Notícia
Os principais desenvolvimentos de terça-feira, ao minuto
Acompanhe aqui os principais desenvolvimentos do conflito na Ucrânia e os reflexos nos mercados.
- Forças militares russas sem conseguir avanços significativos na Ucrânia
- Futuros apontam para arranque no vermelho, com atenções viradas para a Ucrânia
- Ouro a perder terreno esta manhã. Platina e paládio também no vermelho
- Euro a perder terreno pela terceira sessão
- Rússia paga cupão de 66 milhões de dólares
- Petróleo desliza para terreno negativo. Barril de brent ronda os 115 dólares
- Juros das dívidas da Zona Euro a agravar. Yield alemã em máximos de outubro de 2018
- Bolsas europeias em alta. Ganhos do setor da banca puxam pela Europa
- Gazprom continua a abastecer Europa
- Ucrânia insiste em corredores humanitários em Mariupol
- Líderes europeus preparam-se para acertar compras conjuntas de gás ainda este ano
- Rússia e Coreia do Norte estarão a estudar o desenvolvimento de "relações bilaterais"
- Alexei Navalny, crítico do Kremlin, condenado a nove anos de prisão
- Wall Street arranca sessão em terreno positivo, a recuperar das quedas da sessão anterior
- Pelo menos 117 crianças mortas desde início da guerra na Ucrânia
- Gibraltar apreende iate de oligarca russo alvo de sanções
- Banco central da Ucrânia pede à banca internacional para suspender atividade na Rússia
- Polónia pressiona EUA para que Rússia seja excluída do G20
- Ouro perde mais de 1%. Euro e dólar na linha de água
- Petróleo cede terreno depois de três sessões em alta
- Juros da dívida agravam-se após palavras de Powell
- Banca acelera e determina fecho positivo na Europa
- Bolsa de Moscovo proíbe "short selling"
- Guerra pode obrigar a racionar gasóleo
- EUA preocupados com possibilidade de iminente ataque químico da Rússia
- Rússia diz que pode usar armas nucleares em caso de "ameaça existencial"
- Biden vai anunciar novas sanções à Rússia
- Zelensky participa na cimeira da NATO
- Guerra ameaça novas subidas dos fretes marítimos
- Guerra na Ucrânia ameaça metas do aquecimento global, alerta Guterres
- Oligarcas russos sem vistos portugueses nos últimos cinco anos
- UE denuncia uso da água como "arma de guerra" pela Rússia contra os ucranianos
- Zelensky acusa forças russas de se apoderarem de ajuda humanitária
- Putin e Macron voltaram a falar
Em concreto, em Mairupol, a sul, apesar dos intensos bombardeamentos que têm estado a destruir grande parte dos edifícios, por terra, as tropas da Rússia não estão a conseguir tomar a cidade, avançando muito lentamente.
Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - 22 March 2022
— Ministry of Defence (@DefenceHQ) March 22, 2022
Find out more about the UK government's response: https://t.co/H04Aix2uOs pic.twitter.com/TWVZbPaPTh
Noutras regiões, o exército da Ucrânia também vai somando pequenas vitórias. Esta madrugada o estado-maior das Forças Armadas do país adiantou que as suas forças conseguiram expulsar os russos da cidade de Makariv, a 50 quilómetros a oeste de Kiev.
Um relatório do departamento militar ucraniano indica que o exército da Rússia apenas terá provisões para aguentar mais três dias.
Por outro lado, os civis continuam a encetar esforços para defender o seu país. Em Zaporizhzhia, perto da maior central nuclear da Europa, o Guardian indica que as mulheres estão a fazer coletes de aço para os soldados ucranianos, utilizando a sucata de carros abandonados ou destruídos.
Os futuros das bolsas europeias apontam para uma abertura no vermelho, mais uma vez com a tensão na Ucrânia e a incerteza a pesar no sentimento dos investidores. Além disso, também deverão ser digeridas ao longo da sessão desta terça-feira as declarações do líder da Fed.
Jerome Powell, que lidera a Reserva Federal dos EUA (Fed), avançou esta segunda-feira que o banco central está preparado para "tomar as medidas necessárias para garantir o regresso à estabilidade dos preços". "Em particular, se concluirmos que é apropriado agir de forma mais agressiva, elevando a taxa dos fundos federais em mais de 25 pontos base numa só reunião ou em várias reuniões, assim o faremos. E se determinarmos que precisamos de uma postura mais restritiva, também a teremos", sublinhou o presidente da Fed.
