Notícia
"Vamos punir os nazis", diz Putin no discurso do Dia da Vitória. Guterres, Scholz e Macron apelam à paz
Acompanhe ao minuto os desenvolvimentos da guerra e o impacto nos mercados.
Scholz e Macron apelam a um cessar-fogo que permita negociações de paz
O chanceler alemão, Olaf Scholz, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, apelaram hoje a um cessar-fogo que permita impulsionar negociações para uma paz que deve ter como base o respeito da soberania e integridade territorial da Ucrânia.
"Já tivemos várias semanas de guerra. Temos que encontrar maneiras de acabar com esta guerra. Mas, para isso, é necessário primeiro um cessar-fogo e é claro que uma paz no futuro deve ter como condição o respeito à soberania e à integridade território da Ucrânia", referiu Olaf Scholz.
Já Emmanuel Macron salientou que, embora o discurso de hoje, durante a celebração do Dia da Vitória em Moscovo, do Presidente russo, Vladimir Putin, não tenha representado uma nova escalada, este ainda não é suficiente para pensar em negociações.
"Precisamos de um cessar-fogo. Somente com um cessar-fogo pode haver negociações de paz", vincou o chefe de Estado francês.
Macron esteve pela primeira vez em Berlim desde a sua reeleição, onde manteve um encontro com Scholz motivado principalmente pela guerra na Ucrânia, mas também sobre o futuro do projeto europeu, o fortalecimento do eixo franco-alemão e questões bilaterais.
Guterres pede que Moscovo e Kiev acelerem negociações para alcançar a paz
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, pediu hoje à Rússia e à Ucrânia para que acelerem as negociações no sentido de alcançar uma solução pacífica para o conflito, em linha com o direito internacional.
Jornalistas ucranianos distinguidos com Pulitzer especial pela cobertura da guerra
Os Prémios Pulitzer distinguiram hoje os jornalistas ucranianos com um prémio especial, pela sua cobertura desde o início da invasão russa da Ucrânia.
Marjorie Miller, a responsável pelos prémios que distinguem o jornalismo, as artes e as letras nos Estados Unidos salientou a "coragem, resistência e compromisso com informações verdadeiras" durante o conflito e perante a "guerra da propaganda" lançada pela Rússia.
"Apesar dos bombardeamentos, sequestros, ocupação e até mortes nas suas fileiras, [os jornalistas] persistiram nos seus esforços para oferecer uma imagem precisa de uma realidade terrível", realçou Miller ao anunciar este prémio especial.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
Já o Washington Post ganhou o Prémio Pulitzer do jornalismo de serviço público pela sua cobertura da invasão ao Capitólio dos EUA, ocorrida em 06 de janeiro de 2021.
Num ano agitado, marcado pelo fim da guerra mais longa dos Estados Unidos, no Afeganistão, foi destacado o ataque à democracia em solo norte-americano, quando apoiantes de Donald Trump tentaram impedir a certificação da vitória eleitoral de Joe Biden.
A extensa reportagem do Post, publicada através de uma sofisticada série interativa, encontrou vários problemas e falhas nos sistemas políticos e de segurança, antes e depois do motim.
O ataque ao Capitólio também resultou num prémio para a Getty Images, que conquistou um dos dois prémios destinados a fotografias de notícias de última hora.
Os Prémios Pulitzer, administrados pela Universidade de Columbia e considerados os mais prestigiados do jornalismo norte-americano, reconhecem trabalhos em 15 categorias de jornalismo e sete categorias de artes.
O Tampa Bay Times ganhou o prémio de reportagem de investigação, com o trabalho "Poisoned", que produziu uma análise aprofundada a uma fábrica de chumbo poluente.
O Miami Herald conquistou o prémio de notícias de última hora pelo seu trabalho na cobertura no acidente mortal da torre do condomínio Surfside, enquanto a The Better Government Association e o Chicago Tribune ganharam o prémio de reportagem local pelo trabalho "Deadly Fires, Broken Promises", sobre a falta de aplicação das normas de segurança contra incêndio.
