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Fecho dos mercados: Bolsas e petróleo recuam com travão da China

As bolsas europeias recuaram mais de 2% na última sessão da semana, penalizadas pelo agravamento do receio relativamente ao crescimento económico na China. As matérias-primas acentuam a queda e o euro valoriza.

Reuters
21 de Agosto de 2015 às 17:21
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Os mercados em números

PSI-20 caiu 2,73% para 5.288,12 pontos

Stoxx 600 caiu 3,26% para 361,28 pontos

S&P 500 desvaloriza 1,85% para 1997,97 pontos

"Yield" 10 anos de Portugal avança 4,5 pontos base para 2,629%

Euro avança 1,01% para 1,1355 dólares

Petróleo cai 3,00% para 40,08 dólares por barril, em Nova Iorque

Bolsas europeias recuam mais de 3%

As principais bolsas europeias registaram quedas acentuadas esta sexta-feira, numa sessão marcada pelo aumento da pressão nos mercados financeiras, suscitada pelo abrandamento da economia chinesa. Uma tendência negativa registada também do outro lado do Atlântico, onde o S&P 500 desvaloriza 1,85% para 1997,97 pontos.

O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, recuou 3,26% para 361,28 pontos. A bolsa grega foi a que mais caiu; desvalorizou 3,28% pela segunda sessão consecutiva, após a demissão de Alexis Tsipras, esta quinta-feira. Em Lisboa, o PSI-20 recuou 2,73%. Jerónimo Martins, Galp Energia, EDP, Portucel, Semapa e BPI desceram esta sexta-feira mais de 3%.  

 

Juros avançam na Zona Euro

Os juros da dívida portuguesa estão a avançar pela quarta sessão consecutiva, esta sexta-feira, acompanhando a tendência dos países da periferia da Zona Euro. A "yield" das obrigações nacionais a 10 anos está a apreciar 4,5 pontos para 2,629%. Pelo contrário, os juros da dívida alemã estão a recuar 1,8 pontos base para 0,564%, fazendo subir o prémio de risco que os investidores pagam para apostar na dívida germânica em detrimento da portuguesa para 206,5 pontos.

 

Euribor a três meses fixa novo mínimo histórico

A Euribor a três meses fixou um novo mínimo histórico esta sexta-feira, pela sexta sessão consecutiva. A taxa recuou de -0,030% para -0,031%. A Euribor a seis meses ficou inalterada no actual mínimo histórico, em 0,042%. As Euribor a nove e 12 meses avançaram para 0,091% e 0,160%, respectivamente.

 

Euro sobe 1% 

O euro está a avançar 1,01% para 1,1355 dólares, acima da fasquia de 1,13 dólares, num máximo de dois meses. A moeda única avança pela terceira sessão consecutiva e encaminha-se para ganhar mais de 2% na semana. O dólar está a ser penalizado pela incerteza dos investidores relativamente à subida dos juros em Setembro pela Reserva Federal, após a divulgação das minutas da última reunião de política monetária.

 

Petróleo recua pela oitava semana

O petróleo está a desvalorizar 3% esta sexta-feira, pressionado pelo receio de excesso de oferta e abrandamento da procura. O West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, está a recuar 3,00% para 40,08 dólares por barril, a oito cêntimos de baixar a fasquia dos 40 dólares. Encaminha-se para registar a oitava semana de perdas consecutivas, a maior série semanal desde 1986. Em Londres, o Brent, que serve de referência para a Europa, está a desvalorizar 2,94% para 45,25 dólares.

 

Cobre recua e encaminha-se para sétima semana de perdas

O cobre para entrega em três meses está a recuar 0,39%, encaminhando-se para concluir a sétima sessão negativa, no que seria a maior série de perdas semanais do metal desde Janeiro. O abrandamento da economia na China, o maior consumidor de cobre a nível mundial, tem pressionado os preços do metal.

 

Destaques do dia

 

Líder do Nova Democracia já recebeu mandato do Presidente grego para formar Governo. O presidente do partido conservador grego Nova Democracia, Vangelis Meimarakis, recebeu esta sexta-feira o mandato para formar Governo do Presidente da República, Prokopis Pavlopulos, depois de o primeiro-ministro, Alexis Tsipras, ter anunciado a demissão e proposto eleições antecipadas.

 

Há um ano que as taxas implícitas no crédito à habitação estão em queda. O crédito à habitação voltou a registar taxas de juro implícitas mais baixas. Caiu pelo 12º mês consecutivo, alcançando os 1,257%. Já a prestação média vencida dos contractos manteve-se inalterada em Julho.

 

Actividade industrial na China cai para mínimos de seis anos. O índice PMI da China, que mede a actividade da indústria, caiu para o nível mais baixo desde 2009, numa altura em que os receios em torno do abrandamento da economia chinesa estão a penalizar acções, divisas e matérias-primas.

 

Actividade industrial na Alemanha em máximos de Abril de 2014. A actividade do sector industrial alemão contrariou as expectativas dos economistas e subiu para o nível mais elevado desde Abril do ano passado.

 

O que vai acontecer segunda-feira

 

BCE. Banco Central Europeu revela dados semanais do programa de compra de activos.

INE. Inquérito à Avaliação Bancária na Habitação.

 

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