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Fecho dos mercados: Deutsche Bank mancha bolsas de "vermelho". Petróleo dispara

As bolsas europeias regressaram às quedas, num dia marcado pelos mínimos históricos do Deutsche Bank. Já os preços do petróleo seguem a disparar, perante o optimismo dos investidores em relação à reunião desta semana.

Bloomberg
26 de Setembro de 2016 às 17:21
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Os mercados em números

PSI-20 caiu 0,20% para 4.566,88 pontos

Stoxx 600 desceu 1,55% para 340,00 pontos

S&P 500 desvaloriza 0,73% para 2.148,97 pontos

"Yield" 10 anos de Portugal subiu 0,4 pontos base para 3,381%

Euro sobe 0,36% para 1,1266 dólares

Petróleo sobe 3,66% para 47,57 dólares por barril em Londres

Banca arrasta bolsas europeias

Depois das decisões de política monetária nos EUA e no Japão terem suportado o optimismo nas bolsas, as principais praças europeias começaram a semana no "vermelho". O índice europeu Stoxx 600 caiu 1,55%, numa sessão marcada pela forte queda das acções do Deutsche Bank. O banco alemão afundou 7,54% para 10,55 euros, tendo tocado num novo mínimo histórico, depois da chanceller alemã Angela Merkel ter descartado qualquer ajuda ao banco antes das eleições do próximo ano. As preocupações em torno do banco estiveram a pressionar o sector financeiro na Europa, num momento em que se intensificam os receios de um resgate ao italiano Monte dei Paschi.

Em Lisboa, o PSI-20 também fechou em queda. O índice perdeu, porém, bem menos que os congéneres europeus. Deslizou 0,20%, numa sessão marcada pela recuperação das acções do BCP. O banco liderado por Nuno Amado subiu 5,48% para 0,0154 euros, depois de ter negociado em mínimos históricos na sessão anterior. Esta recuperação surge depois de ter sido aprovado, em Conselho de Ministros, o regime que permite ao BCP fazer uma fusão de acções, uma das condições da Fosun para entrar no capital da instituição. Do lado das quedas, nota para a Galp. A petrolífera desceu 0,97% para 11,725 euros, apesar da recuperação dos preços do petróleo nos mercados internacionais.

Juros em máximos de três meses

O juro da dívida portuguesa a 10 anos atingiu um novo máximo desde Junho, acima dos 3,5%, num dia em que os juros de Portugal estiveram a contrariar a tendência de queda na Europa. A "yield" das obrigações do Tesouro a 10 anos avançou 0,4 pontos base para 3,381%, aliviando do máximo do dia fixado nos 3,52%. Esta é a primeira sessão desde 24 de Junho que o juro da dívida a 10 anos supera os 3,5%. Este agravamento surge num momento em que se aproxima um mês decisivo para o país. O Orçamento do Estado para 2017 e a revisão do "rating" por parte da DBRS são dois eventos que deverão criar incerteza em torno da dívida nacional.

Euribor a três meses volta a baixar

As taxas Euribor subiram hoje a seis meses e desceram a três, nove e 12 meses em relação a sexta-feira. A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno negativo pela primeira vez a 06 de Novembro passado, foi hoje fixada em -0,199%, mais 0,001 pontos do que na sexta-feira e depois de ter descido a 19 de Setembro para -0,202%, actual mínimo de sempre. A Euribor a três meses, em valores negativos desde 21 de Abril de 2015, desceu hoje para -0,303%, menos 0,001 pontos do que no final da semana passada e depois de ter caído a 08 de Setembro para o actual mínimo de sempre de -0,304%.

Iene sobe com instabilidade nas bolsas

A moeda nipónica está a valorizar esta segunda-feira, 26 de Setembro, com os investidores a procurarem refúgio na divisa. O iene sobe 0,6% para 100,42 por dólar, naquela que é a primeira subida da moeda em três dias. A puxar pelo iene está a procura por activos que oferecem maior segurança, como é o caso da moeda japonesa, num dia de elevada incerteza nos mercados accionistas. Além disso, o governador do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, garantiu que irá fazer todos os esforços por garantir a estabilidade do iene.

Petróleo dispara em semana de reunião

Os preços do petróleo seguem a disparar nos mercados internacionais. O Brent, negociado no mercado de Londres, ganha 3,66% para 47,57 dólares por barril, num momento em que aumenta a especulação em relação a um entendimento por parte dos maiores produtores de crude no sentido de garantir uma estabilização no mercado petrolífero, no encontro que decorre esta quarta-feira, 28 de Setembro. Ainda que não espere um acordo já esta semana, a Arábia Saudita, o maior produtor de petróleo mundial, está optimista em relação a um entendimento no futuro e mostrou-se disponível para reduzir a exploração, caso o Irão concorde congelar a sua produção.

Metais preciosos perdem brilho

Depois de terem registado a maior valorização semanal em dois meses, os metais preciosos arrancaram a semana em queda. O ouro cede 0,2% para 1.334,38 dólares por onça, enquanto a prata, platina e paládio descem mais de 1%. A pressionar a negociação está a estabilização do dólar e a expectativa crescente em torno de uma mexida nas taxas de juro nos EUA até ao final do ano.


Destaques do dia

Défice recua 81 milhões de euros até Agosto. O défice orçamental caiu 81 milhões de euros face ao ano anterior, atingindo os 3.990 milhões de euros. O número foi atingido com aumentos da receita e da despesa abaixo do orçamentado.

Deutsche Bank desliza para novo mínimo histórico. Os títulos do banco alemão atingiram o valor mais baixo de sempre, pouco acima dos 10,5 euros, numa altura em que crescem os receios sobre os seus níveis de capital e a capacidade da instituição para enfrentar pesados custos legais.

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BIC junta-se a Isabel dos Santos e mantém incógnita sobre BPI. No fim-de-semana, o representante da empresária angolana afirmou que ainda não há decisão sobre a OPA do CaixaBank. Agora, o BIC, de que Isabel dos Santos é accionista, também diz o mesmo.

Avaliação bancária atinge valor mais elevado desde Dezembro de 2011. Depois de cinco meses consecutivos de aumentos, o valor médio da avaliação bancária, a nível nacional, atingiu máximos de Dezembro de 2011.

IM Valores reduz preço-alvo dos CTT e mantém recomendação de "comprar". Os analistas da IM Valores desceram o preço-alvo para as acções dos CTT para 7,20 euros, devido ao cenário mais conservador para o segmento de encomendas e para o sector bancário.

BlackRock recomenda investimento na dívida de Portugal. Os países periféricos continuam a "oferecer valor" aos investidores. O investimento nestes países, nomeadamente em Portugal, é mais atractivo do que, por exemplo, na Alemanha. Só é preciso estar preparado para a volatilidade.

 

Citigroup emite alerta sobre o ouro devido à probabilidade de vitória de Trump. Para o Citigroup Donald Trump tem uma probabilidade de 40% de vencer as presidenciais de Novembro, o que pode levar a uma elevada volatilidade do ouro.

 

O que vai acontecer amanhã

 

Indicadores na Zona Euro. É divulgado o Índice de massa monetária (M3), relativo a Agosto.

António Domingues no parlamento. O novo presidente da CGD é ouvido numa comissão parlamentar.

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