Nesta altura, em que das negociações do conflito da Ucrânia também chegam notícias de poucos desenvolvimentos, os futuros do Stoxx 50 estão a cair 0,105%.
Já na Ásia, a sessão decorreu com ganhos expressivos para o Hang Seng, em Hong Kong, que disparou 3,1%, num dia que as ações da Alibaba dispararam 10,7%, depois de a teconológica anunciar um valor recorde de recompra de ações, na ordem de 25 mil milhões de dólares.
No Japão, nota para as subidas de 1,48% do Nikkei e de 1,28% do Topix, na reabertura destes índices após o feriado. Na Coreia do Sul, o índice Kospi avançou 0,89%.
Assim, o ouro está a cair 0,1% para 1.933,91 dólares por onça. Este metal precioso desliza para terreno negativo depois de na sessão anterior ter somado 0,74%, atingindo os 1.935,91 dólares.
O ouro mantém-se confortavelmente acima da fasquia dos 1.900 dólares há várias semanas, com a incerteza trazida pela guerra na Ucrânia a dar fôlego a este metal.
Nos restantes metais, a prata contraria a tendência de queda e está a somar 0,23%, para 25,26 dólares por onça.
Já a platina e o paládio estão a recuar em Londres: a platina cede 0,09% para 1.039,78 dólares, enquanto o paládio tomba 1,21% para 2.564,00 dólares.
Esta moeda volta a rondar a fasquia dos 1,09 dólares, valor até onde recuou no início da semana passada.
O cenário também está a ser marcado por tons de vermelho no caso da libra esterlina. Esta moeda está a perder terreno para o dólar, a cair 0,09% para 1,3157 dólares. Esta é a segunda sessão em que a libra está a cair.
Já o dólar está em alta, a negociar com ganhos pela terceira sessão consecutiva. A "nota verde" está a valorizar 0,23% esta manhã perante um cabaz de divisas rivais. Os ganhos desta moeda estão a ser amparados pela retórica mais "hawkish" do líder da norte-americana Fed, que esta segunda-feira admitiu subir as taxas de juro em mais de 25 pontos base.
Os mercados têm acompanhado com atenção os pagamentos de dívida soberana russa, a avaliar riscos de incumprimento no seguimento das sanções do Ocidente ao país, pela invasão militar da Ucrânia.
Na semana passada, o governo de Putin adiantou que estava a cumprir com as suas obrigações junto dos investidores, tendo efetuado o pagamento de dois cupões ao Citibank.
Esta manhã, tanto o West Texas Intermediate (WTI) como o Brent do Mar do Norte estão a negociar com perdas.
O WTI está a cair de forma mais expressiva que o Brent, ao recuar 1,02% para 110,98 dólares.
Por sua vez, o Brent cede 0,57% e está a cotar nos 114,96 dólares. Poucos minutos depois das 08:00 (hora de Lisboa), esta matéria-prima negociava com ganhos e o barril cotava acima dos 117 dólares, por exemplo.
Os juros da dívida da Alemanha a dez anos estão a subir 3,7 pontos base, atingido os 0,5% - um valor que não era visto desde outubro de 2018.
A yield da Alemanha não é a única a atingir máximos já com alguns anos esta manhã, uma vez que os juros italianos a dez anos sobem 4,4 pontos base, atingindo os 2,05% - um valor que não era visto desde abril de 2020, há quase dois anos.
Na Península Ibérica os juros a dez anos também estão a subir significativamente. Os juros de Espanha a dez anos avançam 3,9 pontos base para 1,445%, regressando a valores de janeiro de 2019.
Em Portugal, os juros a dez anos agravam 4,1 pontos base para uma taxa de 1,3%, regressando assim a valores semelhantes às taxas de abril de 2020.
O Stoxx 600, o índice que agrupa as maiores cotadas da Europa, está a somar 0,45%, para 456,83 pontos.
Com os investidores a demonstrarem um maior apetite por risco, estão em destaque setores como a banca ou ainda a energia. Com quase todos os setores a valorizar, com exceção da descida de 0,12% do setor alimentar, a banca avança 1,91% e o setor automóvel regista ganhos de 1,31%. Nota ainda para a subida de 1,04% do setor das viagens.
O português PSI está a registar ganhos de 1,17%, enquanto o espanhol IBEX avança 0,5% e o alemão DAX 0,77%. Em Paris, o CAC 40 está a subir 0,75%, enquanto em Londres o FTSE ganha 0,54%. Nota ainda para as subidas de 0,73% de Amesterdão e os ganhos de 0,79% da bolsa de Milão.
