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Fecho dos mercados: Pressão nas bolsas do sul da Europa, recordes nas acções alemãs e americanas

A bolsa espanhola teve a maior queda diária desde o referendo do Brexit, com a tensão na Catalunha a causar apreensão nos investidores. As ondas de choque estenderam-se às acções italianas e também ao PSI-20. Mas na Alemanha e nos EUA o dia foi de máximos.

Reuters
04 de Outubro de 2017 às 17:31
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 0,99% para 5.385,92 pontos

Stoxx 600 caiu 0,08% para 390,40 pontos

S&P 500 valoriza 0,11% para 2.537,43 pontos

Taxa a dez anos sobe 0,5 pontos base para 2,416%

Euro ganha 0,20% para 1,1756 dólares

Petróleo recua 0,07% para 55,96 dólares por barril, em Londres

Bolsas do sul da Europa tremem com tensão na Catalunha

O índice que mede o desempenho das bolsas europeias desceu 0,08%, com as acções do sul da Europa sob pressão. A bolsa de Madrid caiu 2,85%, penalizada pela tensão na Catalunha. Foi a maior descida diária desde o referendo sobre o Brexit, em Junho do ano passado.

A imprensa espanhola aponta que Carles Puigdemont poderá avançar com uma declaração unilateral de independência na próxima segunda-feira. O líder do governo regional disse mesmo, numa entrevista a ser publicada no Bild e citada pela Reuters, que se sente já como "o presidente de um país livre".

Em Espanha, o sector da banca foi o mais afectado. Os catalães Sabadell e CaixaBank perderam 5,69% e 4,96%, respectivamente. E levaram o índice europeu da banca a descer 1,11%. A pressão na bolsa de Madrid estendeu-se a outros mercados do sul da Europa. O índice de Milão cedeu 1,44% e o PSI-20 desceu 0,99%.

As acções germânicas evitaram danos maiores no índice europeu, capitalizando as descidas da moeda única nas últimas semanas. O Dax subiu 0,53% e atingiu um novo máximo histórico. Nos EUA, o S&P 500 também já bateu recordes intradiários. Sobe 0,11% para 2.537,43 pontos.

Juros sobem, mas diferencial face a Itália e Espanha cai

A taxa das obrigações portuguesas a dez anos subiu 0,5 pontos base para 2,416%. Mas manteve a tendência de redução do diferencial face às "yields" espanhola e italiana. A taxa a dez anos de Espanha disparou 6,1 pontos base para 1,784%, devido à tensão na Catalunha. E a "yield" de Itália, que poderá ser alvo de uma avaliação da Moody’s esta sexta-feira, aumentou 2,9 pontos base para 2,195%.

O "spread" da dívida portuguesa face à italiana é de 22 pontos base, o mais baixo desde 2010. Face à taxa espanhola, o diferencial é de 63 pontos base, um mínimo de dois anos. Em relação à Alemanha, vista como a referência na Zona Euro, o prémio de risco da dívida nacional teve uma subida ligeira para 196 pontos base.

Euribor com direcções distintas

As Euribor tiveram desempenhos diferentes esta quarta-feira. A taxa a três meses subiu 0,1 pontos base para -0,329%. Já o indexante a seis meses não sofreu alterações, mantendo-se em -0,273%. A Euribor a 12 meses subiu 0,3 pontos base para -0,168%, segundo dados da agência Lusa.

Euro sobe pela segunda sessão

Apesar de a tensão na Catalunha estar a deixar os investidores apreensivos, essas cautelas não se traduziram numa fraqueza da moeda única. O euro ganha 0,12% para 1,1758 dólares. O índice que mede a força da nota verde face às principais moedas mundiais cai 0,08%.

Segundo analistas citados pela Reuters, o dólar tem oscilado em função de quem o mercado vê como favorito para suceder a Janet Yellen na Reserva Federal dos EUA. Além disso, os investidores estão na expectativa sobre os dados do emprego que serão divulgados sexta-feira e poderão deixar pistas sobre os próximos passos da Fed.

Segundo uma notícia do Politico divulgada esta quarta-feira, o próximo presidente da Fed poderá ser Jerome Powell, defensor de políticas monetárias mais suaves. Antes deste nome, o mercado dava o favoritismo a Kevin Warsh, que é visto como partidário de políticas mais restritivas, segundo analistas citados pela Reuters.

Petróleo sem grandes mexidas apesar de queda das reservas

Os preços do petróleo negoceiam sem tendência definida, apesar de os dados das reservas semanais nos EUA terem mostrado dados considerados positivos para os preços. O Brent desce 0,07% para 55,96 dólares. O West Texas Intermediate, que serve como referência ao mercado americano, ganha 0,06% para 50,45 dólares.

As reservas nos EUA caíram em cerca de seis milhões de barris na semana passada para 465 milhões, segundo dados divulgados esta quarta-feira pela Administração de Informação de Energia, citados pela Bloomberg. Foi a maior descida desde meados de Agosto.

Ouro recupera de mínimo de oito semanas

O metal amarelo recupera 0,20% para 1.274,20 dólares, depois de ter atingido o valor mais baixo das últimas oito semanas. Os investidores estão na expectativa sobre o que mostrarão os dados do emprego nos EUA que serão divulgados sexta-feira e atentos aos discursos de responsáveis da Fed nos próximos dias para retirarem pistas sobre a evolução das taxas de juro na maior economia do mundo.

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