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Fecho dos mercados: Minério de ferro atinge máximo de Março e juros de Itália aliviam
O minério de ferro voltou a ascender acima dos 70 dólares, retomando níveis de Março. Itália também merece os holofotes com um alívio nos juros, depois de anunciar a primeira reforma do Governo de coligação.
Os mercados em números
PSI-20 subiu 0,35% para 5.630,99 pontos
Stoxx 600 avançou 0,55% para 390,78 pontos
S&P 500 valoriza 0,33% para 2.859,84 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal agrava 0,2 pontos base para os 1,754%
Euro soma 0,34% para os 1,1593 dólares
Petróleo sobe 0,61% para os 74,20 dólares por barril em Londres
Bolsas europeias sobem em linha com Wall Street
As bolsas europeias encerraram em alta esta terça-feira, 7 de Agosto, acompanhando o optimismo que marca a negociação em Wall Street. O S&P500 atingiu o valor mais alto desde Janeiro, com os resultados das empresas a compensarem os receios em torno da guerra comercial.
Na Europa, foram as cotadas do sector mineiro e do petróleo e gás que mais impulsionaram, contribuindo para a subida de 0,47% do Stoxx600, que atingiu os 390,49 pontos. Na sessão, destacou-se a praça de Milão, com uma valorização de 1,27%, depois dos resultados acima do esperado do banco Unicredit, que levaram as acções a ganharem quase 3%.
Em Lisboa, o PSI-20 subiu 0,35% para 5.630,99 pontos, suportado sobretudo pelo BCP e pela Galp Energia, que renovou máximos de mais de dez anos.
Juros de Itália aliviam em dia de reformas
Os juros da dívida soberana italiana a dez anos fecharam com uma quebra de 3,6 pontos base para os 2,869%. Isto no dia em que o Governo de coligação italiano aprovou a sua primeira reforma legislativa. O decreto restringe a utilização de contratos de trabalho temporários. Paralelamente, o italiano Unicredit também dá sinais positivos com a divulgação de resultados acima do esperado.
Por cá, a taxa remuneratória das obrigações a 10 anos agravou 0,2 pontos base para os 1,754%. Na Alemanha, os juros movimentam-se no mesmo sentido e sobem 1,8 pontos base para os 0,407%. Desta forma, o prémio dos juros portugueses face aos germânicos situa-se nos 134,7 pontos base.
Euribor mantêm-se para todas as maturidades
As taxas Euribor mantiveram-se hoje a três, seis, nove e 12 meses em relação a segunda-feira.
A Euribor a três meses voltou a ser fixada, pela sétima sessão consecutiva, em -0,319%. A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação, também se manteve, pela terceira sessão consecutiva, ao ser fixada em -0,268%. A nove meses, a Euribor voltou a ser fixada em -0,216%. Já no prazo de 12 meses, a taxa Euribor também voltou hoje a ser fixada, pela quarta sessão consecutiva, em -0,176%.
Lira inverte de mínimos
A moeda turca está numa roda-viva esta semana. Depois de uma queda de mais de 6% esta segunda-feira, que ditou um mínimo histórico face ao dólar, a lira soma agora 1,37% para os 0,19016 dólares, e já chegou mesmo a ganhar 2,88% para os 0,193 dólares.
A valorização da divisa turca segue-se às notícias avançadas pela Reuters de que o ministro dos Negócios Estrangeiros do país, Sedat Onal, vai dirigir-se aos EUA para discutir as tensões entre os aliados da NATO. Isto numa altura em que as divergências políticas entre Washington e Istambul afectavam a avaliação da moeda turca.
Também o euro vê uma inversão da trajectória, depois de cinco sessões no vermelho que levaram a moeda a mínimos de cinco semanas. A moeda única europeia soma agora 0,34% para os 1,1593 dólares.
EUA ditam subida do petróleo
O barril de Brent, referência para a Europa, encontra-se a valorizar 0,61% para os 74,20 dólares, embora já tenha ganho acima de 1% durante a sessão. A tendência ascendente segue-se às previsões de que as reservas dos EUA notem uma quebra. Este factor, tal como as sanções aplicadas recentemente pela Casa Branca ao Irão, apontam para uma oferta mais reduzida.
Ferro em máximos de Março
O minério de ferro voltou a ultrapassar a barreira dos 70 dólares por tonelada esta terça-feira. Subiu 1,5% para os 70,60 dólares por tonelada, um máximo desde Março. As cotações do minério são impulsionadas por um aumento de preços na China, onde a procura por material de qualidade cresce, apoiada no investimento estatal e preocupações ambientais.