A empresa indica que o fonercimento pedido para hoje tinha sido de 108 milhões de metros cúbicos, acima dos 104,7 milhões registados para o dia de ontem.
A Ucrânia voltou a apelar à Rússia para que permita a passagem de civis para que possam fugir da muito fustigada cidade de Mariupol.
Numa comunicação televisiva, a vice Primeira-ministra do país pediu a abertura de corredores humanitários na zona, e ainda que seja fornecido o acesso de mantimentos à cidade de Kherson.
Nesta altura, as Nações Unidas indicam que mais de 3,5 milhões de pessoas já fugiram da Ucrânia, sendo que a Organização Mundial de Saúde aponta para que cerca de 500 mil refugiados estejam com problemas na ordem da saúde mental, devido ao conflito.
Os líderes da União Europeia vão concordar, durante a cimeira, que decorre na quinta e na sexta-feira, em adquirir em conjunto gás, gás natural liquefeito e hidrogénio, ainda antes do próximo inverno, segundo um esboço da declaração do encontro de alto nível, citado pela agência Reuters.
A invasão da Ucrânia pela Rússia, o principal fornecedor de gás à Europa, fez o preço da energia disparar para máximos e colocou ao bloco a missão de cortar no gás vindo da Rússia este ano, o que implica um forte incremento das importações de outros fornecedores, como o Qatar ou os Estados Unidos.
De acordo com a Reuters, que cita declarações de Morgulov, este encontro terá estado focado no desenvolvimento de relações bilaterais entre os dois países "no contexto das mudanças que estão a acontecer na arena internacional".
O encontro acontece num momento em que a Rússia enfrenta um isolamento crescente devido à invasão da Ucrânia.
Navalny foi condenado por fraude e está obrigado a pagar uma multa de 1,2 milhões de rublos, o equivalente a 10.463 euros.
Este crítico do Kremlin está a cumprir uma pena de dois anos e meio em Moscovo e continua a frisar que é inocente nestas condenações.
Navalny foi preso no ano passado, quando regressava à Rússia depois de receber tratamento médico na Alemanha, na sequência de ter sido envenenado por um agente que estaria ao serviço da Rússia. Navalny atribuiu responsabilidades a Vladimir Putin pelo ataque - o Kremlin negou que houvesse indícios de envenenamento e negou que a Rússia tivesse tido um papel no assunto.
O deslize para o "vermelho" da sessão anterior ficou marcado pelas palavras de Jerome Powell, o líder da Fed, que admitiu a hipótese de subir as taxas de juro em mais do que 25 pontos base, numa altura em que a inflação nos EUA está nos 7,5%, em valores de 1982.
Se na sessão anterior os comentários de Powell pesaram, esta terça-feira os três índices acompanham os ganhos da Europa e abriram em alta. No arranque, o industrial Dow Jones apreciava 0,43% para 34.700,22 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq somava 0,42% para 13.896,48 pontos. Já o S&P 500 somava 0,66% para 4.490,55 pontos.
A Nike é uma das cotadas de Wall Street que está no centro das atenções. A marca desportiva dispara 6,31% para 138,22 dólares, depois de apresentar resultados acima das estimativas dos analistas.
Até 28 de fevereiro, altura em que termina o terceiro trimestre do ano fiscal da Nike, a empresa teve lucros de 1,4 mil milhões ou 80 cêntimos por ação. As receitas atingiram os 10,87 mil milhões de dólares, contra os 10,59 mil milhões esperados pelos analistas da Refinitiv.
De acordo com os dados, citados pela BBC, a maioria das vítimas foi reportada em Kiev ou em torno da capital (58) e na cidade de Kharkiv, no nordeste.
Segundo a Procuradoria-Geral da Ucrânia, em Kharkiv, um tanque russo terá alegadamente atingido um carro em que seguia uma família com dois menores, enquanto em Mariupol autocarros que transportavam crianças que estavam a ser retiradas da cidade portuária foram atingidos por bombardeamentos russos.
Acrescenta ainda que há registos de 548 casos em que escolas ou outras instituições educativas foram atingidas, das quais 72 ficaram "completamente destruídas", mas com a ressalva de que os números são ainda inconclusivos face às dificuldades de acesso e de verificação 'in loco' em algumas partes da Ucrânia.
