Notícia
Fecho dos mercados: Bolsas sobem, cambial e petróleo recuperam
As principais praças europeias estão de novo a negociar em alta, à excepção dos índices alemão e grego. Em alta nesta sessão está também a cotação do petróleo, com as moedas dos países exportadores da matéria-prima a beneficiarem do desempenho.
Os mercados em números
PSI-20 valorizou 0,24% para 5.147,18 pontos
Stoxx 600 subiu 0,41% para 344,63 pontos
S&P 500 perde 0,45% para 1.929,92 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal deslizou 1,3 pontos base para 2,696%
Euro avança 0,01% para 1,0859 dólares
Petróleo cai 0,91% para 30,58 dólares por barril, em Londres
Bolsas travam ganhos no fecho da sessão
As bolsas do Velho Continente terminaram a sessão a valorizar, ainda que tenham aliviado parte dos ganhos registados no início do dia. O Stoxx 600 fechou a ganhar 0,41%, mas chegou a subir 1,9% durante a manhã, depois da China ter divulgado dados sobre a balança comercial do país que ficaram acima das estimativas. A abrandar os ganhos estiveram as empresas ligadas ao sector da energia, isto depois de ter sido divulgado um aumento das reservas de crude nos EUA, um documento que travou a recuperação dos preços do petróleo.
Em Lisboa, o PSI-20 avançou 0,24%, impulsionado pela energia. A Galp subiu 1,06% para 9,478 euros, enquanto a EDP Renováveis ganhou 1,08% para 7,28 euros. Já a Jerónimo Martins travou maiores subidas. A retalhista, que divulgou esta terça-feira, 12 de Janeiro, os dados operacionais preliminares em 2015, encerrou a cair 1,11% para 12,42 euros, depois de ter chegado a escalar mais de 3% e ter estado a negociar em máximos de seis semanas.
Prémio de risco em queda
Os juros das obrigações portuguesas recuaram em todos os prazo. A taxa dos títulos com maturidade a 10 anos caiu 1,3 pontos base para 2,696%, depois de ter subido cinco sessões consecutivas. Ao contrário da dívida portuguesa, as "bunds" alemãs a 10 anos agravaram-se. O juro subiu 3,4 pontos base para 0,567%, diminuindo o diferencial face à dívida portuguesa para 210,33 pontos.
Euribor a três meses estabiliza em mínimos
A taxa Euribor a três meses permaneceu inalterada em mínimos históricos. O indexante, que tem vindo a renovar mínimos em terreno negativo desde Abril do ano passado, ficou estabilizada esta quarta-feira, 13 de Janeiro, em -0,144%, o recorde fixado na última sessão.
Recuperação do petróleo puxa pelo real brasileiro
As moedas de países exportadores de matérias-primas estiveram a valorizar esta quarta-feira, impulsionadas pelo aumento da actividade comercial na China. O real brasileiro sobe 0,97%, com cada dólar a comprar 3,9892 reais, sustentado pelo maior optimismo em relação à economia chinesa, um dos maiores consumidores de "commodities" a nível global. Os preços das matérias-primas estiveram a negociar em máximos de duas semanas, enquanto o petróleo se afastou da barreira dos 30 dólares por barril.
Petróleo em alta com fraco aumento das reservas nos EUA
O petróleo iniciou a sessão em alta, mas o aumento das reservas nos EUA levou a matéria-prima a perder valor. Contudo, ficou muito aquém do esperado, o que impulsionou o West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque. Chegou a cair 1,12% para 30,10 dólares por barril, mas já ganha 0,13% para 30,48 dólares. Por outro lado, o Brent, em Londres, segue a perder 0,91% para 30,58 dólares. Desempenhos mistos, depois de o WTI ter afundado na terça-feira, chegando a negociar abaixo da fasquia dos 30 dólares.
Ouro recupera após três quedas consecutivas
A turbulência na China no arranque do ano impulsionou o preço do ouro. Mas o amenizar dos receios deu três quedas consecutivas. Uma tendência interrompida esta quarta-feira, uma sessão em que valoriza 0,52% para 1.092,15 dólares por onça. A impulsionar estão as declarações de Eric Rosengren, presidente da Fed de Boston. Admitiu que as projecções do banco central enfrentam "riscos negativos", o que poderá levar a uma subida dos juros mais lenta do que o actualmente previsto.
Destaques do dia
Petróleo está nos 30 dólares. Pode descer para 20. Chegará aos 10? Há muito que os preços estão abaixo dos três dígitos. Os 50 dólares também já são uma miragem, havendo cada vez mais analistas a apontarem para valores ainda mais baixos. O Standard Chartered diz que o barril pode custar apenas 10 dólares.
Petróleo abaixo dos 31 dólares após dados das reservas dos EUA. Foram divulgadas as reservas de crude nos Estados Unidos e os inventários cresceram menos que o estimado pelos analistas. O petróleo trava ganhos mas negoceia perto dos 31 dólares.
Quedas excessivas nas bolsas? SocGen diz que S&P 500 pode afundar 75%. O Société Générale acredita que as acções americanas podem voltar a níveis de Março de 2009, quando bateram no fundo. E, no pior cenário, o índice americano S&P 500 pode tombar cerca de 75%.
Crise na China: Está na hora de vender ou é altura de comprar? A China veio abalar as bolsas mundiais. Colocou os investidores em alerta, ditando fortes quedas. A dúvida é se já foram longe demais, ou ainda agora começaram? As opiniões dividem-se. Uma coisa é certa: a volatilidade vai continuar a dominar os mercados.
Os desafios do novo líder da Impresa. A pressão dos operadores de telecomunicações, a futura batalha da TDT e a redução da dívida são alguns dos desafios de Francisco Pedro Balsemão, futuro presidente executivo da Impresa.
Taxa nos EUA: Portucel apoiada por Governo e Comissão Europeia. O Departamento de Comércio dos EUA reduziu de 29,53% para 7,8% a taxa anti-dumping aplicada às vendas da Portucel. O grupo português promete utilizar todos os meios disponíveis para provar que a medida é injustificada.
Vendas da Jerónimo Martins crescem 8,3% em 2015. A companhia de distribuição dona da Biedronka, Pingo Doce e Recheio realizou vendas de 13,72 mil milhões de euros no exercício de 2015, anunciou esta terça-feira.
O que vai acontecer amanhã
Política monetária marca a sessão – O Banco de Inglaterra conclui na quinta-feira mais uma reunião de política monetária. No mesmo dia, o Banco Central Europeu divulga os relatos relativos ao encontro de 2 e 3 de Dezembro.
Ministros das Finanças reunidos – Os ministros das Finanças dos países da Zona Euro estarão reunidos para mais um encontro do Eurogrupo, que irá realizar-se em Bruxelas.
PIB da Alemanha – A maior economia da Zona Euro irá publicar as primeiras estimativas para a evolução do produto interno bruto (PIB) em 2015.
Resultados do JPMorgan – O banco norte-americano divulgará os resultados relativos a 2015.