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Ao minuto24.03.2025

Europa fecha no vermelho. Incerteza sobre tarifas pesa nos índices

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta segunda-feira.

Aurelien Morissard/AP
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24.03.2025

Europa fecha no vermelho. Incerteza sobre tarifas pesa nos índices

Os mercados europeus fecharam em baixa esta segunda-feira, novamente penalizados pela incerteza em torno da aplicação das tarifas da administração Trump, depois de várias notícias e declarações sobre a política comercial norte-americana.

No final de uma sessão volátil, o Stoxx 600, de referência para o continente, terminou a sessão em baixa de 0,13%. Entre os principais índices, o alemão DAX perdeu 0,17%, o francês CAC recuou 0,26% e o britânico FTSE desceu 0,1%.

Os investidores estão a preparar-se para a aproximação do prazo de 2 de abril, definido por Donald Trump para a implementação de tarifas "recíprocas", depois de o Presidente dos EUA ter dito que poderá haver alguma flexibilidade na sua aplicação.

Durante o fim de semana, o Wall Street Journal noticiou também que as tarifas poderão excluir alguns setores e ter uma abrangência menos que o previsto.

Já esta segunda-feira, Trump reiterou que as tarifas sobre automóveis, alumínio e produtos farmacêuticos serão anunciados em breve e que os EUA vão impor uma taxa adicional de 25% sobre países que importem crude da Venezuela.

As constantes declarações e anúncios, por vezes contraditórios, da Administração Trump sobre a política comercial estão a deixar os investidores em modo de cautela, preferindo apostar em ativos de refúgio e afastando-se das ações.    

24.03.2025

Alemanha escapa a alívio de juros na Zona Euro

As "yields" das obrigações soberanas europeias registaram um alívio quase generalizado, num momento em que os investidores procuram ativos de refúgio como as obrigações, perante a volatilidade que se antecipa nos mercados devido à incerteza causada pelas políticas comerciais da Administração dos EUA.  

Os juros das obrigações alemãs a 10 anos, de referência para a Europa, foram a exceção, ao subirem 0,6 pontos base para 2,768%, enquanto os congéneres de França recuaram 0,3 pontos base para 3,458%

Já em Espanha e Itália, a queda foi de 0,6 pontos base para 3,399% e 3,871%, respetivamente. Em Portugal, a descida das "yields" esteve em linha com as congéneres europeias, com um recuo de 0,3 pontos base para 3,272%.

Fpora da Zona Euro, os juros das Gilts britânicas a 10 anos, que registaram um alívio de 0,4 pontos base para 4,710%.   

24.03.2025

Dólar sobe após dados indicarem que economia dos EUA continua robusta

O dólar sobe após os dados do índice de gestores de compras (PMI) dos EUA, que revelaram que a economia continua robusta, apesar das tarifas impostas pela Administração Trump.  

  

O índice do dólar, que segue a evolução da moeda norte-americana face às principais rivais, ganha 0,25% para 104,35, enquanto o euro cai 0,23% para 1,0879 dólares.

O PMI compósito, que avalia o desempenho dos setores da indústria e serviços, acelerou para 53,5 pontos face a 51,6 pontos. Embora o indicador da indústria tenha ficado abaixo do esperado, o PMI dos serviços acelerou para 54,3 pontos, face aos anteriores 49,7 pontos.

Os investidores também estão mais otimistas sobre o "outlook" económico depois de Donald Trump ter manifestado que poderá ter alguma "flexibilidade" no conjunto de tarifas a implementar no dia 2 de abril.         

     

24.03.2025

"Ouro negro" sobe mais de 1% com novas sanções dos EUA

Desde o início deste ano, o preço do petróleo tem estado a recuperar. Será um momento de viragem?

O petróleo está a ganhar terreno esta segunda-feira após Donald Trump ter avançado que irá impor tarifas de 25% a todos os países que comprem petróleo e gás à Venezuela. 

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os Estados Unidos (EUA) – soma 1,3% para os 69,17 dólares por barril . Já o Brent – de referência para o continente europeu – ganha 1,25% para os 73,06 dólares por barril.

O Presidente dos EUA escreveu a nova ameaça, a começar dia 2 de abril, na sua rede social Truth Social. Em causa estão, diz o republicano, a entrada de milhares de imigrantes venezuelanos de "natureza violenta" no norte da América. 

