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Alívio da inflação na Zona Euro e "debt ceiling" nos EUA animam Europa
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quinta-feira.
Dados da inflação na Zona Euro e "debt ceiling" nos EUA animam Europa
A Europa terminou a sessão em alta, motivada pela votação favorável à suspensão do tecto da dívida norte-americana que decorreu durante a madrugada desta quinta-feira (em Lisboa) e num dia em que os investidores estiveram a digerir os mais recentes dados da inflação na Zona Euro.
O Stoxx 600 valorizou 0,78% para 455,27 pontos. Entre os 20 setores que compõem o índice, só o dos artigos para o lar fechou no vermelho.
Entre as principais praças europeias, Madrid subiu 1,30%, Frankfurt ganhou 1,21% e Paris cresceu 0,55%.
Londres valorizou 0,59%, Amesterdão somou 1% e Milão ganhou 2,01%. Por cá, a bolsa de Lisboa acompanhou a tendência e subiu 1,27%, registando o melhor fecho desde 30 de março.
A câmara baixa do parlamento dos Estados Unidos aprovou, na quarta-feira, um projeto de lei que suspende o tecto da dívida pública do país até 2025, afastando assim o risco de um possível incumprimento. O diploma é votado na câmara alta, o Senado, na segunda-feira, dia 5 de junho.
Os investidores estiveram ainda a digerir os dados sobre a evolução do índice de preços no conjunto dos 20 países que partilham a moeda única.
A inflação na Zona Euro abrandou para 6,1% em maio, segundo a estimativa rápida divulgada esta quinta-feira pelo Eurostat. O novo alívio surge depois de os preços no consumidor terem invertido em abril a tendência decrescente que se verificava há cinco meses consecutivos e é explicado pelo abrandamento da subida de preços na energia e alimentos.
A contribuir para o sentimento dos investidores esteve ainda a expectativa de uma pausa na subida dos juros diretores nos EUA, gerada pelas palavras de dois membros da Reserva Federal (Fed) norte-americana proferidas esta quarta-feira à noite.
Os investidores estiveram atentos às ações da Neste Oyj, que ganharam 3,25%, à boleia da revisão em alta da recomendação por parte do UBS de "manter" para "comprar".
Juros abrandam com mercado a digerir aprovação de acordo sobre tecto da dívida dos EUA
Os juros das obrigações das dívidas soberanas da Zona Euro cederam terreno, num dia em que os investidores estiveram a apostar em ações e obrigações, equilibrando a aposta entre ativos arriscados e seguros.
A influenciar a negociação poderá ter estado o abrandamento da inflação na Zona Euro para 6,1% em maio, segundo a estimativa rápida divulgada esta quinta-feira pelo Eurostat. Além disso, a Câmara dos Representantes aprovou a suspensão do limite à dívida norte-americana, embora ainda tenha que ir a votos no Senado, o que pode ter deixado os investidores mais cautelosos.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, recuou 3,4 pontos base para 2,243%, enquanto os juros da dívida portuguesa retraíram 5,1 pontos base para 3,948%.
Os juros da dívida pública italiana com a mesma maturidade desceram 8,2 pontos base para 4,079%, ao passo que a "yield" das obrigações espanholas tombou 4,8 pontos base para 3,279%.
Petróleo sobe com avanços no "debt ceiling" dos EUA
Os preços do "ouro negro" seguem a ganhar terreno nos principais mercados internacionais, impulsionados pelo facto de ter sido aprovada na Câmara dos Representantes norte-americana a proposta para suspender o limite ao endividamento dos EUA. Se também tiver luz verde no Senado, evita-se que o país entre em incumprimento a partir de 5 de junho.
A proposta ontem aprovada na "House" suspende o tecto da dívida do governo federal, atualmente nos 31,4 biliões de dólares, até janeiro de 2025 – um prazo muito mais alargado do que é costume (pelo facto de ser uma suspensão e não um aumento desse chamado "debt ceiling"), e deixando assim os EUA mais "desafogados" e sem a constante ameaça de um "default" e de uma paralisação ("shutdown") dos serviços públicos.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, soma 2,67% para 69,91 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 2,19% para 74,19 dólares/barril.
Euro sobe contra o dólar após dados da inflação
O euro soma 0,32% para 1,0723 dólares, após terem sido divulgados os números da inflação no conjunto dos países que partilham a moeda única.
A inflação na Zona Euro abrandou para 6,1% em maio, segundo a estimativa rápida divulgada esta quinta-feira pelo Eurostat. O novo alívio surge depois de os preços no consumidor terem invertido em abril a tendência decrescente que se verificava há cinco meses consecutivos e é explicado pelo abrandamento da subida de preços na energia e alimentos.
Já o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra 10 divisas – cede 0,42% para 103,89 pontos caindo pelo segundo dia consecutivo.
O movimento ocorre numa dia, em que os investidores se voltam a virar para o mercado da dívida, estando os juros das obrigações em todas as maturidades a aliviarem, depois de a Câmara dos Representantes ter aprovado a suspensão do tecto da dívida do país. O diploma segue para o Senado.