O barco, denominado Axioma, pertence a Dmitry Pumpyansky, cuja empresa de fabrico de tubos de aço fornece a Gazprom, gigante do gás russo.
"Como secretário dos Transportes, estou a fazer tudo o que está ao meu alcance para paralisar as indústrias de aviação e de navegação da Rússia, e a minha mensagem para Putin e para os seus comparsas é clara - não há nenhum lugar em que se possam esconder", afirmou, citado pela BBC.
O Reino Unido anunciou, na semana passada, sanções contra Dmitry Pumpyansky, cuja fortuna é estimada em 1,84 mil milhões de libras (2,2 mil milhões de euros), as quais se aplicam nos territórios britãnicos ultramarinos, incluindo Gibraltar.
"É importante aumentar ainda mais a pressão sobre o agressor para enfraquecer a sua posição", afirmou o governador do banco central ucraniano, Kyrylo Shevchenko, citado num comunicado, reproduzido pela agência Reuters.
A Polónia garantiu, esta terça-feira, ter obtido uma "resposta positiva" à sugestão de excluir a Rússia do G20, que fez a membros da Administração norte-americana durante reuniões mantidas, na semana passada, em Washington.
"Durante encontros, entre outros, com Gina Raimond [secretária do Comércio dos EUA], fizemos uma proposta para excluir a Rússia do G20, que foi recebida com uma resposta positiva e aprovação, devendo o assunto ser entregue ao Presidente [Joe] Biden", afirmou o ministro do Desenvolvimento Económico e Tecnologia polaco, Piotr Nowak, em declarações aos jornalistas, reproduzidas pela Reuters.
O metal amarelo segue a cair 1,07% para 1.915,28 dólares a onça. Prata e platina e paládio seguem esta tendência negativa, estando este último a registar uma queda expressiva de 3,53% para 2.487,25 dólares, a onça.
O presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, advertiu ontem para a elevada inflação e disse que, se continuar alta, a Fed poderá subir os juros diretores em mais de 25 pontos base – uma ou mais vezes.
Apesar de tudo, alguns analistas ainda estão confiantes relativamente ao desempenho futuro do metal amarelo. "Os riscos geopolíticos e as preocupações com o crescimento [económico] ainda devem fornecer algum suporte ao ouro", observou Eduardo Moya, analista da Oanda Corp, citado pela Bloomberg.
"Os preços do ouro caíram durante as negociações desta terça-feira, devido à correlação invertida do metal precioso com o dólar norte-americano. O dólar ganhou força num dia em que os rendimentos do tesouro de 10 anos atingiram, pela primeira vez desde 2019, os 2,3%, na sequência do discurso do presidente da Fed. Jerome Powell surpreendeu os investidores ao demonstrar uma postura agressiva em relação à necessidade de controlar a inflação, afirmando que o banco central agirá conforme necessário e aumentará as taxas em 25 pontos base ou até mais, quantas vezes forem necessárias", sublinhou por seu lado Ricardo Evangelista, diretor executivo da ActivTrades Europa, na sua análise diária.
"No entanto, a desvantagem criada pela força do dólar é limitada pelas preocupações com o conflito em curso na Ucrânia, com a inteligência dos EUA a relatar a possibilidade de uma escalada que pode envolver o uso de armas químicas pela Rússia. Sendo que os preços do ouro tendem a aumentar quando a temperatura geopolítica aumenta, quaisquer perdas permanecem limitadas pela guerra em andamento na Europa Oriental", acrescentou.
No mercado cambial, o índice do dólar da Bloomberg - que compara a "nota verde" com 16 divisas rivais -mantém-se na linha de água a valorizar 0,01% para 98,50 pontos. Já o euro sobe 0,05% para 1,1021 dólares.
Os preços do "ouro negro" estão a negociar em baixa, depois de três sessões no verde, numa altura em que a União Europeia pondera um possível embargo às importações de crude da Rússia devido à sua ofensiva na Ucrânia – o que leva os investidores a preferirem optar pela prudência.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, disparou 0,58% para 114,95 dólares por barril, depois de ontem ter superado os 116 dólares.
Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a recuar 1,70% para 110,21 dólares por barril.
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, disse que espera que os líderes da UE abordem – mas talvez sem aprovarem já – sanções adicionais contra a Rússia quando se reunirem esta semana em Bruxelas.
Os juros das obrigações soberanas da Zona Euro seguem a subir, depois de ontem o presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos ter sinalizado um movimento de subida de juros mais agressivo no país.
A taxa alemã a 10 anos escalou 3,7 pontos base para 0,5%, máximos de outubro de 2018.
