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Fecho dos mercados: Juros de Portugal a 10 anos acima de Espanha. Bolsas e petróleo sobem com acordo EUA-China

O acordo parcial comercial fechado entre os Estados Unidos e a China voltou a alimentar o otimismo nas bolsas europeias e a apoiar a subida do petróleo, que valoriza cerca de 1,5% em Londres e Nova Iorque. Já a taxa de juro da dívida portuguesa no prazo a 10 anos está a negociar acima da "yield" espanhola com a mesma maturidade.

EPA
16 de Janeiro de 2020 às 17:30
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Os mercados em números
PSI-20 subiu 0,07% para os 5.306,8 pontos
Stoxx 600 ganhou 0,22% para 420,54 pontos
S&P 500 valoriza 2,36% para os 3.306,91 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 1,2 pontos base para 0,504%
Euro deprecia-se em 0,13% para 1,1135 dólares
Petróleo em Londres valoriza 1,45% para 64,93 dólares por barril

Bolsas europeias sobem ainda animadas por acordo EUA-China

As principais bolsas do velho continente negociaram em terreno positivo na sessão desta quinta-feira, 16 de janeiro, tendo o britânico Footsie contrariado a tendência predominante com uma descida de cerca de 0,5%.

 

Já o índice de referência europeu Stoxx600 apreciou-se na terceira sessão consecutiva de ganhos e num dia em que tocou no valor mais alto desde 9 de janeiro. Os setores imobiliários e petrolífero foram os que mais impulsionaram.

 

Pelo seu lado, o lisboeta PSI-20 somou o sexto dia no verde com uma subida de 0,07% para os 5.306,8 pontos, elevando para seis sessões o número de subidas consecutivas, no maior ciclo de ganhos desde junho do ano passado. 

 

Mesmo que com ganhos menos expressivos do que os registados em Wall Street, que transaciona em máximos, também as bolsas europeias voltaram a beneficiar do ambiente de menor incerteza decorrente do acordo comercial parcial assinado ontem pelos Estados Unidos e pela China.

 

Os investidores vislumbram agora menos razões de receio quanto à possibilidade de uma espiral protecionista impactar negativamente uma economia global já com claros sinais de abrandamento.  

 

Juros de Portugal superam os de Espanha a 10 anos

Os juros das dívidas públicas na área do euro apresentam uma tendência generalizada de subidas. É o caso da taxa de juro associada às obrigações soberanas de Portugal que, na maturidade a 10 anos, avança 1,2 pontos base para 0,504%, o que significa que sobe pela segunda sessão seguida e que transaciona outra vez em máximos de julho de julho, tal como já verificado na terça-feira.

Já a "yield" correspondente à dívida italiana a 10 anos avança pelo quarto dia consecutivo ao somar 3,3 pontos base para 1,430% (máximos de agosto de 2019), enquanto a taxa de juro exigida pelos investidores para comprarem títulos soberanos de Espanha sobe 1,4 pontos base para 0,461%. Isto significa que, depois de várias semanas a transacionar abaixo da "yield" espanhola, os juros de Portugal a 10 anos estão novamente acima dos espanhóis.

Ainda assim a taxa de referência da dívida espanhola a 10 anos tem atualmente uma maturidade em outubro de 2029, enquanto a "yield" de referência dos títulos soberanos portugueses, neste prazo, tem maturidade em 2030. Ou seja, a maturidade ligeiramente mais longa da dívida portuguesa de referência a 10 anos deverá estar a contribuir para que os juros da dívida pública de Portugal tenham superado os de Espanha. Apesar da base não ser nesta fase diretamente comparável, é certo que a taxa de referência portuguesa superou a "yield" de referência espanhola com maturidades a 10 anos. 

 

Em sentido inverso negoceiam os juros associados à dívida alemã que na maturidade a 10 anos recua 1,9 pontos base para -0,221%.

 

A normalização nos mercados faz com que os investidores reforcem o apetite por ativos considerados mais arriscados, o que se reflete na menor aposta em obrigações de dívida, ativo considerado seguro.

 

Euro perde terreno para o dólar

A moeda única europeia recua 0,13% para 1,1135 dólares nos mercados cambiais, isto numa sessão em que até chegou a negociar na cotação mais elevada contra o dólar desde 7 de janeiro.

 

O dólar valoriza para máximos de 8 de janeiro face a um cabaz composto pelas principais divisas mundiais.

 

Petróleo valoriza cerca de 1,5%

O preço do petróleo está a subir cerca de 1,5%, tanto em Londres como em Nova Iorque. Na capital inglesa, o Brent ganha 1,45% para 64,93 dólares por barril, enquanto na cidade norte-americana o West Texas Intermediate (WTI) avança 1,73% para 58,81 dólares por barril.

 

A subida expressiva do crude acontece depois de ter diminuído a apreensão dos investidores quanto a uma escalada na disputa comercial entre Washington e Pequim, cenário que seguramente teria impacto na redução da procura global pela matéria-prima. O acordo parcial assinado esta quarta-feira reforça a expectativa de que os níveis de procura mundial de crude se mantenham estáveis ao longo de 2020.

 

Ouro volta às perdas

Após ontem ter interrompido um curto ciclo de dois dias seguidos a perder valor, o metal precioso amarelo voltou hoje às quedas, estando nesta altura a recuar 0,30% para 1.551,81 dólares por onça.

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