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Fecho dos mercados: Energia pressiona bolsas em dia negativo para as matérias-primas

As bolsas do Velho Continente encerraram a última sessão de Agosto no vermelho, arrastadas pelas perdas do sector da energia. O petróleo segue em queda acentuada, a reagir aos aumento das reservas nos EUA.

Reuters
31 de Agosto de 2016 às 17:20
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Os mercados em números

PSI-20 ganhou 0,03% para 4.711,91 pontos

Stoxx 600 caiu 0,35% para 343,53 pontos

S&P 500 desce 0,37% para 2.168,16 pontos

"Yield" da dívida a 10 anos de Portugal subiu 1,4 pontos base para 3,040%

Euro avança 0,06% para 1,1150 dólares

Petróleo desce 2,46% para 47,18 dólares por barril, em Londres

Energia pressiona bolsas europeias

As principais praças europeias encerraram a última sessão de Agosto no vermelho. O índice europeu Stoxx 600 cedeu 0,35%, arrastado pelas quebras das empresas do sector energético. As mineiras recuaram para mínimos de 8 de Julho, enquanto as petrolíferas também fecharam com sinal menos, penalizadas pelas descidas do petróleo. Insuficiente para travar o desempenho negativo da energia foi a subida da banca, com os alemães Commerzbank e Deutsche Bank a valorizarem mais de 2%, perante a especulação de uma fusão entre as duas instituições. Algo que foi entretanto desmentido.

Ao contrário do índice europeu, o português PSI-20 somou 0,03%, suportado pelas subidas do grupo EDP. A eléctrica avançou 0,2% para 3,005 euros, enquanto a EDP Renováveis valorizou 1,13% para 7,163 euros. Já a Galp esteve a seguir o comportamento negativo do sector na Europa, apesar do Société Générale ter melhorado a sua avaliação para a petrolífera. Segundo a Bloomberg, o banco de investimento francês subiu o preço-alvo da empresa de 10,60 euros, para 13,30 euros. Já a recomendação passou de "vender" para "manter".

Juros seguem subida na Europa

A taxa de juro a dez anos de Portugal esteve a acompanhar a tendência de subida que marcou a negociação no continente europeu. A "yield" avançou 1,3 pontos base para 3,040%, no dia em que o país colocou mil milhões de euros em obrigações a cinco e dez anos, tendo mesmo conseguido baixar a taxa a que emitiu dívida com o prazo mais longo. A subida das taxas de juro ficaram, porém, aquém das registadas pelas "yields" noutros países da periferia, como Itália e Espanha, depois do BPI ter defendido que acredita que a DBRS vai manter o "rating" de Portugal e que o Orçamento do Estado será aprovado, com o apoio do PCP e do BE.

Euribor estabilizam em mínimos

As taxas Euribor caíram hoje nos prazos de nove e de doze meses e mantiveram-se a três e a seis meses. A Euribor a três meses manteve-se inalterada nos -0,299%, actual mínimo histórico. No prazo dos seis meses, a taxa a mais usada para o crédito à habitação  também não mexeu. Manteve-se hoje em -0,192%, depois de ter registado um mínimo de sempre de -0,193% no dia 29 de Agosto. A Euribor a nove meses caiu  para -0,122%, face ao dia anterior. No prazo dos 12 meses, a Euribor, desceu para -0,052%, depois de ter atingido o mínimo de sempre, de -0,063%, a 7 de Julho.

Dólar com primeiro mês positivo desde Maio

A nota verde prepara-se para encerrar o mês de Agosto com o primeiro balanço positivo desde Maio. O índice que mede a evolução do dólar contra um cabaz de dez divisas segue a negociar em alta ligeira, elevando para 0,66% a valorização acumulada este mês. A sustentar a moeda norte-americana tem estado a especulação de que a Reserva Federal dos EUA possa avançar com uma subida de juros já em Setembro e depois da presidente da instituição, Janet Yellen, ter admitido que "o cenário de um aumento na taxa de referência reforçou-se nos últimos meses".

Petróleo afunda após aumento das reservas

Os preços do "ouro negro" estão a negociar com quedas expressivas, em mínimos de duas semanas. O Brent, negociado no mercado de Londres, afunda 2,46% para 47,18 dólares por barril, com a matéria-prima a reagir aos números das reservas divulgados esta quarta-feira, 31 de Agosto nos EUA. O Departamento da Energia norte-americano reportou um aumento das reservas de crude de 2,28 milhões de barris na semana passada, um sinal que a procura está a baixar.

Ouro perde brilho

Enquanto o dólar se prepara para regressar aos ganhos mensais pela primeira vez desde Maio, o ouro vai fechar no "vermelho" pela primeira vez desde essa data. E o motivo é o mesmo: a expectativa em torno de uma subida de juros nos EUA. O metal precioso segue a ceder 0,3% para 1.307,27 dólares por onça, elevando para cerca de 3% a queda registada em Agosto, à medida que os investidores vão ficando mais convencidos que poderá estar próxima uma mexida na taxa de referência nos EUA.

Destaques do dia

Moody’s classifica como "positivo" plano de recapitalização da CGD. O acordo alcançado entre Lisboa e Bruxelas para a recapitalização do banco público português é considerado "positivo" pela agência de rating Moody’s, que salienta tratar-se de um plano em conformidade com as regras europeias.

BPI: Há riscos, mas não preocupações no curto prazo. O BPI acredita que a DBRS vai manter o "rating" de Portugal e que o Orçamento do Estado será aprovado, com o apoio do PCP e do BE. O banco de investimento considera ainda que apesar "dos riscos" que assomam, "nenhum deles implica preocupações maiores no curto prazo."

Estado financia-se em mil milhões de euros. Taxa a dez anos baixa. A agência que gere o crédito público colocou o montante máximo pretendido num duplo leilão de obrigações a cinco e a dez anos. Na maturidade mais longa, a taxa foi a mais baixa de todos os leilões do ano.

Banca grega dispara mais de 12% após resultados. Os bancos gregos viveram esta quarta-feira a melhor sessão em bolsa dos últimos dois meses e meio, depois de o Piraeus Bank ter anunciado que regressou aos lucros no segundo trimestre.

PS diz que crescimento está "bastante aquém" do esperado. Na reacção aos números do PIB do segundo trimestre - que foram revistos em alta pelo INE -, os socialistas rejeitam contudo a afirmação do PSD, segundo a qual o Governo está a levar a economia para a estagnação.

O que vai acontecer amanhã

Indicadores na Zona Euro. O Eurostat divulga a actividade industrial, medida pela Markit, em Agosto.

Dados económicos nos EUA. São conhecidos os números relativos aos novos pedidos de subsídio de desemprego, na semana terminada a 27 de Agosto.

Números na indústria. É divulgado o índice PMI para a indústria da Markit, nos EUA, em Agosto.

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