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Petróleo e ouro aceleram ganhos. Ações europeias pausam rally
Acompanhe aqui o dia nos mercados.
Rally das ações europeias posto em pausa
Após os máximos históricos tocados na semana passada, as ações europeias refrearam o entusiasmo na sessão desta segunda-feira. O Stoxx 50 recuou 0,2%, enquanto o italiano FTSE MIB perdeu 0,3% e o espanhol IBEX 35 cedeu 0,7%.
O britânico FTSE 100 e o alemão mantiveram-se inalterados, enquanto o francês CAC 40 subiu 0,1%. Neste cenário, o português PSI-20 acabou por ficar entre os melhores desempenhos com uma valorização apenas de 0,34%.
"Os traders preparam-se para uma semana agitada com a divulgação dos principais dados macro das duas maiores economias do mundo, que devem manter a volatilidade do mercado em alta esta semana", explica Pierre Veyret, analista técnico da ActivTrades, sobre o movimento. "Dito isso, o índice Stoxx-50 permanece bem definido, já que a banda de negociação continua a subir no curto prazo".
Os recuos generalizados poderão estar relacionados com uma tomada de mais-valias já que as ações europeias estão próximas de máximos históricos, numa altura em que a época de resultados (a grande causa para o mais recente impulso dos mercados) está próxima do fim.
As ações europeias seguem em alta há cinco semanas consecutivas com o otimismo face ao crescimento dos resultados. Em termos sectoriais, na sessão desta segunda-feira, a energia e mineração tiveram um desempenho acima das pares com a ajuda do valor do petróleo e dos metais não preciosos.
Já o retalho, as viagens e indústria do lazer ficaram abaixo, apesar do dia ter sido marcado pela reabertura das fronteiras dos Estados Unidos a passageiros estrangeiros totalmente vacinados contra a covid-19.
Ouro ganha força com dólar mais fraco; euro aprecia
O ouro terminou a sessão desta segunda-feira com mais valor, em máximos de dois meses, à boleia da depreciação do dólar norte-americano que torna a compra do metal mais apetecível.
O metal precioso ganhou 0,25% para os 1.822,88 dólares por onça, enquanto que o euro apreciou 0,19% para os 1,158 dólares pela mesma razão.
Sinais positivos para o crescimento económico animam petróleo
Os preços do crude seguem em terreno positivo, sustentados pelos sinais positivos para o crescimento económico global, que sustentam o panorama para a procura por energia.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em dezembro soma 0,59% para 81,75 dólares por barril.
Já o contrato de dezembro do Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 0,60% para 83,24 dólares.
No sábado, o presidente norte-americano, Joe Biden, congratulou-se com a luz verde, no Congresso, ao pacote há muito esperado de um bilião de dólares para as infraestruturas, o que poderá impulsionar o crescimento económico e a procura por combustível.
A continuar a impulsionar os preços está também o facto de os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os seus aliados (grupo OPEP+) terem decidido, na reunião do passado dia 4, não acelerar a entrada de crude no mercado, apesar do apelo de nações consumidoras como o Japão e EUA.
Juros agravam-se na Europa
Os juros da dívida soberana na generalidade da Europa seguem a negociar em alta, numa altura em que os investidores estão a revelar maior apetite pelo risco, dando recordes às ações, não apostando tanto nas obrigações – o que faz com que as "yields" subam.
Os juros da dívida portuguesa a 10 anos seguem a somar 1,7 pontos base para 0,321%.
Em Itália seguem a mesma tendência, também no vencimento a 10 anos, a avançarem 0,6 pontos base para 0,880%.
No Reino Unido, o agravamento dos juros das Gilts é da ordem dos 1,7 pontos base, para 0,859%.
Também em Espanha e França se observa uma subida das "yields" da dívida a 10 anos, com um agravamento de 2,1 e 2,5 pontos base para 0,418% e 0,082%, respetivamente.
