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Ao minuto26.03.2025

Setor automóvel fecha em mínimos de janeiro e empurra Europa para o vermelho

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quarta-feira.

Os fantasmas do estoiro da bolha das ‘dot.com’ em 2000 e da crise financeira de 2008-09 voltaram a assombrar os mercados.
Kai Pfaffenbach /Reuters
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26.03.2025

Setor automóvel fecha em mínimos de janeiro e empurra Europa para o vermelho

O setor bancário foi responsável por metade do crescimento dos dividendos pagos em 2023.

Os principais índices europeus terminaram a sessão em terreno negativo, num momento em que as preocupações do mercado sobre a saúde da economia dos EUA aumentam. Esta tarde, o Congresso norte-americano alertou que a maior economia do mundo pode entrar em "default" já em agosto.

Além disso, o Presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu anunciar hoje as taxas que quer impor às importações de automóveis, o que levou o setor europeu a mínimos de janeiro, ao cair 2,6% para 270,78 pontos. 

O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – cedeu 0,7%, para os 548,73 pontos. Entre os 20 setores que compõem o "benchmark", também os setores tecnológico e da saúde penalizaram as bolsas europeias, com perdas de perto de 2%. 

"Os mercados estão à espera do dia 2 de abril e de mais dados sobre a economia dos EUA para tomarem uma decisão mais estável", disse Karen Georges, da Ecofi, à Bloomberg. "É por isso que o mercado está a fazer uma pausa", acrescentou.

A notícia das tarifas dos EUA sobre o automóvel pintou as empresas do setor de vermelho: a Ferrari cedeu 3,2%, a Michelin mergulhou 6%, a Mercedes-Benz perdeu 2%. A Porsche cedeu 0,8% e a BMW 2%.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax caiu 1,17%, o francês CAC-40 cedeu 0,96%, o espanhol IBEX 35 desvalorizou 0,39%, o italiano FTSEMIB perdeu 0,83%, o holandês AEX recuou 0,42%. Em contraciclo, o britânico FTSE 100 registou ganhos de 0,3%.

26.03.2025

Juros mistos na Zona Euro. Gilts aliviam após inflação

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro terminaram a sessão desta quarta-feira sem rumo definido.

Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, ficaram inalterados face à sessão anterior em 3,294%. Em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento caiu 0,1 pontos base para 3,417%.

Do lado dos alívios ficaram ainda os juros das "Bunds" alemãs, referência para a região, que cederam 0,2 pontos base para 2,793%. 

Por sua vez, do lado das subidas ficou a rendibilidade da dívida francesa, que acelerou 0,6 pontos base para 3,486% e a "yield" italiana, que se agravou em 0,4% para 3,896%.

Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, registaram o maior alívio, de 3,1 pontos base para 4,725%, após a inflação no Reino Unido ter desacelerado mais do que o previsto, aumentando as hipóteses de outro corte nas taxas de juro na reunião do Banco de Inglaterra em maio.

26.03.2025

Dólar estável com incerteza nas tarifas. Libra cede

O dólar norte-americano está a negociar na linha d'água face ao euro, enquanto os investidores continuam a pesar as consequências das medidas económicas impostas pela Aministração nos EUA na maior economia do mundo. 

A nota verde conseguiu registar algum avanços depois de Trump ter dito que vai impor mais tarifas sobre as importações de cobre "nas próximas semanas", mas que entretanto desvaneceram. A esta hora, o euro cede 0,03% para 1,0788 dólares e, face à divisa nipónica, a nota verde ganha 0,43% para 150,55 ienes. 

O dólar está ainda a ser apoiado pela perspetiva de que a Reserva Federal não tem pressa em cortar as taxas de juro em breve. 

Destaque ainda para a libra, que cede 0,35% para 1,2899 dólares e perde 0,33% para 1,1955 euros, após a inflação no Reino Unido ter arrefecido, dando mais motivos ao Banco de Inglaterra para cortar os juros em maio.

26.03.2025

Ouro pressionado pela força do dólar. Mercado espera pelo PCE

Os preços do ouro estão a recuar ligeiramente num momento em que o dólar e as "yields" dos títulos do Tesouro dos EUA sobem, embora as preocupações com as tarifas da Administração de Donald Trump tenham mantido a onça acima da fasquia de 3.000 dólares.

