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Fecho dos mercados: Juros da dívida aliviam em Itália e Portugal, em dia de subida do ouro e do petróleo

As "yields" das obrigações soberanas italianas e portuguesas estão hoje a aliviar, ao passo que o dólar cede terreno, enquanto o ouro e o petróleo valorizam. Nas bolsas, a tendência foi mista, sem oscilações de relevo, com a praça lisboeta a destacar-se do lado dos ganhos.

Reuters
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Os mercados em números

PSI-20 somou 0,82% para 5.328,83 pontos

Stoxx 600 avançou 0,13% para 378,33 pontos

S&P 500 cede 0,28% para 2.896,89 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal recua 2,5 pontos base para 1,831%

Euro valoriza 0,57% para 1,1692 dólares

Petróleo sobe 0,27% para 7830 dólares por barril em Londres

 

Bolsas "superam" ameaças de novas tarifas dos EUA à China

O início da negociação ainda foi negativo, com os investidores a penalizarem as bolsas devido aos receios em torno da guerra comercial entre os EUA e a China. Contudo, os investidores reduziram a pressão sobre a Europa, em parte devido às notícias oriundas de Itália e que apontam para que o país cumpra as metas de défice acordadas com Bruxelas. Algo que provocou a queda dos juros e se reflectiu, sobretudo, na banca.

 

O Stoxx600, que agrega as 600 maiores cotadas europeias, subiu 0,13% para 378,33 pontos. Na bolsa nacional, o ganho superior a 3% do BCP foi determinante para os ganhos do PSI-20.

 

Juros de Itália descem para mínimos de Agosto

As taxas de juro das obrigações de Itália deslizaram em todos os prazos, a beneficiar das notícias sobre o cumprimento das metas orçamentais por parte do Executivo de Roma. O jornal italiano Corriere della Sera diz que o ministro das Finanças de Itália vai estipular como limite máximo um défice de 1,6% do PIB em 2019, o que reduz os receios de que Roma não cumpra os compromissos assumidos com Bruxelas, apresentando um défice abaixo de 3%. A taxa de juro associada à dívida a 10 anos de Itália desce 13,7 pontos base para 2,846%.

 

Portugal acompanhou a tendência e registou uma descida de 2,5 pontos base para 1,831%, também a beneficiar decisão da S&P de subir a perspectiva para a dívida nacional. Já os juros da Alemanha seguem em sentido oposto, subindo 0,8 pontos para 0,458%. 

 

Euribor sobe no prazo a seis meses e desce a 12 meses

As taxas Euribor tiveram desempenhos distintos. No prazo a três meses a taxa manteve-se nos -0,319%, um comportamento idêntico ao da maturidade a nove meses, cuja taxa estabilizou nos -0,207%.

Já a Euribor a seis meses subiu para -0,268%, enquanto a taxa a 12 meses cedeu para -0,194%.

 

Dólar cai de forma generalizada

A nota verde segue a ceder terreno face às principais congéneres na sessão de hoje, pressionada pelo facto de os juros das dívidas soberanas estarem a subir de uma forma geral devido às expectativas de crescimento mundial. Ao mesmo tempo, as fricções comerciais entre os EUA e a China estão a sustentar os activos habitualmente vistos como valor-refúgio (com destaque, no mercado cambial, para o iene e o franco suíço). O índice da Bloomberg para o dólar cai 0,2%, com a divisa norte-americana a recuar face às 10 contrapartes do G10 excepto o dólar neo-zelandês.

A moeda única europeia segue então a ganhar 0,57% para 1,1692 dólares. O euro está não só a ganhar com a debilidade da nota verde mas também com a subida das "yields" das obrigações alemãs – com Benoît Coeure (membro do Conselho Executivo do BCE) a dizer que o "guidance" da autoridade monetária europeia deve estar claramente definido quando as taxas começarem a subir.

 

Riscos de perturbação da oferta sustentam petróleo

O "ouro negro" segue em alta, impulsionado sobretudo pelo facto de os receios de uma perturbação da oferta estarem a ofuscar a preocupação em torno da procura. Com efeito, a preocupação quanto a uma menor oferta de crude no mercado, à conta dos cortes da Venezuela e do Irão, está a eclipsar os temores de uma menor procura decorrente da turbulência económica nos mercados emergentes, sublinha esta segunda-feira o Bank of America numa nota de análise.

O contrato de Outubro do West Texas Intermediate (WTI), transaccionado no mercado nova-iorquino, segue a valorizar 0,09% para 69,05 dólares por barril. Já as cotações do contrato de futuros do Brent do Mar do Norte – que é negociado em Londres e serve de referência às importações portuguesas – para entrega em Novembro seguem a subir 0,27% para 78,30 dólares por barril.

 

Ouro a caminho de ganho semanal

O metal amarelo reconquistou o estatuto de valor-refúgio numa altura em que crescem os receios de uma escalada das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China.

O ouro para entrega em Dezembro segue a somar 0,40% para 1.206 dólares por onça no mercado nova-iorquino, prosseguindo assim o movimento de subida registado na semana passada.

 

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