"Teremos um choque de oferta por parte da Venezuela para o mercado mundial. É uma força otimista", disse Dennis Kissler, da BOK Financial, à Reuters, acrescentando que os investidores ainda estão a reagir às mais recentes sanções impostas ao Irão na passada quinta-feira.

Os ganhos do crude ofuscaram as notícias de que a Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) irá prosseguir, ao que tudo indica, com o aumento da produção de petróleo em maio. O cartel, que produz mais de 40% de "ouro negro" do mundo, deve aumentar a produção em 135 mil barris por dia nesse mês.

Os "traders" avaliam também a entrada de mais "ouro negro" no mercado caso as negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia avancem. "O medo de mais petróleo russo voltar ao mercado é provavelmente um dos maiores aspetos negativos que já vimos", acrescentou Kissler.

24.03.2025

Ouro cede com dólar mais forte e tomada de mais-valias

Os preços do ouro estão a cair devido a um dólar norte-americano mais forte e ainda a reagir à flexibilização de tarifas dos EUA aos parceiros comerciais, anunciadas na semana passada por Donald Trump.  

 

O metal amarelo cede 0,46% para 3.008,17 dólares por onça. Desde o início do ano, este ativo-refúgio já tocou máximos históricos 16 vezes. 

 

"O ouro atingiu recorde após recorde e agora o mercado está apenas a consolidar esses ganhos, reforçados pelo dólar um pouco mais alto", explicou Bart Melek, da TD Securities, à Reuters. 

Trump deu a entender na passada sexta-feira, 21 de março, que haveria alguma flexibilidade em relação às tarifas recíprocas que devem entrar em vigor a 2 de abril e devem impulsionar a inflação norte-americana e prejudicar o crescimento económico. 

Os investidores aguardam agora pelo indicador favorito da Reserva Federal – que optou por manter as taxas de juro inalteradas -, para avaliar a inflação: o índice de despesas de consumo privado, o PCE, que será divulgado no final da semana.  

Apesar destes dados, os responsáveis da Fed de Chicago e de Nova Iorque avisam que é "prematuro" avaliar os impactos das medidas do Presidente dos EUA na maior economia do mundo. 

 

24.03.2025

Wall Street negoceia no verde. "Big tech" impulsionam índices

Os principais índices norte-americanos negoceiam em terreno positivo esta segunda-feira, depois de sinais de que a próxima ronda de tarifas anunciada pela Administração norte-americana poderá ser menos agressiva do que o inicialmente previsto. Em causa estão as tarifas recíprocas dos Estados Unidos (EUA) sobre os seus parceiros comerciais, apontadas para entrar em vigor a 2 de abril.

O S&P 500 sobe 1,36% para os 5.744,67 pontos, enquanto o Nasdaq Composite ganha 1,63% para 18.074,60 pontos. Já o Dow Jones valoriza 1,09% para 42.441,36 pontos.

As novas taxas alfandegárias poderão excluir alguns países e a Administração norte-americana poderá adiar a imposição de tarifas que visem setores específicos, segundo fontes próximas do assunto citadas pela Bloomberg.

"Os mercados estão animados com os relatos do fim de semana de que a Administração Trump poderá invocar tarifas de uma forma mais direcionada", disse à Bloomberg Joachim Klement da Panamure Liberum.

"Isto levanta a possibilidade de alguns sectores e países se saírem melhor do que outros, ajudando a explicar o otimismo do mercado", explicou Daniel Murray, diretor executivo da EFG Asset Management em Zurique.

O mercado norte-americano tem vindo a estabilizar depois de quatro semanas de negociações voláteis e, sobretudo, marcadas por fortes perdas. Estrategas do Morgan Stanley estão entre os que veem uma reviravolta para os índices do lado de lá do Atlântico, citando a queda de 3,8% do dólar em relação ao seu pico de janeiro e também sinais de que, depois de fortes desvalorizações, as "sete magníficas" - Nvidia, Meta, Alphabet, Amazon, Microsoft, Tesla e Apple - poderiam atrair fluxos de volta para os EUA. Segundo a Bloomberg, o Goldman Sachs também espera que os investidores estrangeiros continuem a comprar ações norte-americanas.