O metal amarelo cede 0,12% para 3.015,15 dólares por onça. 

"O ouro continua a ser sustentado pelo interesse como ativo-refúgio já que as incertezas com tarifas e os riscos geopolíticos continuam" disse Peter Grant, da Zaner Metals, à Reuters. Já Edward Meir, analista da Marezx, acredita que "se as tarifas não forem tão rígidas quanto o mercado antecipa, poderemos ver uma correção no ouro".
 
Numa semana sem grandes dados económicos, o mercado espera pelo relatório do PCE, o índice de preços no consumo privado, o indicador favorito da Reserva Federal para avaliar o caminho da inflação nos EUA, que será divulgado esta sexta-feira.

26.03.2025

Quebra nos "stocks" dos EUA impulsiona petróleo

Os preços do crude estão a escalar mais de 1% esta quarta-feira, com os investidores animados com o facto de os "stocks" de combustível norte-americano estarem em mínimos de um mês, arrefecendo as preocupações do mercado por um excesso de oferta este ano. 

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os Estados Unidos (EUA) – ganha 1,57% para os 70,08 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar 1,41% para os 74,05 dólares por barril. 

A pressionar a oferta estão ainda as tarifas de 25% dos EUA a quem comprar petróleo à Venezuela, que já começaram a afetar as exportações do país sul-americano: a China, o maior comprador, já estagnou o volume de compras.

"A taxa sobre as exportações venezuelanas pode chegar a 35% e as dificuldades de comercialização podem gerar estrangulamentos, que por sua vez podem levar a paragens de produção de até 400 mil barris por dia, mais de metade das exportações da Venezuela", afirmam os analistas do Barclays numa nota citada pela Reuters.

A Venezuela poderá perder 4,9 mil milhões de dólares em receitas, ou seja, mais de 10% do seu PIB, segundo os analistas. O petróleo é o principal produto de exportação da Venezuela, e a China já é alvo das tarifas de importação dos EUA.

Alguns dos maiores investidores do mundo têm reiterado uma visão pessimista no mercado petrolífero para este ano, mas alertaram que a política de produção da OPEP+ e as tarifas impostas pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, podem mudar o cenário. 

26.03.2025

Wall Street negoceia dividida. Tarifas e perdas das tecnológicas pressionam índices

Os principais índices norte-americanos negoceiam divididos esta quarta-feira, com preocupações relativas aos impactos económicos de uma guerra comercial a minarem o sentimento dos investidores, que parecem estar pouco dispostos a assumir demasiados riscos.

O S&P 500 cai 0,32% para os 5.758,23 pontos, enquanto o Nasdaq Composite perde 0,94% para 18.099,66 pontos. Já o Dow Jones valoriza 0,34% para 42.730,40 pontos.

Apenas um dia depois de o S&P 500 ter registado a sua maior série de ganhos desde janeiro, o principal índice volta a negociar em terreno negativo. Dados citados pela Bloomberg sugerem que algumas empresas estarão a limitar o investimento enquanto aguardam detalhes adicionais sobre tarifas e política fiscal norte-americana.

As novas encomendas de bens duradouros manufaturados nos EUA aumentaram inesperadamente em 2,7 mil milhões de dólares em fevereiro, ou 0,9% em relação ao mês anterior, para 289,3 mil milhões de dólares, superando as previsões de uma queda de 1%, avançou a Trading Economics.

Ainda assim, as encomendas de bens de equipamento não relacionados com a defesa, excluindo aeronaves - um indicador observado de perto para medir o pulso aos planos de despesa das empresas -, caíram 0,3% em fevereiro, em valores correntes. Esta foi a primeira queda em quatro meses, ficando abaixo das previsões que apontavam para um aumento de 0,2%. A incerteza em torno das tarifas está provavelmente a fazer com que as empresas hesitem em aumentar as despesas em equipamento.

"As tarifas continuarão a atrair atenção, com os investidores à procura de atualizações sobre as taxas recíprocas dos EUA que entrarão em vigor a 2 de abril", disse à Bloomberg Arthur Hogan da B. Riley Wealth.