Ainda assim, o dólar mantém a trajetória para fechar uma quarta semana consecutiva de ganhos.
Ouro brilha após "luz verde" à suspensão do tecto da dívida
O ouro sobe 0,57% para 1.973,85 dólares por onça, numa altura em que os investidores reagem à votação na Câmara dos Representantes que deu "luz verde" ao aumento do tecto da dívida norte americana.
Prata, platina e paládio seguem esta tendência positiva.
A câmara baixa do parlamento dos Estados Unidos aprovou, na quarta-feira, um projeto de lei que suspende o tecto da dívida pública do país até 2025, afastando assim o risco de um possível incumprimento.
A proposta recebeu 314 votos a favor e 117 contra na Câmara dos Representantes, dominada pelos republicanos, apesar da oposição de vários conservadores, que consideram que a iniciativa não faz o suficiente para limitar a despesa pública.
Caso seja aprovada pelos senadores, a proposta irá seguir para a Casa Branca, para ser assinada por Joe Biden, que esteve envolvido na redação do projeto de lei, com o líder republicano na Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy.
O líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, garantiu que irá apresentar o projeto de lei "o mais rápido possível" para "evitar o incumprimento", que poderá acontecer já em 5 de junho, de acordo com o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.
Wall Street negoceia em terreno negativo na véspera dos dados do emprego
Wall Street começou o dia em baixa, com os investidores cautelosos na véspera de ser divulgado mais um indicador de alta frequência sobre o mercado de trabalho.
O industrial Dow Jones cai 0,58% para 32.716,97 pontos, enquanto o Standard & Poor's 500 (S&P 500) desvaloriza 0,15% para 4.173,76 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite desliza 0,16% para 4.173,19 pontos.
Esta sexta-feira, são conhecidos mais números sobre o emprego nos EUA, incluindo no setor público. Os analistas citados pela Bloomberg esperam um abrandamento no número de contratações.
Além disso, a sessão está a ser influenciada pelo facto de na madrugada esta quinta-feira, ter sido aprovada a superação do tecto da dívida dos EUA, pela Câmara dos Representantes.
Os investidores estão atentos às ações da Macy’s, as quais desvalorizam 3,63%, após as empresa ter cortado no "guidance" para este ano. Também a Salesforce recua quase 6%, com as estimativas de resultados mais fracos.
Euribor caem pela terceira sessão consecutiva a três, seis e 12 meses
As taxas Euribor a três, seis e 12 meses voltaram hoje a descer, pela terceira sessão consecutiva, depois de terem iniciado a semana em máximos desde novembro de 2008.
Apesar desta inversão de tendência nas últimas três sessões, as taxas médias de maio continuaram a subir nos três prazos, mas a um ritmo mais lento do que em abril, principalmente nos dois prazos mais curtos.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou hoje, pela terceira sessão consecutiva, para 3,875%, menos 0,064 pontos, depois de ter subido em 29 de maio para 3,982%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados de março de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representa 41% do "stock" de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representam 33,7% e 22,9%, respetivamente.
A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,757% em abril para 3,862% em maio, mais 0,103 pontos.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, também recuou hoje, ao ser fixada em 3,721%, menos 0,025 pontos, contra o novo máximo desde novembro de 2008, de 3,781%, verificado em 29 de maio.
A média da Euribor a seis meses subiu de 3,516% em abril para 3,682% em maio, mais 0,166 pontos.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses desceu hoje, ao ser fixada em 3,462%, menos 0,001 pontos, depois de ter subido em 29 de maio até 3,483%, um novo máximo desde novembro de 2008.
A média da Euribor a três meses subiu de 3,179% em abril para 3,372% em maio, ou seja, um acréscimo de 0,193 pontos percentuais.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, em 4 de maio, o BCE voltou a subir, pela sétima vez consecutiva, mas apenas em 25 pontos base, as taxas de juro diretoras, acréscimo inferior ao efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 8 de setembro.
Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Votação do "debt ceiling" e possível pausa da Fed dão ânimo às bolsas europeias
Os principais índices europeus abriram a sessão em alta, animados pela aprovação na Câmara dos Representantes da suspensão do limite da dívida norte-americana, bem como comentários dos membros da Reserva Federal norte-americana que sinalizam uma pausa no ciclo de aperto da política monetária.
O índice de referência, Stoxx 600, sobe 0,63% para 454,62 pontos. A sustentar os ganhos está o setor da banca, bem como o do petróleo e gás e o do automóvel.
"Os mercados europeus devem ter um 'boost' de curto-prazo, numa altura em que aumentam as expectativas para uma pausa da Fed. Ainda assim, permanecemos cautelosos devido ao posicionamento de investidores sistemáticos", disse Ulrich Urbahn, estratega da Berenberg, à Bloomberg.