Von der Leyen aponta "progressos" em reunião com Órban sobre "segurança energética"
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apontou hoje "progressos" e "esclarecimentos" após uma reunião com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Órban, sobre "segurança energética", numa altura em que Budapeste bloqueia o embargo ao petróleo russo.
O encontro entre os dois líderes, que ocorreu durante um jantar de trabalho num mosteiro carmelita em Budapeste, "ajudou a esclarecer alguns pontos sobre as sanções a segurança energética" da Hungria, disse no Twitter Ursula von der Leyen.
"Fizemos progressos, mas vai ser necessário mais trabalho", acrescentou, anunciando a próxima realização de uma videoconferência "com outros "atores da região" para "reforçar a cooperação regional nas infraestruturas petrolíferas".
Sendo um país dependente dos hidrocarbonetos russos, a Hungria está a pedir aos seus parceiros europeus garantias sobre o seu fornecimento de energia para concordar com um sexto pacote sanções contra Moscovo, incluindo a suspensão das compras de petróleo da Rússia.
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"Sell-off" nas bolsas europeias. Turismo e tecnologia penalizam índices
Os mercados europeus continuam a somar perdas no arranque desta semana, batendo mínimos de dois meses. O Stoxx 600 - índice de referência para o bloco e que agrega as principais empresas da Europa - deslizou 2,9% no encerramento, com o setor do turismo a tombar 6,03% e o tecnológico a recuar 4,96%.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax recuou 2,15%, o francês CAC-40 desvalorizou 2,75%, o italiano FTSEMIB perdeu 2,74%, o britânico FTSE 100 cedeu 2,32% e o espanhol IBEX 35 desceu 2,20%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 2,35%.
"As ações europeias ficaram para trás, na abertura do mercado desta nova semana, com a maioria dos benchmarks a manter as perdas da semana passada, já que o sentimento do mercado permanece 'avesso ao risco'. O dinheiro continuou a sair das ações e títulos do tesouro para portos mais seguros, como o dólar americano", indica Pierre Veyret, analista técnico da ActivTrades, acrescentando que "as perspetivas de curto prazo para as ações permanecem pouco claras e, com a ausência de quaisquer drivers de alta, o risco de queda prevalece."
"As más notícias estão a acumular-se para a Europa" à medida que o Banco Central Europeu se prepara para aumentar as taxas de juro, as notícias da guerra na Ucrânia pioram e o crescimento económico chinês desacelera, de acordo com Esty Dwek, diretor de investimentos da Flowbank SA. "As ações europeias estiveram surpreendentemente bem até à semana passada, por isso não é surpresa que tenham um desempenho inferior com a chegada de más notícias."
Von der Leyen a caminho da Hungria depois do "não" de Budapeste ao embargo ao "oil" russo
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, viaja hoje para a Hungria para reunir-se com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, após a rejeição à proposta de um embargo progressivo da União Europeia (UE) ao petróleo russo.
"A presidente Von der Leyen viaja esta tarde para a Hungria para se encontrar com o primeiro-ministro, Viktor Orbán", anunciou o porta-voz principal da Comissão Europeia, Eric Mamer, numa publicação na rede social Twitter.
Segundo o responsável, Ursula von der Leyen e Viktor Orbán "discutirão questões relacionadas com a segurança europeia do aprovisionamento energético".
A presidente da Comissão Europeia esteve hoje a participar, na cidade francesa de Estrasburgo, nas celebrações do Dia da Europa.
A viagem surge dias depois de a Comissão Europeia ter proposto, na passada quarta-feira, a proibição das importações europeias de petróleo à Rússia, a concretizar gradualmente até final do ano devido à dependência de alguns países, na sequência da guerra na Ucrânia.
"No último pacote de sanções, começámos com o carvão, agora estamos a abordar a nossa dependência do petróleo russo. Sejamos claros, não vai ser fácil [pois] alguns Estados-membros são fortemente dependentes do petróleo russo, mas temos simplesmente de trabalhar nesse sentido e propomos agora uma proibição do petróleo russo", declarou na altura Ursula von der Leyen.