No plano da política monetária, esta quarta-feira, Austan Golsbee, presidente da Reserva Federal (Fed) de Chicago, referiu em entrevista ao Financial Times que o banco central já não está no "caminho dourado" que percorreu em 2023 e 2024, encontrando-se agora num "capítulo diferente" com "muita poeira no ar".

Goolsbee acredita que as taxas de juro vão ser "bastante mais baixas" daqui a 12 a 18 meses, mas que o próximo corte deverá demorar mais tempo que o inicialmente esperado devido à incerteza económica.

O grande sinal de alerta, para o líder do banco central de Chicago, seriam as preocupações com a inflação - numa altura em que inquéritos da Universidade do Michigan revelaram que as projeções de inflação a longo prazo das famílias atingiram o nível mais elevado desde 1993.

Entre os movimentos de mercado, a Tenon Medical perde a esta hora mais de 22%. A queda surge depois de as ações da empresa terem disparado mais de 280% durante o dia de ontem, após o anúncio de que a Administração para Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA) autorizou uma utilização alargada para um dos sistemas ligados ao tratamento de problemas de articulação da empresa.

Quanto às "big tech", a Alphabet perde 1,63%, a Nvidia cede 3,59%, a Amazon cai 1,53%, a Microsoft desliza 0,65% e a Meta regista perdas de 1,59%. Já a Apple valoriza 0,31%

26.03.2025

Europa negoceia no vermelho. Incerteza sobre comércio internacional pressiona índices

Os principais índices europeus negoceiam em terreno negativo esta quarta-feira. Receios persistentes quanto às tarifas recíprocas dos Estados Unidos (EUA) e a incerteza em torno de como se materializarão seguem pressionar os principais índices da Europa Ocidental. No Reino Unido, a bolsa de Londres regista a menor desvalorização entre os seus pares, devido a um arrefecimento inesperado da inflação. Os dados chegam antes de uma declaração orçamental importante por parte da ministra das Finanças do país, ao final do dia.

O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – cai 0,67%, para os 548,89 pontos.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o francês CAC-40 recua 0,83%, o espanhol IBEX 35 desvaloriza 0,37%, o italiano FTSEMIB desliza 0,71%, o holandês AEX cai 0,31%, o alemão DAX recua 0,83% e o britânico FTSE 100 cede 0,04%.

No Reino Unido, a taxa de inflação anual desceu para 2,8% em fevereiro de 2025, contra 3% em janeiro, ficando abaixo das expectativas do mercado de 2,9%, mas em linha com as previsões do Banco de Inglaterra (BoE). Os dados reforçam, assim, a hipótese de o BoE voltar a reduzir as taxas de juro em maio.

Esta quarta-feira, a Chanceler do Tesouro do país, Rachel Reeves, deverá anunciar milhares de milhões de libras em cortes nas despesas do Governo, numa atualização fiscal intercalar perante a Câmara dos Comuns.

Os investidores continuam à espera do anúncio referente às tarifas recíprocas dos EUA por parte do Presidente norte-americano, Donald Trump, a 2 de abril, com a incerteza em torno das mesmas a pressionar o sentimento dos mercados.

Ainda no cenário internacional, continuam a ser avaliadas as medidas a relativas ao acordo de cessar-fogo no Mar Negro, entre a Rússia e a Ucrânia.

"Os mercados europeus estão a mostrar-se robustos, apesar das restrições comerciais não resolvidas e dos desenvolvimentos políticos, bem como do arrefecimento do comportamento dos consumidores", disse à Bloomberg Guillermo Hernandez Sampere, chefe de negociação da gestora de ativos MPPM.

Entre os setores, o da saúde tem a maior desvalorização a esta hora, com uma queda de 1,59%, seguindo-se o dos químicos, com perdas de 1,08%. Por outro lado, o setor do petróleo e gás tem a maior subida, de 0,86%.

Quanto aos movimentos de mercado, a dinamarquesa Novo Nordisk cede mais de 2%, dias depois de a alemã SAP ter ultrapassado a fabricante de medicamentos como a empresa mais valiosa do Velho Continente

26.03.2025

Juros aliviam em toda a linha na Zona Euro

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro aliviam em toda a linha esta quarta-feira, num dia em que os principais índices europeus negoceiam em terreno negativo.

Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, aliviam 0,1 pontos base, para 3,292%. Em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento segue a cair 0,4 pontos, para 3,414%.

Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa decresce 0,4 pontos base para 3,476%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, aliviam 0,9 pontos, para 2,786% .

Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, recuam 3,2 pontos base para 4,724%.

26.03.2025

Libra desvaloriza à espera de cortes na despesa britânica

Esta quarta-feira, o dólar segue a negociar com ligeiras alterações, com os fracos dados referentes à confiança dos consumidores dos Estados Unidos (EUA) e as preocupações sobre o efeito das tarifas recíprocas no crescimento da maior economia mundial a travarem a recente recuperação da "nota verde".

O índice de dólar da Bloomberg – que mede a força do dólar face às principais rivais – sobe 0,03% para os 104,215 pontos. Face à divisa nipónica, a "nota verde" valoriza 0,11% para os 150,070 ienes. 

O foco vira-se esta quarta-feira para a libra, dia em que a ministra das Finanças do Reino Unido, Rachel Reeves, deverá anunciar cortes nos seus planos de despesa ao final do dia, numa tentativa de mostrar aos investidores que se pode confiar no Governo Trabalhista liderado por Keir Starmer para corrigir as finanças públicas do país.

A esta hora, a libra cai 0,34% para os 1,290 dólares.

A libra esterlina enfraqueceu depois de dados terem mostrado que a inflação britânica abrandou para uma taxa anual de 2,8% em fevereiro, contra 3% em janeiro.

"A boa notícia é que os dados de hoje [da inflação] deverão proporcionar ao Banco de Inglaterra uma via para continuar a reduzir gradualmente a sua política restritiva", afirmou à Reuters Sanjay Raja, economista-chefe do Deutsche Bank Research para o Reino Unido. "Continuamos a pensar que é mais provável que ocorra uma redução das taxas em maio", acrescentou.

Por cá, a moeda única pula 0,06% para os 1,08 dólares.

Já o rublo russo sobe 0,17% para 0,012 dólares, após os acordos dos EUA com a Rússia e a Ucrânia para interromper os ataques no Mar Negro e a alvos de energia darem algum impulso à divisa russa. 

26.03.2025

Ouro valoriza com foco nas tarifas e tensões geopolíticas

O ouro segue a avançar esta quarta-feira, com a incerteza sobre as tarifas recíprocas da Administração norte-americana a impulsionar a procura pelo metal amarelo enquanto ativo refúgio – a nova ronda de taxas aduaneiras está a gerar receios quanto a uma nova subida da inflação e uma recessão nos EUA.

O ouro valoriza a esta hora 0,09%, para os 3.022,790 dólares por onça.

"Existem preocupações reais em torno do crescimento económico dos EUA, bem como da inflação. É provável que os EUA enfrentem um cenário de estagflação, o que poderia apoiar os preços [do ouro]", explicou à Reuters Soni Kumari, estrategista de "commodities" do ANZ.

Vários funcionários da Reserva Federal (Fed) norte-americana deverão falar no final do dia de hoje, podendo dar pistas sobre a saúde da maior economia mundial. Os mercados aguardam também pelos dados das despesas de consumo pessoal dos EUA (PCE) - índice de inflação preferido da Fed - na sexta-feira para obter pistas sobre o rumo da política monetária.

O ouro, que não rende juros, beneficia de taxas diretoras mais baixas.

No panorama internacional, esta terça-feira, os EUA chegaram a acordo com a Ucrânia e a Rússia para suspenderem as hostilidades no Mar Negro e contra alvos energéticos, com Washington a concordar em levantar algumas sanções contra Moscovo.

O ouro, visto como uma proteção contra instabilidades geopolíticas e económicas, subiu mais de 15% até agora este ano, atingindo um pico histórico de 3.057,21 dólares por onça a 20 de março. 

26.03.2025

Declínio nos "stocks" dos EUA e pressão sobre Venezuela e Irão impulsionam crude

O crescimento da procura mundial de petróleo deverá desacelerar. Ainda assim, há quem conside robusto o atual nível de consumo.