Quanto ao estado de saúde da maior economia mundial, os investidores estarão atentos à evolução da indústria e dos serviços dos EUA, com os dados a serem conhecido esta segunda-feira, após a publicação das leituras de março do índice de gestores de compras (PMI).

Entre os movimentos de mercado, a Tesla, que tem sido pressionada nos últimos tempos, em parte, pelo papel de Elon Musk – dono da produtora de automóveis elétricos - junto da Administração norte-americana, segue a avançar mais de 5%. Por outro lado, a Super Micro Computers – produtora de semicondutores - cede 2,40% a esta hora, após o Goldman Sachs ter cortado o "target" da fabricante de chips para "venda".

Quanto às "big tech", a Alphabet ganha 1,16%, a Nvidia avança 2,10%, a Amazon sobe 2,31%, a Apple valoriza 0,87%, a Microsoft pula 0,53% e a Meta regista ganhos de 3,56%. 

24.03.2025

Euribor a três meses cai pela 6.ª sessão consecutiva para mínimo desde janeiro de 2023

A Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses em relação a sexta-feira e no prazo mais curto, pela sexta sessão consecutiva, para um novo mínimo desde janeiro de 2023.

Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que baixou para 2,367%, ficou abaixo da taxa a seis meses (2,399%) e acima da taxa a 12 meses (2,366%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou hoje, ao ser fixada em 2,399%, menos 0,005 pontos.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a janeiro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,75% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,52% e 25,57%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor recuou para 2,366%, menos 0,005 pontos.

No mesmo sentido, a Euribor a três meses baixou hoje, ao ser fixada em 2,367%, menos 0,019 pontos e um novo mínimo desde 18 de janeiro de 2023.

A taxa Euribor a três meses entra no cálculo da taxa base dos Certificados de Aforro, que é determinada mensalmente no antepenúltimo dia útil de cada mês, para vigorar durante o mês seguinte, e não pode ser superior a 2,50% nem inferior a 0%.

A taxa de juro bruta para novas subscrições de Certificados de Aforro, Série F, foi fixada de novo em 2,500% em março de 2025.

Em termos mensais, a média da Euribor em fevereiro voltou a descer a três e a seis meses.

A Euribor a 12 meses, que tinha subido em janeiro pela primeira vez depois de nove meses a cair, também desceu em fevereiro.

Assim, a média da Euribor a três, seis e a 12 meses em fevereiro desceu 0,177 pontos para 2,525% a três meses, 0,154 pontos para 2,460% a seis meses e 0,118 pontos para 2,407% a 12 meses.

Como antecipado pelos mercados, o BCE decidiu em março reduzir, pela quinta vez consecutiva em seis meses, as taxas de juro diretoras em um quarto de ponto, para 2,5%.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, deu a entender que a instituição está preparada para interromper os cortes das taxas de juro em abril.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 16 e 17 de abril em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

24.03.2025

Europa pinta-se de verde com possível flexibilização das tarifas recíprocas dos EUA

Os principais índices europeus negoceiam em terreno positivo, com expectativas de que a próxima ronda de tarifas anunciadas pelo Presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, possa ser mais moderada do que o inicialmente previsto.

O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – ganha 0,26%, para os 551,08 pontos.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o francês CAC-40 avança 0,16%, o espanhol IBEX 35 valoriza 0,53%, o italiano FTSEMIB ganha 0,29%, o holandês AEX sobe 0,24%, o alemão DAX pula 0,44% e o britânico FTSE 100 avança 0,41%.

Os investidores centram as atenções no dia 2 de abril, quando se espera que Trump anuncie tarifas recíprocas generalizadas aos parceiros comerciais dos EUA.

As novas taxas deverão excluir alguns países e a Administração norte-americana poderá adiar a imposição de tarifas alfandegárias que visem setores específicos, segundo autoridades norte-americanas citadas pela Bloomberg.

"Os mercados estão animados com os relatos do fim de semana de que a Administração Trump poderá invocar tarifas de uma forma mais direcionada", disse à Bloomberg Joachim Klement da Panamure Liberum.

Além das tarifas, os investidores seguem atentos à evolução da indústria e dos serviços de vários países na Zona Euro e nos EUA.

No Velho Continente, o HCOB Eurozone Manufacturing PMI subiu para 48,7 pontos em março de 2025, o valor mais alto registado nos últimos 26 meses, acima das previsões de 48,2, mostraram dados preliminares citados pela Trading Economics. Já a produção industrial expandiu-se pela primeira vez em dois anos e ao ritmo mais rápido desde maio de 2022.