LUSA
Em causa está um sexto e novo pacote de sanções contra Moscovo devido à invasão da Ucrânia, no final de fevereiro passado, após a Comissão Europeia ter abrangido, no anterior conjunto de medidas restritivas, a proibição da importação de carvão.
Agora está em causa "uma proibição total de importação de todo o petróleo russo, marítimo e oleoduto, bruto e refinado", elencou Ursula von der Leyen, falando numa eliminação gradual a realizar "de forma ordenada, de modo a permitir [...] assegurar rotas de abastecimento alternativas e minimizar o impacto nos mercados globais".
Ainda assim, este sexto pacote de sanções à Rússia, centrado na proibição gradual das importações de petróleo pelos Estados-membros até final do corrente ano, prevê uma derrogação de um ano suplementar para Hungria e Eslováquia.
No entanto, ainda nesse dia, a Hungria disse rejeitar a proposta de um embargo progressivo da UE ao petróleo russo nos termos propostos pela Comissão Europeia, alegando que põe em causa a segurança energética do país.
A guerra na Ucrânia expôs a excessiva dependência energética da UE face à Rússia, que é responsável por cerca de 45% das importações de gás europeias. A Rússia também fornece 25% do petróleo e 45% do carvão importado pela UE.
60% do mercado aponta para paridade entre euro e dólar. "Green cash" em terceiro dia de ganhos
O dólar continua em alta, enquanto o euro renova mínimos de janeiro de 2017, numa altura em que o mercado contempla com cada vez mais certeza a paridade entre o par composto pela moeda única europeia e o "green cash".
O índice do dólar da Bloomberg – que compara a moeda norte-americana com 10 divisas rivais está no terceiro dia de ganhos, valorizando 0,26% para 103,93 pontos, estando ainda a beneficiar do anúncio da Reserva Federal norte-americana (Fed) na semana passada que deu conta de mais um aperto na política monetária seguida pelo banco central.
Já o euro perde terreno, estando a derrapar 0,23% para 1,0527 dólares, renovando mínimos do início de 2017.
A paridade entre o euro e o dólar parece estar cada vez mais próxima, à medida que o risco de estagflação na zona euro aumenta, devido à guerra na Ucrânia e à intensificação da crise nas cadeias de abastecimento.
Segundo um inquérito da MLIV Pulse junto de economistas e gestores de ativos, citado pela Bloomberg, 60% dos entrevistados acredita que o dólar ficará em paridade com o euro, como não era visto há 20 anos, enquanto apenas uma pequena minoria acredita que a moeda irá recuperar para 1,15 dólares.
Numa pergunta paralela no mesmo questionário, 48% dos entrevistados vai ainda mais longe e aponta para que o euro bata mesmo nos 0,95 dólares.
Ouro cai mais de 1%, Paládio em terreno positivo
O ouro regista a maior sequência de perdas semanais desde o início do ano, numa semana em que os investidores estão atentos à divulgação dos indicadores " de alta frequência" de várias economias do mundo – algumas das mais importantes do globo – estando por isso mais voltados para o dólar e as dívidas soberanas.
O metal amarelo segue a cair 1,21% para 1.861,05 dólares a onça, depois de três semanas de perdas. Paralelamente os ETF correlacionados com ouro caem pela segunda semana consecutiva. Prata e platina seguem esta tendência.
Já o paládio segue em contraciclo, somando 0,51% para 2.057,36 dólares a onça, depois do Reino Unido ter anunciado o aumento de tarifas de importação sobre o paládio e platina que venham da Rússia. Recorde-se que o paládio russo representa 40% da produção mundial deste metal não ferroso.
Esta semana, os EUA divulgam os dados da inflação na quarta-feira, acompanhados nos restantes dias pela China, Índia, assim como o Brasil e México.