Os preços do petróleo negoceiam em alta esta quarta-feira, animados pelas preocupações com a redução da oferta global, com os Estados Unidos (EUA) a pressionarem as exportações de crude por parte da Venezuela e do Irão. Uma queda maior do que o previsto nos "stocks" de "ouro negro" norte-americanos também influencia o mercado petrolífero a esta hora.

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os Estados Unidos (EUA) – ganha 0,51% para os 69,35 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar 0,45% para os 73,35 dólares por barril. 

"Os preços do petróleo bruto mantêm a tendência de subidas após as sanções de Trump ao petróleo venezuelano, levantando preocupações do lado da oferta", disse à Reuters Priyanka Sachdeva, analista sénior de mercados da Phillip Nova.

Na segunda-feira, o Presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva autorizando a sua Administração a impor tarifas de 25% ao abrigo da Lei Internacional de Poderes Económicos de Emergência de 1977 sobre as importações de qualquer país que compre petróleo e combustíveis líquidos venezuelanos.

Na semana passada, Washington também impôs uma nova série de sanções sobre as vendas de petróleo do Irão, visando entidades importadoras como a Shouguang Luqing Petrochemical, uma refinaria independente na província de Shandong, no leste da China, e também navios que forneçam petróleo a essas fábricas na China, principais compradores de crude iraniano.

O mercado segue igualmente impulsionado por dados preliminares do Instituto Americano do Petróleo, que mostram que os "stocks" de petróleo bruto dos EUA caíram 4,6 milhões de barris na semana passada, um sinal de que a procura por combustível na maior economia do mundo continua saudável.

Analistas consultados pela Reuters esperavam um declínio de 1 milhão de barris, bastante abaixo do registado. Os dados oficiais do governo dos EUA sobre os inventários de petróleo serão divulgados na tarde desta quarta-feira. 

26.03.2025

Índices asiáticos fecham entre ganhos e perdas. Futuros europeus seguem inalterados

Os principais índices asiáticos negociaram entre ganhos e perdas esta madrugada, com os investidores à procura de uma direção clara sobre as tarifas recíprocas norte-americanas, entre dados que mostraram uma confiança mais fraca dos consumidores dos Estados Unidos (EUA). 

A administração Trump indicou, no início deste mês, que a próxima vaga de taxas alfandegárias dos EUA poderá ser menos extensa e mais direcionada do que inicialmente se temia.  

Na terça-feira, o Presidente dos EUA, Donald Trump, disse que não queria aplicar demasiadas exceções, mas que "provavelmente será mais brando, porque se eu fosse [aplicar taxas verdadeiramente recíprocas], isso seria muito difícil para as pessoas".  

Embora os mercados se tenham reconfortado com os recentes comentários de Trump sobre as tarifas recíprocas, que deverão ser anunciadas a 2 de abril, os dados económicos dos EUA de terça-feira aumentaram as preocupações dos investidores sobre o crescimento da maior economia do mundo. Uma notícia positiva no meio da incerteza foi o facto de estrategas do Morgan Stanley e do Goldman Sachs terem aumentado o seu otimismo em relação às ações chinesas, citando fatores como a melhoria das perspetivas de lucros das empresas. 

No que toca ao continente asiático, na China o Hang Seng subiu 0,71% e o Shanghai Composite manteve-se praticamente inalterado, com um deslize de 0,0038%. 

"Há uma elevada ansiedade nos mercados", antes dos anúncios da próxima semana, disse à Bloomberg Kyle Rodda, analista de mercados sénior da Capital.com. No entanto, acrescentou a especialista, "isso diminuiu um pouco, cortesia dos comentários do Presidente dos EUA sobre barreiras comerciais mais restritas e mais direcionadas". 

No Japão, o Topixx acabou por fechar com uma valorização de 0,55% e o Nikkei subiu 0,65%. 

Com o prazo para a aplicação das tarifas recíprocas a aproximar-se, vários setores podem estar ameaçados, incluindo os cuidados de saúde, a indústria e os automóveis. O antigo presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, afirmou que a decisão da Alemanha de aumentar as despesas com a defesa é um "fator de mudança", mas advertiu que existem riscos no que diz respeito à forma como este plano irá ser implementado. 

No Velho Continente, os futuros do Euro Stoxx 50 negoceiam inalterados a esta hora. 

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