Entre os países da periferia, a sessão também foi marcada pelo movimento de subida, com as "yields" de Itália e Espanha a subirem para 2,019% e 1,417%, respetivamente.
Em Portugal, os juros a dez anos agravaram-se 2,3 pontos base para uma taxa de 1,281%, tendo chegado a negociar em valores de março de 2020 durante a manhã.
As bolsas do Velho Continente encerraram a valorizar, numa sessão marcada pelos ganhos das ações do setor financeiro, que reagiram às declarações de Jerome Powell, que apontou para um movimento de subida de juros mais rápido nos EUA.
O índice de referência europeu Stoxx 600 avançou 0,9%, com a maioria das praças da região a fecharem o dia com subidas acima de 1%. As ações europeias aceleraram para máximos de um mês, anulando as quedas acumuladas desde a invasão russa à Ucrânia. Em Lisboa, o PSI também fechou a valorizar – subiu mais de 2% - com o BCP a escalar mais de 7%.
A suportar os ganhos esteve a valorização das ações do setor da banca. O índice do Stoxx 600 para a banca subiu 2,5% depois de o presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed), Jerome Powell ter reconhecido que a inflação está "muito alta" e prometeu tomar as "medidas necessárias".
Se concluirmos que é apropriado agir de forma mais agressiva, elevando a taxa dos fundos federais em mais de 25 pontos base numa só reunião ou em várias reuniões, assim o faremos. E se determinarmos que precisamos de uma postura mais restritiva, também a teremos", sublinhou o presidente da Fed.
A bolsa de Moscovo proibiu as operações de venda a descoberto de algumas das maiores empresas russas, um movimento que indicia que os oficiais do país poderão estar a ponderar a reabertura do mercado acionista russo.
Os investidores não poderão "shortar" ações de 30 empresas russas, incluindo a Gazprom, Lukoil, Sberbank, MMC Norilsk Nickel e a Rosneft Oil Co, segundo adianta a Bloomberg, que cita um comunicado da bolsa russa. As proibições têm efeito a partir desta terça-feira.
A proibição de "short selling" surge num momento em que o mercado russo está encerrado há três semanas, com a Rússia a ser alvo de sanções do Ocidente e o país com acesso a reservas estrangeiras limitado e o o bloqueio ao sistema de mensagens internacionais financeiras SWIFT.
O comunicado não refere, porém, quando a praça russa retoma a negociação, mas esta medida poderá ser o primeiro passo para a reabertura do mercado.
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A embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, manifestou esta terça-feira preocupações sobre um iminente ataque químico por parte da Rússia, após Moscovo insistir que é a Ucrânia quem possui esse tipo de armamento.
"A Rússia, por três vezes, acusou a Ucrânia de planear o uso de armas químicas. A nossa preocupação é que isso seja um precursor dos planos da Rússia de usar armas químicas, e temos de garantir que o mundo ouça isso e entenda o que está a acontecer", disse Linda Thomas-Greenfield à imprensa.
Lusa
Porta-voz do Kremlin deu uma entrevista à jornalista Christiane Amanpour em que não descarta o recurso a armas nucleares.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou esta terça-feira que a Rússia só usaria armas nucleares caso a sua existência fosse ameaçada.
As alegações de Peskov surgiram durante uma entrevista à jornalista Christiane Amanpour, na CNN. Foi questionado sobre se poria de parte o uso de armas nucleares durante a guerra.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, tenciona anunciar novas sanções à Rússia na quinta-feira, quando estiver em Bruxelas para reuniões com os aliados europeus e da NATO, indicou hoje um conselheiro de segurança nacional.
Biden, que vai participar numa reunião especial da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte) e discursar no próximo Conselho Europeu, deverá igualmente sublinhar os esforços para fazer cumprir a "avalancha" de sanções constantes da lista já anunciada pelos Estados Unidos e aliados.
"O Presidente vai juntar-se aos nossos parceiros na imposição de mais sanções à Rússia e no reforço das sanções existentes para punir as tentativas de fuga e garantir o seu rigoroso cumprimento", declarou o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, escusando-se a fornecer mais pormenores sobre as novas sanções que o Presidente anunciará.
Sábado
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, vai participar virtualmente na cimeira da NATO onde vai ser discutida a guerra com a Rússia. Os detalhes ainda estão a ser delineados, de acordo com a agência noticiosa Interfax Ucrânia.
