Notícia
Juros da República ignoram crise política. Petróleo em queda
Acompanhe aqui o dia nos mercados.
Europa de regresso às quedas
As principais praças europeias terminaram o dia no vermelho, penalizadas pelas descidas das mineiras e com os investidores a reagirem à divulgação de resultados que desapontaram os investidores.
O índice de referência europeu Stoxx 600 cedeu 0,36%, com as principais bolsas do Velho Continente a registarem descidas inferiores a 0,5%.
A penalizar a negociação estiveram as quedas dos setores das matérias-primas. As mineiras recuaram, arrastadas pelas descidas dos preços dos metais, como o alumínio e o minério de ferro.
Além das perdas das mineiras, o sentimento foi também afetado negativamente pelos números do Deutsche Bank. O banco alemão tombou 6,9%, com os investidores a mostrarem que não ficaram impressionados com o forte crescimento dos lucros – dispararam para 2,19 mil milhões de euros, até setembro.
"Depois da recente subida, o potencial de subida dos índices europeus até ao final do ano é mais limitado", argumenta Roland Kaloyan, estratego do Société Générale, citado pela Bloomberg.
Ouro e euro praticamente inalterados à espera de dados dos EUA
O ouro, metal precioso cuja cotação tende a variar em contraciclo com o mercado de ações, terminou a sessão desta quarta-feira praticamente na "linha de água", enquanto aguarda pelos dados sobre a economia norte-americana, amanhã.
O metal caiu 0,01% para os 1.792,72 dólares por onça.
Amanhã, os EUA divulgam os dados relativos à evolução da sua economia, que deverá ter desacelerado no terceiro trimestre do ano.
As estimativas dos economistas apontam para um crescimento de 3% entre julho e setembro, abaixo dos 6,7% reportados nos três meses anteriores.
Hoje, o euro perdeu 0,03% para os 1,1593 dólares.
Juros da República ignoram chumbo iminente do Orçamento
Os juros da dívida de Portugal estiveram a aliviar, apesar da crise política iminente, na sequência do quase certo chumbo do Orçamento do Estado – votação está a decorrer esta tarde no Parlamento. Ainda assim, as "yields" lusas descem menos, em comparação com as de outros países do euro.
A taxa de referência a 10 anos do País segue a descer 4,3 pontos base para 0,369%, isto apesar da incerteza política que se vive atualmente, devido à ausência de um entendimento político para a votação do Orçamento do Estado para o próximo ano, um cenário que vai levar à realização de eleições antecipadas.
Apesar deste cenário de chumbo do OE, os analistas do Rabobank acreditam que "a incerteza política no país não vai levar a uma ‘underperformance’ sustentada das obrigações portuguesas face aos pares da periferia", argumentam numa nota a que o Negócios teve acesso.
Os juros de Itália e Espanha também estiveram a recuar, na véspera da reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). As "yields" espanholas baixaram 5,3 pontos para 0,467%, enquanto a taxa transalpina caiu 5,5 pontos para 0,939%.
Já as alemãs bunds baixaram mais de seis pontos para -0,182%.
Petróleo em queda após aumento das reservas
Os preços do petróleo seguem a desvalorizar mais de 1% nos mercados internacionais, a reagir a um relatório que mostrou que as reservas de crude aumentaram mais do que o esperado, nos Estados Unidos.
O WTI, negociado em Nova Iorque, segue a cair 1,31% para 83,54 dólares por barril, mas já chegou a desvalorizar mais de 2%, enquanto o Brent, em Londres, cai 1,48% para 85,12 dólares por barril.
A penalizar a matéria-prima está o relatório do Departamento da Energia dos EUA que mostra que os inventários de crude aumentaram 4,27 milhões de barris na semana passada, uma subida que superou as estimativas dos analistas.
Também a pressionar o ouro negro está a notícia que o Irão e a União Europeia acordaram reiniciar negociações para retomar o acordo nuclear de 2015 até ao final de novembro, segundo avançou o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano Ali Bagheri na sua conta do Twitter.
Wall Street abre em leve alta com suporte das gigantes da tecnologia
Os três maiores índices dos EUA abrira a sessão desta quarta-feira com uma tendência ligeiramente positiva, apoiada pelos resultados das empresas.
O Dow Jones ganha pela quarta sessão consecutiva (0,05%) para os 35.774,21 pontos, o S&P 500 avança 0,14% para os 4.581,74 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite sobe 0,50% para os 15.315,07 pontos.
Gigantes como a Microsoft e a Alphabet - dona da Google - estão entre os maiores destaques, depois de ambas terem superado as expectivas dos investidores no que aos resultados diz respeito. Estão a subir em torno dos 3%.
Em sentido inverdo, empresas como a General Motors ou a Boeing estão a encolher depois de terem ficado aquém das expectativas.
Até ao momento cerca de 30% das empresas do S&P 500 já apresentaram contas, sendo que 82% superaram os números que eram esperados pelos mercados.
Europa regressa ao vermelho com setor mineiro a pressionar
As praças europeias estão a negociar em terreno negativo, depois de ontem terem fechado em alta. Nesta altura, o Stoxx 600, que agrupa as maiores cotadas da Europa, está a cair 0,14% para 475,06 pontos.