Já na Alemanha, as "yields" das Bunds alemãs a 10 anos, referência para a Europa, sobem 2,5 pontos base para -0,260%.
Wall Street com máximos históricos no Dow Jones. Twitter decide e leva Tesla para o "vermelho"
Os maiores índices dos EUA estão a valorizar nesta segunda-feira, renovando máximos históricos, com o setor industrial a destacar-se em alta, enquanto que a Tesla afunda.
Por esta altura, o Dow Jones ganha 0,41% para os 36.478,50 pontos e o Nasdaq Composite avança 0,25% para os 16.012,95 pontos. O S&P 500 valoriza 0,23% para os 4.708,91 pontos.
Um dos destaques vai para a Tesla, empresa de veículos elétricos de Elon Musk, está a afundar cerca de 5% depois de o seu fundador ter posto em cima da mesa a venda de 10% da sua partipação.
Musk perguntou no Twitter se deveria vender essa parte avaliada em cerca de 21 mil milhões de dólares. E a maioria disse que sim (58%).
Em causa está o facto de Musk não pagar impostos sobre parte da riqueza que detém já que está cristalizada nestes títulos.
Com quase 90% das empresas do S&P 500 com resultados já apresentados, 41,5% conseguiram superar os números do ano anterior, de acordo com a Refinitiv.
CTT cede pela segunda sessão. Analistas revêm previsões
Depois do trambolhão de sexta-feira, a semana arranca com o pé esquerdo para os CTT que são, esta manhã, a cotada que lidera as perdas na Bolsa de Lisboa, a desvalorizar 2,64%, pelas 10:17. O valor da ação está nos 4,24 euros. É preciso recuar a julho para encontrar um preço tão reduzido.
Já esta segunda-feira os analistas do Barclays a previsão do Ebit d o anos 2021 para o ano inteiro em 7%, considerando que os resultados do terceiro trimestre falharam as expetativas, com receitas e lucros abaixo do esperado.
"Vemos com bons olhos os desenvolvimentos na nova concessão postal, mas vamos esperar por mais clareza antes de incorporá-los nas nossas previsões e avaliação", indica o analista Marco Limite.
O contrato de concessão dos CTT terminava no dia 31 de dezembro foi prorrogado. O novo contrato entrará em vigor em janeiro e tem um prazo de sete anos, ou seja, durará até 2028.
Europa desliza para terreno negativo. Setor da energia trava maiores quedas
O Stoxx 600, o índice que agrupa as 600 maiores cotadas da Europa, está a ceder ligeiramente, a cair 0,07% para 389,81 pontos.
Com a maioria dos setores a negociar em terreno negativo, os ganhos de 1,43% registados pelo setor da energia, num dia em que os preços do petróleo estão em alta, está a travar maiores quedas no índice pan-europeu. Além da energia, apenas o setor químico e a indústria estão "no verde", ainda que com ganhos ligeiros (0,18% e 0,03%, respetivamente).
As maiores quedas estão a ser registadas nesta altura pelos setores automóvel, que desvaloriza 0,94%, seguido pelo setor do retalho, que desvaloriza 0,79%.
Entre as praças europeias, apenas o PSI-20 e o índice francês CAC40 estão "no verde", com ganhos de 0,26% e 0,11%, respetivamente. O espanhol IBEX cai 0,2%, o alemão DAX cede 0,06% e o FTSE 100 0,01%.
Juros continuam a subir no velho continente
Os juros com maturidade a dez anos estão novamente a subir na Europa. As "bunds" germânicas, a referência na Zona Euro, registam uma das maiores subidas nesta altura, com os juros a subir 2,2 pontos base para -0,263%.
Em Itália a subida dos juros a dez anos é menos acentuada, que sobem 1,6 pontos base para 0,890%.
Na Península Ibérica, os juros espanhóis avança 1,8 pontos base para 0,415% e em Portugal a subida registada é de 1,4 pontos base para 0,318%.