Entre os setores, o dos recursos naturais lidera os ganhos e avança mais de 1,80%, seguido da banca, que ganha a esta hora 1,10%. No sentido contrário, a saúde lidera as perdas, com uma desvalorização de 0,73%, seguindo-se o setor alimentar, que cede mais de 0,50%.

Quanto aos movimentos de mercado, a RWE - empresa alemã que atua na distribuição de gás natural e na geração e distribuição de energia elétrica - sobe 2,56%, depois de a Elliott Investment Management ter apelado à empresa alemã para aumentar as recompras de ações, depois de o fundo norte-americano ter adquirido uma participação de cerca de 5% na RWE. 

24.03.2025

Juros aliviam em quase toda a linha na Zona Euro. Alemanha e Portugal são exceção

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro negoceiam entre alívios e agravamentos esta segunda-feira, num dia em que as bolsas do continente seguem a valorizar.

Esta quinta-feira, os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, agravam-se e, 0,2 pontos base, para 3,276%. Em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento segue o caminho inverso e cai 0,2 pontos, para 3,403%.

Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa decresce 0,1 pontos base para 3,460%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, agravam-se em 1 ponto, para 2,773%.

Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, caem 2,8 pontos para 4,687%.

24.03.2025

Dólar, euro e libra avançam. "Traders" aguardam por maior clareza quanto a tarifas dos EUA

Esta segunda-feira, o dólar negoceia ligeiramente abaixo de máximos de três semanas em relação aos principais pares, com os "traders" a aguardar por uma maior clareza quanto à próxima ronda de tarifas planeadas pela Administração norte-americana.

o euro sobe ligeiramente após três sessões consecutivas de quedas, enquanto o iene cai em relação ao dólar, pressionado por uma subida das "yields" do Tesouro dos Estados Unidos (EUA). A próxima ronda de taxas alfandegárias está prevista para 2 de abril, altura em que a Casa Branca deverá anunciar a imposição de taxas recíprocas sobre muitos dos seus parceiros comerciais.

Face à divisa nipónica, a "nota verde" valoriza 0,19% para os 149,610 ienes.

O índice de dólar da Bloomberg – que mede a força do dólar face às principais rivais – perde 0,07% para os 104,013 pontos.

Por cá, a atividade empresarial na Zona Euro atingiu o seu nível mais elevado em sete meses. O HCOB Eurozone Manufacturing PMI subiu para 48,7 pontos em março, o valor mais alto em 26 meses, excedendo as previsões de 48,2, mostraram dados preliminares citados pela Trading Economics. Já a produção industrial expandiu-se pela primeira vez em dois anos e ao ritmo mais rápido desde maio de 2022.

A moeda única segue a ganhar 0,14% para os 1,083 dólares. No mesmo sentido, a libra valoriza 0,22% para os 1,295 dólares.

24.03.2025

Ouro valoriza com "traders" atentos a tarifas dos EUA

O ouro negoceia com uma ligeira valorização esta manhã, com os investidores à espera de novos catalisadores, após uma recente recuperação ter levado os preços do metal amarelo a máximos históricos, alimentados por preocupações geopolíticas e esperanças de cortes nas taxas diretoras dos Estados Unidos (EUA).

O ouro valoriza a esta hora 0,22%, para os 3.028,860 dólares por onça.

Aém das negociações para um acordo de cessar-fogo na Ucrânia entre a Rússia e os EUA, os "traders" seguem atentos aos mais recentes desenvolvimentos em torno das tarifas norte-americanas sobre os seus parceiros comerciais.

As tarifas recíprocas anunciadas pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, deverão entrar em vigor a 2 de abril. No entanto, de acordo com fontes próximas do assunto citadas pela Bloomberg, Trump deu a entender que poderá haver alguma flexibilidade em relação a como se materializarão estas taxas alfandegárias.

"O Presidente Trump deixou alguma margem de manobra para que as tarifas recíprocas sejam potencialmente menos severas do que se temia, o que reduziu a ansiedade do mercado até certo ponto, mas ... também minou o preço do ouro que perdeu um pouco de impulso", explicou à Reuters Tim Waterer, analista principal de mercados da KCM Trade. 