"Os sinais da Fed são mistos, mas o mercado ainda está a prever alguma subida dos juros", completou.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax soma 0,83%, o francês CAC-40 valoriza 0,72%, o italiano FTSEMIB ganha 1,38%, o britânico FTSE 100 sobe 0,49% e o espanhol IBEX 35 pula 1,05%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 1,04%. Por cá, o PSI avança 0,81%.
Juros da Zona Euro agravam-se com os investidores a ganharem apetite pelo risco
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a agravar-se, o que pode significar maior apetite por outros mercados de maior risco.
O foco deverá hoje estar numa leitura da inflação de maio na Zona Euro, como forma de compreender o caminho de política monetária a seguir pelo Banco Central Europeu.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, soma 2,5 pontos base para 2,302% e os juros da dívida portuguesa sobem 2,8 pontos base para 3,026%.
Os juros da dívida pública italiana com a mesma maturidade agravam-se 3 pontos base para 4,192% ao passo que a "yield" das obrigações espanholas sobe 3,6 pontos base para 3,362%.
Fora da Zona Euro, as rendibilidades da dívida britânica somam 1,2 pontos base para 4,187%.
Voto a favor da suspensão do "debt ceiling" na Câmara dos Representantes dá força ao dólar
O dólar está a valorizar face às principais divisas rivais, numa altura em que diminuem as expectativas de que a Fed não irá subir as taxas de juro, pelo menos na reunião de junho.
Ao mesmo tempo, uma aprovação da suspensão do tecto da dívida dos EUA na Câmara dos Representantes está a dar algum apoio à "nota verde".
O dólar sobe 0,16% para 0,937 euros, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da moeda contra dez divisas rivais - sobe 0,13% para 104,461 pontos.
"A recente leva de dados económicos nos Estados Unidos favorece outra subida dos juros diretores no curto-prazo, apesar da nossa base ser que a Fed já terminou o ciclo de aperto da política monetária", disse Carol Kong, estratega cambial do Commonwealth Bank of Australia, à Reuters.
Ouro em baixa com foco a retornar à política monetária
O ouro está a negociar em baixa esta quinta-feira, com os investidores a virarem-se novamente para a política monetária levada a cabo pela Reserva Federal norte-americano, depois de o foco ter estado, nas últimas semanas, nas negociações em torno do tecto da dívida dos Estados Unidos, aprovada ontem na Câmara dos Representantes.
O ouro recua 0,36% para 1.955,57 dólares por onça.
A recente pressão em baixa do ouro tem sido devido a "expectativas de que eventualmente a crise do 'debt-ceiling' nos Estados Unidos deve ser resolvida e o que isso tiraria alguma confiança no ouro", disse Clifford Bennett, economista-chefe da ACY Securities, à Reuters.
Petróleo misto com potencial pausa na subida dos juros pela Fed e aprovação do "debt ceiling" nos EUA
O petróleo está em negociar em sentidos opostos, com o mercado a avaliar o significado de uma potencial pausa no ciclo de aperto da política monetária da Fed, bem como a aprovação, na Câmara dos Representantes, de um acordo que suspende o limite de 31,4 biliões do tecto da dívida dos Estados Unidos.
O contrato de julho do West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, sobe 0,53% para 68,45 dólares por barril. Por seu lado, o contrato de agosto do Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, perde 1,2% para 72,66 dólares por barril.
Os dois índices registaram, desde o início da semana até quarta-feira, uma forte desvalorização, de 5,6% no caso do Brent e 6,3% no caso WTI.
"O mercado do petróleo tem estado a vender em excesso nas últimas duas sessões, devido aos dados fracos da economia chinesa e preocupações em torno do 'debt ceiling'. Mas o sentimento recuperou depois da aprovação na Câmara dos Representantes e o sinais de uma pausa na subidas das taxas de juro pela Fed também ofereceu uma oportunidade de recuperação", afirmou a analista Tina Teng, da CMC Markets à Reuters.
"House" aprova acordo sobre tecto da dívida. Europa aponta para ganhos. Ásia também positiva
Com a suspensão do limite da dívida norte-americana aprovada na Câmara dos representantes esta quarta-feira ao final do dia e com aprovação virtualmente garantida no Senado, as principais bolsas europeias apontam para o verde.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 sobem 0,7%.
A influenciar a negociação estão ainda comentários de membros da Reserva Federal dos EUA que sinalizam uma manutenção das taxas de juro no atual patamar, fazendo uma pausa na reunião de junho, deixando a porta aberta para o futuro.
Na Ásia, a sessão foi positiva, com a China a registar ganhos, depois de dados de uma empresa privada, a Caixin, terem mostrado que, ao contrário de dados divulgados pelo governo chinês, a produção industrial terá aumentado ligeiramente em maio.
Na China, Xangai subiu 0,6% e, em Hong Kong, o Hang Seng ganhou 1%. Na Coreia do Sul, o Kospi recuou 0,3%, enquanto no Japão, o Topix avançou 0,4% e o Nikkei somou 0,3%.