Petróleo em alta com investidores a pesar possibilidade de EUA usarem reservas estratégicas
O petróleo está a valorizar nesta sessão, elevando tanto o preço do barril de WTI como de brent acima da fasquia dos 80 dólares.
Um dos temas centrais desta segunda-feira para o petróleo está ligado ao facto de Joe Biden, o Presidente dos EUA, estar a ponderar aceder às reservas estratégicas de petróleo do país, uma vez que a OPEP+ não acedeu aos pedidos do líder norte-americano.
Em entrevista à CNN, Jennifer Granholm, a responsável pela pasta da energia no executivo norte-americano, indicou que Biden estará a "olhar para todas as ferramentas ao seu dispor" para responder ao aumento dos preços dos combustíveis. E, segundo esta entrevista, as reservas estratégicas "são uma das ferramentas" possíveis.
Na reunião da OPEP, na passada quinta-feira, os países produtores de petróleo e os seus aliados rejeitaram o apelo dos EUA para acelerar entrada de mais crude no mercado, escolhendo manter o plano atual, que aponta para um aumento da produção em mais de 400.000 barris diários até ao final deste ano.
Perante este cenário, os investidores estão a ponderar o que poderá acontecer caso Biden opte por esta opção. Nesta altura, o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, está a valorizar 1,06% para 82,13 dólares. Já o brent do Mar do Norte, que serve de referência a Portugal, está a subir 0,91% para 83,49 dólares.
Dólar avança e euro perde terreno
O dólar está a avançar na sessão desta segunda-feira: o índice que mede o desempenho desta divisa perante um cabaz de moedas rivais valoriza 0,15%.
Conforme conta o analista Kumiko Ishikawa, da Sony Financial Group, à agência Bloomberg, "o dólar está a ser comprado como um resultado do recente "rally" e em que há um foco na relativa solidez da economia dos EUA".
Por seu turno, a moeda única europeia está a cair face ao dólar norte-americano, ao ceder 0,12% para 1,1553 dólares.
Ouro desliza mas mantém-se em máximos de quase dois meses
É preciso recuar até meados de setembro para encontrar a onça de ouro num valor tão elevado. Esta manhã, o ouro está a ceder 0,09%, com a onça a negociar nos 1.816,66 dólares.
O valor da onça continua, assim, próximo dos 1.818,36 dólares atingidos na passada sexta-feira, depois de este metal precioso ter registado ganhos de quase 1,5%. O ouro reagiu em alta aos dados sobre o emprego nos EUA e ainda aos indicadores económicos da China.
Há já várias sessões que o ouro estava a negociar abaixo da fasquia dos 1.800 dólares. Nas últimas três semanas, apenas conseguiu ultrapassar esta marca em duas sessões - na passada sexta-feira e no dia 25 de outubro, quando chegou aos 1.807,73 dólares por onça.
Futuros apontam para abertura “flat” na Europa. Semana arrancou com quedas na Ásia
Os futuros da Europa apontam nesta altura para uma abertura "flat", num dia em que as bolsas do "velho continente" deverão estar à procura de novos catalisadores após o "rally" da semana passada.
Na semana passada, "à boleia" do anúncio da Fed, a meio da semana, tanto Wall Street como o Stoxx 600 estiveram a negociar em recordes e a prolongar as sessões de ganhos.
Além disso, também o otimismo da época de resultados do trimestre tem estado presente nos mercados. Numa altura em que o calendário de contas das empresas começa a acalmar, os analistas da Bloomberg apontam para sessões mais cautelosas a partir daqui.
Na Ásia, a primeira sessão da semana está já concluída e fica marcada pelos tons de vermelho. No Japão, tanto o Nikkei como o Topix fecharam em terreno negativo, a ceder 0,35% e 0,3%, respetivamente.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 0,43%. Já em Xangai a sessão fechou com uma nota positiva, com este índice a valorizar 0,2%.