para níveis mais baixos do que o seu nível "natural" – entre os 2% e os 3%.
"Se os processos de desinflação se consolidarem… é possível que as taxas de juro fiquem mais baixas do que o seu nível natural", afirmou o governador em Vílnius, capital da Lituânia.
A moeda comum recua, a esta hora, 0,15% para 1,0851 dólares, perto de mínimos de dois meses e meio. O índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da divisa norte-americana face a um conjunto das suas principais rivais – avança 0,14%, impulsionado ainda pelo aumento de probabilidades de Donald Trump chegar à Casa Branca.
O mercado está a encarar uma vitória republicana nestas eleições como benéfica para o dólar, uma vez que Trump apresenta uma política orçamental mais flexível e uma série de tarifas à importação que podem levar a uma manutenção das taxas de juro em níveis elevados.
Já no mundo das criptomoedas, a bitcoin também está a beneficiar de uma possível vitória republicana, ao negociar em perto de máximos de três meses. Cada bitcoin vale, neste momento, 68.501,80 dólares.
Ouro continua "rally" e volta a tocar em máximos históricos
Pela terceira sessão consecutiva, o ouro voltou a tocar em máximos históricos. O metal precioso está a ser impulsionado por uma corrida a ativos-refúgio, numa altura em que as tensões no Médio Oriente continuam a escalar e as eleições norte-americanas estão cada vez mais renhidas.
O ouro chegou a crescer 0,3% esta madrugada, alcançado máximos históricos de 2.729,30 dólares por onça. A esta hora, o metal precioso reduziu os seus ganhos para 0,27% e negoceia nos 2.728,83 dólares.
Esta manhã, os investidores estão bastante atentos às tensões geopolíticas no Médio Oriente. Durante o fim de semana, foram registadas novas ofensivas por parte do grupo militar xiita libanês Hezbollah contra território israelita, que culminaram na explosão de um drone perto da residência do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Israel respondeu logo no dia a seguir, apesar de o presidente norte-americano ter instado Telaviv a retomar as negociação de um cessar-fogo nas várias frentes de conflito que tem assolado o Médio Oriente. No entanto, vários membros do executivo de Netanyahu opõe-se a concessões e o governo está mesmo a planear uma resposta aos ataques iranianos de 1 de outubro.
As eleições norte-americanas estão também a centrar a atenção dos investidores. As sondagens apontam para a corrida mais renhida à Casa Branca em décadas, com o candidato republicano, Donald Trump, a registar uma ligeira vantagem em estados decisivos para a eleição. Os "traders" tendem a apostar no ouro como ativo-refúgio em tempos de tensões geopolíticas e incerteza económica.
Petróleo recupera terreno com escalar de tensões no Médio Oriente
Depois de encerrar a semana passada com um saldo negativo de quase 8%, o petróleo está a recuperar algum do terreno perdido esta manhã, numa altura em que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, está a reunir-se com oficiais de topo do país para discutir uma retaliação ao ataque de 1 de outubro por parte do Irão.
A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI), que serve de referência para os EUA, cresce 0,48% para 69,55 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – recua 0,36 % para 73,32 dólares por barril.
As tensões no Médio Oriente continuaram a adensar este fim de semana, com os investidores preocupados com um eventual alastrar do conflito para uma guerra regional, que poderia causar grandes disrupções na produção de crude. No sábado, o grupo xiita libanês Hezbollah atacou território israelita e um drone explodiu perto da residência de Netanyahu – um ataque a que Israel prontamente respondeu.
No dia seguinte, as forças armadas do país retaliaram contra "filiais de Al-Qard al-Hassan" nos subúrbios do sul de Beirute, capital do Líbano, de acordo com a agência de notícias libanesa Ani. Israel acusa a sociedade financeira de financiar as "operações terroristas do Hezbollah".
Os preços do petróleo têm registado grande volatilidade este mês, com os investidores a acompanhar de perto o conflito regional no Médio Oriente. Sinais de escalada têm dado impulso ao crude, mas os preços desta matéria-prima continuam a ser bastante pressionados pela queda da procura mundial – principalmente na China – por petróleo e os seus derivados.
Investidores aguardam novos catalisadores. Europa e Ásia sem rumo definido
As bolsas asiáticas encerraram a primeira sessão da semana sem rumo definido, com os investidores à espera de novos catalisadores para aumentarem o seu portefólio de investimentos. As tensões no Médio Oriente continuam a dominar o sentimento da negociação e, esta segunda-feira, os "traders" parecem estar a dar prioridade a ativos-refúgio, afastando-se um pouco do risco.
Pela China, o CSI 300, "benchmark" para a China Continental, até encerrou a sessão em ligeira alta, após o banco central ter cortado as taxas preferenciais de empréstimo de um e cinco anos em 25 pontos base, mas o entusiasmo não se alastrou para Hong Kong. O Hang Seng caiu 1,4% esta segunda-feira, enquanto o Shanghai Composite terminou a valorizar de forma modesta, crescendo 0,4%.
"Para além dos dados, vale a pena ainda monitorizar se existem potenciais ‘briefings’ de outros ministérios ou um potencial anúncio do calendário para a reunião do Assembleia Popular Nacional na próxima semana, uma vez que o lançamento de novos estímulos continua a ser um tema importante para os mercados", afirmaram analistas do ING numa nota acedida pela CNBC.
Pelo Japão, o Nikkei 225 avançou 0,1%, enquanto o Topix caiu 0,3%. Já na Coreia do Sul, o Kospi registou uma valorização mais expressiva que as restantes praças ao crescer 0,83%.
Na Europa, a negociação de futuros aponta para uma abertura sem rumo definido, com o Euro Stoxx 50 a negociar praticamente inalterado no "premarket". Os investidores vão estar atentos a uma série de resultados trimestrais de empresas europeias esta segunda-feira, onde se destaca a empresa alemã de software SAP e a suíça Logitech.