Desde de abril, que o ouro tem estado a registar perdas acentuadas à medida que a política monetárias restritivas da Reserva-Federal norte-americana (Fed) e outros bancos centrais em todo o mundo encaminham os investidores para o dólar, acabando por tornar a compra do ouro mais cara – e para as dívidas soberanas – já que o metal amarelo não remunera em juros.
Valorização do dólar penaliza petróleo
Os preços do "ouro negro" estão a perder terreno, pressionados pela valorização do dólar e pelos lockdowns na China – que é o maior importador mundial de crude.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a ceder 4,12% para 107,76 dólares por barril.
Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 4,45% para 104,88 dólares por barril.
A valorização do dólar está a pesar na tendência, dado que o petróleo é denominado na nota verde e fica menos atrativo para quem negoceia com outras moedas quando a divisa norte-americana está em alta.
Os líderes das sete maiores economias mundiais comprometeram-se ontem a acabar com as importações de crude de Rússia, como uma forma de resposta à ofensiva de Moscovo a Kiev, mas o efeito altista que a notícia poderia ter sobre o crude está a ser esbatido pelo dólar mais forte e menor procura da China.
Juros negociados de forma mista na zona euro
Os juros das dívidas soberanas da zona euro estão a ser negociados de forma mista.
A yield sobre as bunds alemãs a dez anos – "benchmark" para o mercado europeu – segue a aliviar 1 ponto base para 1,116%.
Desde a passada quarta-feira que os juros da dívida alemã a dez anos estão acima de 1% e desde o dia 31 de janeiro que estão em terreno positivo.
Já Itália vê os juros das obrigações a dez anos a agravarem 1,8 pontos base para 3,150%, enquanto a yield da dívida francesa com a mesma maturidade alivia 0,1 pontos base para 1,652%.
Na Península Ibérica, os juros da dívida portuguesa a dez anos, que desde a passada terça-feira estão acima de 2%, seguem a agravar 0,4 pontos base para 2,254%, enquanto a yield da dívida espanhola coma mesma maturidade sobe 0,1 pontos base para 2,230%.
76% do povo da Finlândia quer o país na NATO, revela inquérito
O apoio do povo finlandês para que o Governo do país tome a decisão de aderir à NATO voltou a escalar em mais um inquérito realizado pela televisão pública finlandesa YLE, mais concretamente para 76%, de acordo com os dados compilados pela Bloomberg.
Esta subida segue a tendência dos últimos meses, já que em março, o número de finlandeses a favor da adesão de Helsínquia à NATO já tinha subido para 62% (contra 53% contabilizados em fevereiro).
Agora, do inquérito realizado pela YLE este mês, o número de pessoas contra a entrada da Finlândia na Organização do Tratado do Atlântico Norte caiu de 16% em março para apenas 12%. A amostra foi composta por 1.270 entrevistados.
A pesquisa realizada na semana passada também dá conta que os finlandeses estão mais firmes na tomada de posição de adesão à NATO. Se em março, cerca de um em cada cinco entrevistados ainda não tinha certeza que posição tomar, atualmente apenas um em cada dez inquiridos se sente indeciso no que toca a este assunto.
Desde o início da guerra na Ucrânia, tanto a Finlândia como a Suécia decidiram considerar seriamente a adesão à NATO.
O Kremlin já fez questão de avisar que tal ato – se tomado – terá consequências. Já os EUA garante que se os dois países forem ameaçados pela Rússia durante o período temporário de adesão ao grupo dos aliados, serão ajudados por Washington.
Rússia poderá enfrentar maior contração económica desde 1994
A Rússia poderá vir a enfrentar a contração eocnómica mais forte desde 1994, com a possibilidade de o produto interno bruto (PIB) russo poder vir a encolher até 12% este ano.
As previsões são avançadas pela agência Bloomberg, que cita estimativas internas do ministério das Finanças da Rússia. Estes números têm em conta os efeitos das sanções impostas pela União Europeia, Reino Unido e Estados Unidos à Rússia devido à invasão da Ucrânia.