24.03.2025

Petróleo negoceia sem tendência definida. Delegações dos EUA e Rússia discutem cessar-fogo na Ucrânia

Os preços do petróleo negoceiam em alta esta segunda-feira, com os "traders" a avaliarem o impacto das novas sanções norte-americanas sobre as exportações de crude iranianas, enquanto permanecem atentos às conversações de cessar-fogo destinadas a pôr fim à guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Um possível acordo poderá, eventualmente, levar a um aumento do fornecimento de "ouro negro" por parte da Rússia aos mercados mundiais.

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os Estados Unidos (EUA) – segue a valorizar 0,07% para os 68,33 dólares por barril . Já o Brent – de referência para o continente europeu – perde 0,01% para os 72,15 dólares por barril.

No panorama internacional, as exportações de petróleo iraniano para a China deverão cair no curto prazo, após terem sido impostas novas sanções pelos Estados Unidos a uma refinaria privada e a petroleiros, aumentando os custos de transporte de crude por parte de Teerão.

"No entanto, as perspetivas mais amplas da oferta e da procura continuam a ser mistas. As conversações sobre o cessar-fogo entre a Ucrânia e a Rússia melhoram as perspetivas de um aumento das exportações russas com uma eventual resolução do conflito, enquanto o aumento da produção por parte da OPEP+ em abril aponta para novos aumentos da oferta", disse à Reuters Yeap Jun Rong da IG Markets.

Uma delegação dos EUA viaja esta segunda-feira para a Arábia Saudita para reunir com funcionários russos, onde procurará obter progressos no sentido de um cessar-fogo no Mar Negro e de uma cessação mais alargada da violência na guerra na Ucrânia, após discussões dos EUA com diplomatas da Ucrânia terem tido lugar este domingo.

"As expectativas de progresso nas negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia e um potencial alívio das sanções dos EUA sobre o petróleo russo pressionaram os preços", explicou à Reuters Toshitaka Tazawa, analista da Fujitomi Securities. O especialista acrescenta que, ainda assim, "os investidores estão a reter grandes posições enquanto avaliam as tendências futuras da produção da OPEP+ para além de abril". 

24.03.2025

Futuros europeus avançam com esperança de novas tarifas mais contidas

Esta segunda-feira, os futuros dos índices europeus seguem a avançar, com sinais de que a próxima ronda de tarifas a ser anunciada pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, poderá ser mais comedida do que anteriormente apontado. Os futuros do Euro Stoxx 50 seguem com ganhos de 0,4%.

As novas tarifas norte-americanas, previstas para entrarem em vigor a 2 de abril, deverão ser mais direcionadas do que o inicialmente previsto, de acordo com fontes próximas do assunto citadas pela Bloomberg. Ainda assim, os investidores continuam cautelosos, com a China e a Austrália a alertarem para a possibilidade de choques generalizados na economia global devido à política comercial norte-americana. 

 

"A notícia de tarifas mais específicas foi recebida positivamente durante as primeiras horas da sessão asiática, mas ainda há muito nervosismo em relação ao anúncio real da próxima semana", disse à Bloomberg Khoon Goh, do ANZ Group Holdings. O especialista acrescentou que "pode sempre haver algum desenvolvimento inesperado, ou o Presidente Trump pode mencionar algo esta semana que sugira uma ação mais dura. Portanto, é difícil para os mercados avaliar adequadamente o risco nesta fase".

No Japão, o Nikkei cedeu 0,18% e o Topix desvalorizou 0,47%. Já o Hang Seng de Hong Kong, registou ganhos de 1,04%. Também na China, o Shanghai Composite avançou 0,15%. 

O índice de gestores de compras da indústria transformadora do Japão de março, divulgado esta madrugada, foi "inesperadamente baixo", provavelmente alimentando o pessimismo do mercado, disse à Bloomberg Tomo Kinoshita da Invesco Asset Management. "Os dados podem estar a apontar para uma queda no sentimento do consumidor", referiu o especialista.

Quanto à China, o Industrial & Commercial Bank of China foi o que mais contribuiu para o avanço do índice Shanghai Composite, ao subir quase 0,90%. Já a Nanjing Wondux Environmental Protection Technology - empresa especializada no desenvolvimento de equipamentos de tecnologia ambiental - registou o maior aumento entre as cotadas do índice, ao valorizar quase 20%.

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