A informação foi avançada pelo porta-voz Sergii Nykyforov, que disse que Zelensky discursará e poderá participar em toda a reunião.
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A guerra na Ucrânia afeta também o clima e, de facto, as metas que foram colocadas para daqui a quatro anos, serão dificilmente alcançadas se as pessoas começarem a usar mais combustíveis fósseis em substituição dos que vêm da Rússia. António Guterres, secretário-geral da ONU, alerta para que o limite de subida do aquecimento global de, no máximo, 1,5ºC está em perigo.
O secretário-geral da ONU, numa conferência sobre sustentabilidade realizada pelo jornal Economist, alertou que as medidas tomadas agora de forma precipitada podem aumentar a dependência dos combustíveis fósseis a longo prazo.
A União Europeia (UE) tem tentado reduzir o uso de gás russo em cerca de dois terços e pretende eliminá-lo nos próximos anos. Desse plano também faz parte a expansão da utilização de energia renovável e o uso de combustíveis fósseis de outros países como gás do Qatar e petróleo da Arábia Saudita. No entanto, o primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte, considera que a UE é demasiado dependente do petróleo e gás russo para cortar o seu fornecimento a curto prazo.
O secretário-geral da ONU reconheceu a preocupação dos especialistas do clima sobre as metas estipuladas para 2026 poderem não ser cumpridas. No ano passado, a emissões anuais de dióxido de carbono subiram 6% para os níveis mais altos da história.
Guterres deixou um aviso: "Se continuarmos com mais do mesmo, podemos dizer adeus a 1,5°C. Mesmo 2ºC podem estar fora do alcance. Isso seria uma catástrofe".
Correio da Manhã
Os 26 oligarcas russos que constam da lista inicial de sancionados pela União Europeia (UE) não pediram a Portugal qualquer tipo de visto nos últimos cinco anos.
A garantia foi dada ao Negócios pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros que diz que depois de “efetuadas consultas às bases de dados do Sistema de Informação de Vistos, pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, não consta [nos últimos cinco anos] qualquer pedido de visto dos cidadãos identificados na lista de indivíduos” publicada no Jornal Oficial da UE.
Além dos vistos gold – que são atribuídos por investimentos em imobiliário, em investigação científica ou por criação de emprego – há outros vistos que Portugal pode emitir.
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A União Europeia denunciou esta terça-feira o uso da água "como uma arma de guerra" em Mariupol, com as forças russas a ameaçarem a população ucraniana "de desidratação" para forçar a capitulação daquela cidade estratégica.
"No Dia Mundial da Água, continuamos chocados que uma das muitas táticas hediondas do ataque russo à Ucrânia seja o uso da água como arma de guerra", realçaram, em comunicado conjunto, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, e o Comissário Europeu para o Meio Ambiente, Virginijus Sinkevicius.
Segundo estes responsáveis europeus, as forças russas estão a "cortar deliberadamente o acesso da população à água potável, utilizando a ameaça de desidratação para forçar a rendição da cidade e negando o acesso às necessidades mais básicas" em Mariupol cidade portuária, no sudeste da Ucrânia.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou as forças russas de se terem apoderado de uma caravana de ajuda humanitária perto de Mangush.
"Os funcionários do Serviço de Emergência do Estado e os motoristas dos autocarros foram feitos prisioneiros. Estamos a fazer tudo para libertar as nossas pessoas e para que se desbloqueie a passagem do carregamento humanitário", disse Zelensky na rede social Telegram, citado pelo The Guardian.
"Apesar de todas as dificuldades, salvámos 7.026 pessoas de Mariupol. Amanhã prosseguiremos este importante trabalho. Os nossos representantes estão a tentar criar corredores humanitários nas regiões de Kiev, Kharkiv, Zaporizhia e Luhansk", acrescentou.
O presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente francês, Emmanuel Macron, voltaram hoje a conversar, referiu o governo francês citado pelo The Guardian.
Em comunicado, o Palácio do Eliseu informou que os dois líderes falaram ao telefone nesta terça-feira para darem continuidade às anteriores abordagens de Macron junto de Putin relativamente a um cessar-fogo e a preocupações em matéria de segurança.
Segundo o comunicado, "não há atualmente qualquer acordo, mas o presidente Macron continua convicto da necessidade de prosseguir os seus esforços. Não há outra saída que não seja um cessar-fogo e negociações de boa fé da Rússia com a Ucrânia".
O documento divulgado esta noite acrescenta que Macron "está do lado da Ucrânia".