A Rússia ainda não partilhou um "outlook" oficial sobre este tema, mas fontes próximas do assunto avançam à Bloomberg que o ministério da Economia aponta para um recuo de 8% da economia do país.
A 29 de abril, o Banco da Rússia disse que espera uma contração da economia entre 8 a 10% este ano. Já o FMI aponta para uma quebra de 8,5%, enquanto um inquérito da Bloomberg feito a economistas antecipa uma média de quebra de 10,3%.
A confirmar-se, esta fonte avança que esta contração poderá mesmo eliminar cerca de uma década de crescimento económico da economia russa.
Wall Street arranca semana em terreno negativo à boleia dos receios da inflação
Os índices norte-americanos estão a dar continuidade ao "sell-off" vivido na sessão de sexta-feira. E, mais uma vez, também os receios da inflação e as expectativas em torno dos próximos movimentos da Fed para controlar esta questão estão no centro das atenções.
Assim, neste arranque de sessão, o industrial Dow Jones está a recuar 1,26% para 32.485,21 pontos, enquanto o índice tecnológico Nasdaq Composite caía 1,73% para 11.934,20 pontos. O S&P 500 caía 1,55% para 4.059,59 pontos.
Ao longo da semana são esperados discursos de vários membros da Reserva Federal norte-americana. E, depois de Jerome Powell afastar o cenário de uma subida agressiva dos juros de 75 pontos base, os investidores vão tentar ler nas entrelinhas quais poderão ser os restantes passos para controlar a inflação. "Os governadores da Fed vão estar em todo o lado a discutir política monetária esta semana", diz Paul Nolte, gestor de portefolio da Kingsview Investment Managament. "Combinando com o relatório da inflação, é provável que seja uma semana volátil", antecipa.
O cenário de subida dos juros está a pressionar alguns setores, nomeadamente o tecnológico, onde nomes como a gigante Amazon, Meta ou a Alphabet estão a ser mais pressionados. As ações da Amazon, por exemplo, estão a tombar 1,69% para 2.256,65, enquanto a dona do Facebook recua 2,24% para 199,21 dólares ou a Alphabet cai 1,97% para 2.269,04 dólares.
Ursula von der Leyen deixa mensagem à Ucrânia no discurso da conferência de Dia da Europa
Numa mensagem dirigida ao povo ucraniano - "que encontrou refúgio na Europa" - Ursula von der Leyen deixou claro que o "futuro da Europa também é o vosso futuro", disse durante o discurso de encerramento da conferência sobre o futuro da Europa, que decorre em Estrasburgo esta segunda-feira.
"O futuro da vossa democracia também é o futuro da nossa democracia." Von der Leyen contextualizou que ainda esta segunda-feira conversou virtualmente com o Presidente da Ucrânia, que já entregou o questionário de cinco mil páginas no âmbito do processo de candidatura à adesão á União Europeia.
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Gás natural alivia mais de 5% e fica abaixo dos 100 euros
O gás natural está a aliviar na sessão desta segunda-feira, já a cair 5,15% até aos 96,87 euros por megawatt-hora.
Esta descida do preço do gás natural em Amesterdão está ligada a um ligeiro alívio em relação ao fornecimento de gás por parte da Rússia, num dia em que foi revelado que a gigante Gazprom terá enviado cartas aos clientes para clarificar alguns pontos relativamente aos pagamentos em rublos.
Além disso, também as temperaturas mais quentes na Europa estão a amparar esta descida dos preços do gás natural.
Os gás natural chegou a ultrapassar os 227 euros a 7 de março, poucos dias depois do início da invasão da Ucrânia por parte da Rússia.
Zelensky defende papel da Ucrânia na Segunda Guerra Mundial
Em reação ao discurso de Vladimir Putin nas comemorações do Dia da Vitória, assinalado esta segunda-feira, o Presidente da Ucrânia defendeu o papel que o país teve na Segunda Guerra Mundial.