O setor mineiro está a pressionar no que diz respeitoa setores, registando uma queda nesta altura superior a 1%. Também o setor do petróleo e gás está em queda, também superior a 1%. Com os setores divididos, os maiores ganhos são registados pelo setor do imobiliário, que aprecia 0,4%.
Num dia recheado de resultados entre as cotadas do velho continente, o Deutsche Bank está a reagir em queda às contas trimestrais, cedendo 4,84% para 11,33 euros. O banco viu os lucros nos nove meses ascender a 2,19 mil milhões de euros face aos 435 milhões de euros no período homólogo.
A queda mais expressiva entre as praças europeias pertence nesta altura ao PSI-20, que cede 0,57%. O índice espanhol IBEX cai 0,17%, o alemão DAX cede 0,28%, o francês CAC 40 cai 0,13% e o FTSE cede 0,17%.
Juros recuam na Zona Euro após subidas de terça-feira
Os juros da dívida soberana estão a recuar na sessão desta quarta-feira, dpeois de terem registado subidas significativas no fecho de sessão de ontem.
As "bunds" germânicas, a referência na Zona Euro, estão a ceder 2,5 pontos base para -0,146%. Em Itália, os juros da dívida com maturidade a dez anos estão recuam 2,8 pontos base, a corrigir da subida de 3,1 pontos base para 0,994% ontem. Esta manhã, a "yield" italiana está nos 0,966%.
Na Península Ibérica, os juros de Espanha cedem 2,1 pontos base para 0,500%. Em Portugal, a descida é de 1,1 pontos base para 0,401%.
Na sessão desta terça-feira os juros da dívida portuguesa foram pressionados pela crise política provocada pela dúvida em relação à aprovação do Orçamento do Estado para 2022.
Petróleo recua após divulgação de dados sobre stock nos Estados Unidos
O petróleo está a cair esta manhã, depois de terem sido avançados dados esta terça-feira sobre os stocks de crude nos Estados Unidos. Estes dados apontaram para uma tendência de subida a nível nacional e para uma queda num ponto-chave, em Cushing, no estado do Oklahoma. Ainda assim, só esta quarta-feira é que serão conhecidos os dados oficiais, divulgados pelo American Petroleum Institute.
Nesta altura, o West Texas Intermediate (WTI), que é negociado em Nova Iorque, está a ceder 1,5%, com o barril nos 83,38 dólares.
Já o brent do Mar do Norte, que é negociado em Londres e serve de referência ao mercado português, está a cair 1,24%. Ainda assim, o barril continua nos 85,33 dólares.
O petróleo tem estado a subir este ano com a retoma da procura após os confinamentos impostos em vários pontos do globo para conter a pandemia de covid-19. Enquanto a procura cresce, a OPEP e os seus aliados têm optado por um aumento modesto da produção.
Segundo a Bloomberg, Larry Fink, "chairman" e CEO do BlackRock, antecipa que esta semana existe "uma elevada probabilidade de o crude chegar aos 100 dólares por barril".
Euro e libra avançam perante o dólar
A moeda única europeia está a valorizar 0,08% face ao dólar norte-americano, para 1,1605 dólares.
A libra esterlina avança ligeiramente (0,06%) para 1,3775 dólares, depois de ontem ter fechado inalterada nos 1,3767 dólares.
Já o dólar noter-americano está a cair 0,08% perante um cabaz composto por divisas rivais.
Ouro afasta-se pelo segundo dia da fasquia dos 1.800 dólares
O ouro está a a negociar no vermelho pela segunda sessão, continuando a afastar-se da fasquia dos 1.800 dólares por onça. Só esta segunda-feira é que este metal precioso ultrapassou esta barreira.
Nesta altura, o ouro cede 0,31%, com a onça a negociar nos 1.787,31 dólares.
"O ouro poderá ter dificuldades a curto prazo já que o apetite por risco está a subir e muitas das notícias sobre inflação já tiveram reflexo", diz Edward Moya, analista senior da Oanda Corp à Bloomberg.
Futuros da Europa sugerem abertura em terreno negativo
Os futuros da Europa apontam para um arranque de sessão no vermelho, num dia em que os investidores vão ter nas mãos mais indicadores económicos para acompanhar de que forma é que a economia global está a recuperar. E, mais uma vez, o "fantasma" da inflação deverá continuar a pairar.
No que toca a indicadores económicos, serão divulgados esta quarta-feira dados sobre a confiança dos consumidores em França, uma economia-chave da Zona Euro.
As praças europeias deverão, assim, acompanhar os tons de vermelho vividos na sessão na Ásia, onde o índice Hang Seng caiu 1,71% e a bolsa de Xangai desvalorizou 1,21%. Já no Japão, as quedas foram mais moderadas, com o Nikkei a cair 0,03% e o Topix 0,23%.
O calendário de resultados trimestrais continua a todo o vapor e é a vez do espanhol Santander apresentar contas, à semelhança do Deutsche Bank, da Schneider Electric ou da Heineken. Em Portugal, será a vez de o BCP e a retalhista Jerónimo Martins divulgarem contas.