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Fecho dos mercados: Remédios às economias deixam bolsas recuperar. Ouro com pior semana desde 2011

Os mercados tiveram uma semana negra mas a última sessão mostraram algum alívio, sustentados pelas medidas que foram sendo apresentadas para combater o impacto económico do vírus.

13 de Março de 2020 às 17:43
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Os mercados em números

PSI-20 ganhou 0,83% para 3.837,38 pontos 

Stoxx 600 valorizou 1,35% para os 298,90 pontos

S&P500 avança 2,66% para os 2.544,78 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos subiram 9 pontos base para os 0,811%

Euro perde 1,97% para os 1,1076 dólares

Petróleo em Londres sobe 1,99% para os 33,88 dólares por barril


Europa ganha balanço com medidas contra o vírus

As bolsas europeias estão a recuperar depois de na última sessão o índice que reúne as 600 maiores cotadas, o Stoxx600, ter vivido a maior quebra de que há registo. Esta sexta-feira, o mesmo índice valorizou 1,35% para os 298,90 pontos, o que não evitou que o saldo da semana fosse o mais negativo desde 2008. 

Além do Stoxx600, as bolsas espanhola e italiana destacaram-se na última sessão pela negativa, também com as maiores descidas de sempre, de cerca de 14% e 17%, respetivamente. Já esta sexta-feira, a bolsa de Madrid valorizou 3,14% e a bolsa italiana subiu 6,32%.

A animar os mercados estão as respostas ao surto de coronavírus que têm sido avançadas pelas grandes economias. Em destaque está a notícia de que os Estados Unidos se preparam para declarar estado de emergência nacional, mas também a Alemanha já anunciou que tem disponíveis 500 mil milhões para ajudar as empresas e que o orçamento para este fim é ilimitado. A maior economia europeia revelou-se, inclusivamente, aberta a quebrar a regra do défice zero que tem guiado a atuação dos responsáveis pelo país.

O PSI-20 também inverteu da segunda maior queda de sempre e ganhou 0,83% para 3.837,38 pontos, com o grupo EDP e Galp a impulsionar. 

Juros da dívida disparam na semana

Os juros da dívida portuguesa a dez anos subiram 9 pontos base para os 0,811%. Na semana, a subida é de 51,7 pontos base. A mesma tendência verifica-se em Espanha, onde os juros agravaram 11,1 pontos base para os 0,617%, no Reino Unido, onde os juros se elevam 14,6 pontos base e hoje também na Alemanha, que avança 20 pontos base para os -0,548%.  Os juros refletem a preocupação com a saúde das economias no contexto de proliferação do coronavírus. 

Dólar leva a melhor ao euro

O dólar está a ganhar em relação à generalidade das divisas G-10, acompanhando a tendência positiva na bolsa de Nova Iorque. A notícia de que o presidente norte-americano se prepara para declarar o estado de emergência nacional, ao mesmo tempo que a Organização Mundial de Saúde classifica a Europa como o novo centro da epidemia, dá força à nota verde. O euro está a recuar há quatro sessões e perde 1,97% nesta sessão para os 1,1076 dólares.

Petróleo com pior semana desde 2008

O petróleo prepara-se para fechar a semana com a maior queda desde 2008. O barril de Brent, referência na Europa, está a valorizar 1,99% para os 33,88 dólares, mas as quatro pesadas descidas durante a semana ditam uma desvalorização acumulada de quase 26%. Esta será a terceira semana consecutiva que o metal afunda no vermelho, sendo que nas duas anteriores caiu na casa dos 13% e dos 10%.

Ouro na pior semana desde 2011

O ouro está a desvalorizar 2,72% para os 1.533,24 pontos, o que dita uma quebra semanal de 8,53%, a maior desde 2011. Apesar de no início da semana o metal amarelo ter "namorado" os 1.700 dólares a onça, a pressão vendedora ditou a debandada também deste ativo refúgio, de forma a cobrirem as perdas que estão a enfrentar no mercado de capitais. Entretanto, a força do dólar também tornou o ouro mais apelativo.

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