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Fecho dos mercados: Matérias-primas puxam pelas bolsas em dia de Fed e de eleições na Holanda

As bolsas valorizaram apoiadas nos sectores relacionados com as matérias-primas. As taxas das obrigações europeias desceram, apesar dos juros portugueses não terem acompanhado. O petróleo voltou às subidas após os dados das reservas nos EUA.

Bloomberg
15 de Março de 2017 às 17:17
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 0,17% para 4.572,64 pontos

Stoxx 600 subiu 0,44% para 375,10 pontos

S&P 500 ganha 0,46% para 2.376,37 pontos

Juros da dívida portuguesa a 10 anos subiram 2,6 pontos base para 3,992%,

Euro avança 0,38% para 1,0644 dólares

Petróleo sobe 1,37% para 51,62 dólares, em Londres

Matérias-primas puxam pelas bolsas

As bolsas europeias valorizaram e nos EUA a sessão também é marcada pelos ganhos. Com o mercado à espera da decisão da Reserva Federal dos EUA, foram as subidas das matérias-primas a puxar pelo mercado. O europeu Stoxx 600 valorizou 0,44%, impulsionado pelos ganhos acima de 1% dos índices das mineiras e das petrolíferas.

Ainda do lado dos ganhos, o índice dos bancos europeus ganhou 0,92%, já que a expectativa de juros mais elevados alimentada pela quase certeza de uma subida das taxas por parte da Fed é vista como positiva para o sector. Nos EUA, o S&P 500 valoriza 0,46% para 2.376,37 pontos.

Apesar dos ganhos, a bolsa portuguesa não aproveitou. O PSI-20 desvalorizou 0,17%, a quarta sessão de descidas. As quedas de 1,97% da Nos e de mais de 1% da Sonae e da Altri anularam o efeito das subidas de 0,57% do BCP e de 0,18% da Galp.

Juros da dívida europeia em queda, mas taxa portuguesa sobe

As taxas de juro das obrigações europeias tiveram descidas generalizadas, após as últimas sondagens antes das eleições desta quarta-feira na Holanda terem mostrado uma descida dos eurocépticos liderados por Geert Wilders nas sondagens. Mas os juros da dívida portuguesa não acompanharam essa tendência.

A taxa portuguesa a dez anos subiu 2,6 pontos base para 3,992%, no dia em que o Tesouro até conseguiu juros ainda mais negativos num leilão de dívida de curto prazo. Já a "yield" espanhola e italiana desceu 3,2 e 3,9 pontos base, respectivamente, para 1,839% e 2,302%. A taxa alemã, vista como a referência na Zona Euro, também baixou. Caiu 3,1 pontos base para 0,415%. O prémio de risco da dívida nacional agravou-se para 357,8 pontos base.

Euribor com comportamentos distintos

As taxas Euribor tiveram evoluções diferentes. O indexante a três meses subiu 0,1 pontos base para -0,329%, segundo dados da Lusa. Já a taxa a seis meses não sofreu alterações, voltando a ser fixada em -0,241%. Por seu lado, a Euribor a 12 meses baixou 0,2 pontos base para -0,110%.

Dólar com pausa nos ganhos antes da reunião da Fed

O índice que mede a força do dólar interrompeu o ciclo de ganhos, numa altura em que os investidores aguardam pela decisão e pelas indicações da Reserva Federal dos EUA. A nota verde perde 0,40% face a um cabaz constituído por outras dez grandes divisas mundiais, após duas semanas de subidas motivadas pela expectativa de que a Fed iria adoptar e sinalizar uma política monetária mais restritiva. No entanto, nas horas que antecederam a reunião os investidores adoptaram uma abordagem mais cautelosa. E o euro também aproveitou, com uma subida de 0,38% para 1,0644 dólares.

Petróleo sobe com queda das reservas nos EUA

Os preços do petróleo aliviaram alguma da pressão verificada nas últimas sessões e interromperam uma sequência de seis descidas. O Brent sobe 1,37% para 51,62 dólares e o West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, avança 1,78% para 48,57 dólares. A recuperação dos preços ocorre depois de as reservas petrolíferas nos EUA terem tido a primeira queda semanal do ano. Desceram em 237 mil barris na semana passado, o que compara com as estimativas de uma subida de mais de três milhões dos analistas sondados pela Bloomberg.

Frio nos EUA, subidas no preço do trigo

O preço o trigo tem a primeira subida diária desde 6 de Março. A cotação sobe 0,87% para 4,3425 dólares por alqueire. A impulsionar o preço estão os receios de que o tempo frio nos EUA leve a que as colheitas de trigo diminuam 10%, segundo informações da Bloomberg.

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