Num vídeo partilhado esta segunda-feira, Zelensky frisou que "não vai permitir que Moscovo fique com o crédito do papel" da Ucrânia na Segunda Guerra Mundial. "Não vamos permitir que ninguém anexe esta vitória, não vamos permitir que alguém se aproprie", diz o Presidente da Ucrânia, num vídeo que tem como cenário a avenida Khreshchatyk, onde habitualmente decorrem os festejos do Dia da Vitória.
Este ano, pela primeira vez desde que a Ucrânia é um país independente, o Dia da Vitória é festejado sem grandes eventos.
"Vamos punir os nazis", disse Putin
Hoje, as tropas russas e as milícias de Donetsk e Lugansk "estão a lutar para que a memória da 2ª Guerra Mundial não seja esquecida, vamos punir os nazis", disse Vladimir Putin durante o discurso que assinala o Dia da Vitória contra a Alemanha nazi.
Antes do desfile militar, perante 11 mil soldados na Praça Vermelha, em Moscovo, o presidente russo frisou ainda que os militares russos "estão a lutar até ao fim, pela pátria, pelo nosso futuro".
Fora do discurso ficou a declaração da guerra à Ucrânia, tendo sido esta uma possibilidade apontada por vários especialistas.
Ao contrário do habitual, a parada militar não contou com a demonstração aérea dos 77 aviões especiais.
Bolsas europeias novamente no vermelho e com quase todos os setores a registarem perdas
As bolsas europeias estão a negociar em terreno negativo neste arranque da semana, com o tema da inflação e o afastamento do risco a ditarem o sentimento nos mercados.
Assim, as principais bolsas do velho continente estão a desvalorizar, com a menor depreciação a pertencer ao índice português PSI.
O Stoxx 600, que agrupa as 600 maiores cotadas europeias está a desvalorizar 1,01% para 425,55 pontos. Praticamente todos os setores estão a negociar com perdas, à exceção da ligeira valorização de 0,22% do petróleo e gás. As quedas mais expressivas pertencem ao setor dos recursos básicos, que tomba 2,35%, e ao setor do turismo, que deprecia 2,24%. As menores quedas entre os setores pertencem às utilities (-0,14%) e às telecom (-0,65%).
O português PSI recua 0,16%, enquanto o espanhol IBEX cede 0,35% e o alemão DAX tomba 0,81%. Em Paris o índice CAC40 regista a maior queda entre as bolsas europeias, a desvalorizar 1,26%, enquanto o inglês FTSE cede 0,66%. Em Amesterdão o índice de referência desvaloriza 0,75% e em Milão a bolsa recua 0,98%.
Juros das dívidas soberanas da Zona Euro a subir
Os juros das dívidas soberanas da zona euro estão a agravar de forma generalizada esta segunda-feira. Os juros da Alemanha a dez anos, vistos como a referência para a zona euro, estão a agravar 0,5 pontos base para uma taxa de 1,131%.
Em Itália verifica-se uma subida ainda mais expressiva da yield, com um agravamento de 3,6 pontos base para uma taxa de 3,168%.
Em Portugal os juros a dez anos estão a avançar 1,5 pontos base, para uma taxa de 2,265%. Na passada sexta-feira a agência de notação financeira Fitch decidiu manter a classificação da dívida portuguesa em BBB (dois níveis acima de lixo), mas melhorou o "outlook" (perspetiva para a evolução da qualidade do crédito) – que passou de estável para positivo. A Fitch justificou esta decisão com o bom desempenho orçamental de Portugal, a estabilidade política – que sustenta a redução da dívida –, e os fundos comunitários 'Next Generation EU'.
Em Espanha, os juros a dez anos estão a subir 1,3 pontos base para uma taxa de 2,242%.
Petróleo no vermelho com investidores a pesar embargo do G7 ao petróleo russo
O petróleo está a ceder na sessão desta segunda-feira, com os investidores a pesarem o embargo do G7 às importações de petróleo russo. Os líderes das sete maiores economias mundiais comprometeram-se a acabar com as importações de crude de Rússia, como uma forma de resposta à ofensiva de Moscovo a Kiev.
Além disso, também os confinamentos que ainda se vivem na China, o maior importador de petróleo, devido à covid-19 continuam a pesar no sentimento dos investidores.
O West Texas Intermediate (WTI) está a recuar 0,79%, para 108,9 dólares por barril. Por sua vez, o Brent do Mar do Norte, que serve de referência às importações europeias, está a desvalorizar 0,63%, a cotar nos 111,68 dólares.
Dólar em alta e em novo máximo de 20 anos. Euro e libra no vermelho
Os receios da inflação estão a deixar os investidores virados para alguns ativos, nomeadamente para divisas como o dólar norte-americano. Assim, nesta altura o dólar está a avançar 0,3% perante um cabaz composto por divisas rivais,
Este avanço está a deixar o dólar em máximos de 20 anos, muito devido às expectativas de que a Fed continue a subir as taxas de juro para controlar a inflação.
Já a libra e o euro estão a negociar em terreno negativo. O euro perde 0,29% face ao dólar, para 1,0515 dólares, enquanto a libra esterlina está a cair 0,41% face à "nota verde" para 1,2285 dólares.
Ouro novamente no vermelho e a derrapar 0,47%
O ouro está a desvalorizar 0,47% neste ponto da sessão, num dia em que os investidores estão virados para outro tipo de ativos, nomeadamente as obrigações.
Assim, este metal está nesta altura a cotar nos 1869,65 dólares por onça, depois de na semana passada ter registado uma desvalorização semanal.
As perspetivas em relação à subida da inflação estão a pesar no sentimento dos investidores, que antecipam que os bancos centrais, nomeadamente a norte-americana Fed, vão continuar a fazer alterações à política monetária com o intuito de controlar a inflação. "A força persistente do dólar norte-americano e as yields mais elevadas com a perspetiva de que a Fed vá continuar as subidas de juros agressivas para controlar a inflação estão a pesar no ouro", comenta Ravindra Rao, líder de research de commodities da Kotak Securities, em declarações à Bloomberg.
Governador de Lugansk confirma retirada de tropas ucranianas de Popasna
O governador da região de Lugansk confirmou as informações avançadas na imprensa internacional de que as tropas ucranianas se retiraram da cidade de Popasna, na Ucrânia.
De acordo com a agência Reuters, Serhiy Gadai, o governador de Lugansk, disse na televisão ucraniana que as tropas da Ucrânia se retiraram para reforçar posições noutros pontos do país. E, de acordo com este responsável, "tudo ficou destruído" na região de Lugansk.
Enquanto isso, em Moscovo, na Rússia, as comemorações do Dia da Vitória dominam Praça Vermelha. Vladimir Putin discursa nestas comemorações da vitória da União Soviética na Segunda Guerra Mundial. Mais de dois meses depois do início da guerra na Ucrânia, Putin afirmou que os soldados no Donbass "estão a lutar pela defesa da sua terra".
Futuros da Europa antecipam arranque de sessão a vermelho
Os futuros das bolsas europeias estão a antecipar um arranque de sessão em terreno negativo, com os futuros do Stoxx 50 a ceder 1,19% nesta altura da manhã.
As perspetivas em relação à inflação e a um possível abrandamento do crescimento económico global estão a pesar no sentimento dos investidores. A guerra na Ucrânia veio adicionar uma nova camada de incerteza ao "outlook" global. E, no dia em que a Rússia assinala o Dia da Vitória, comemorando a derrota dos nazis na Segunda Guerra Mundial, o discurso de Vladimir Putin deverá ser analisado à lupa com o intuito de perceber as próximas movimentações nesta guerra.
Na Ásia, onde a sessão já terminou, alguns índices fecharam com quedas expressivas, como foi o caso do Japão. O Nikkei e o Topix caíram 2,53% e 1,96%, respetivamente. Na Coreia do Sul o Kospi caiu 1,26% e em Xangai o índice desvalorizou ligeiramente (0,11%). Em Hong Kong, o Hang Seng esteve encerrado devido a um feriado.