Notícia
Fecho dos mercados: Juros da dívida abaixo de 4%. Bolsas alimentadas a petróleo
As petrolíferas e as mineiras puxaram pelas bolsas europeias. O PSI-20 continua a somar ganhos, beneficiando das subidas de BCP, Galp e EDP. Os juros da dívida descem há cinco sessões e estão abaixo da fasquia de 4%.
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Os mercados em números
PSI-20 ganhou 1,89% para 4.980,57 pontos
Stoxx 600 subiu 0,51% para 380,46 pontos
S&P 500 ganha 0,24% para 2.366,76 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos recuaram 5,3 pontos base para 3,95%
Euro desce 0,36% para 1,0727 dólares
Brent soma 1,09% para 52,99 dólares por barril
Petróleo dá combustível às bolsas
As bolsas europeias subiram pela terceira sessão, impulsionadas novamente pelos ganhos das petrolíferas e mineiras. Os índices destes sectores avançaram 1,63% e 1,21%, beneficiando da subida dos preços das matérias-primas. Ainda do lado dos ganhos, os índices das empresas de media e de turismo e lazer também subiram mais de 1%. Isto numa altura em que a economia americana continua a dar sinais de força.
As cotadas da indústria automóvel e do retalho impediram ganhos de maior dimensão, sendo dos poucos índices a descer. As acções da H&M foram um dos destaques negativos. Perderam 4,01%, após a empresa ter apresentado resultados que ficaram abaixo do estimado. Nos EUA, o S&P 500 segue a valorizar 0,24%.
Também o PSI-20 soma e segue e aproxima-se da fasquia de 5.000 pontos. O índice nacional vai já na sexta sessão de ganhos e negoceia no valor mais alto desde Maio do ano passado. Subiu 1,89% esta quinta-feira, apoiado pelas subidas de 4,38% do BCP e pelos ganhos acima de 2% da EDP, Galp, Nos e Sonae. A EDP Renováveis também valorizou. Subiu 0,14% para 6,91 euros, acima dos 6,80 euros propostos pela EDP na OPA.
Juro a dez anos abaixo de 4%
A taxa portuguesa a dez anos desceu para menos de 4% e vai já numa sequência de cinco descidas. Caiu 5,3 pontos base para 3,95%. O prémio de risco face à Alemanha baixou para 361,6 pontos base. A descida dos juros nacionais ocorreu num dia em que as taxas espanhola e italiana fizeram uma pausa na tendência de descida das últimas sessões. As "yields" de Espanha e Itália subiram 0,6 e 1,1 pontos base, respectivamente, para 1,649% e 2,148%.
Euribor sobe a seis meses
As taxas Euribor tiveram comportamentos distintos. A taxa a três meses ficou inalterada no mínimo histórico de -0,330%. Também o indexante a 12 meses não sofreu alterações, voltando a ser fixado em -0,109%. Já a Euribor a seis meses aumentou 0,1 pontos base para -0,241%, segundo dados da Lusa.
Euro desce pela terceira sessão
O euro desce 0,36% para 1,0727 dólares, pressionado pelos dados abaixo do esperado da inflação na Alemanha e com a nota verde impulsionada pela revisão em alta do PIB dos EUA do quarto trimestre. Além disso, a Reuters citou fontes do BCE a indicarem que o mercado pode ter exagerado na interpretação de que a mensagem da última reunião do banco central sinalizava uma maior probabilidade da retirada dos estímulos.
Petróleo prossegue ganhos
Os preços do petróleo continuam a subir. O valor do barril de Brent avança soma 1,09% para 52,99 dólares. Já o West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, avança 1,68% para 50,34 dólares. As cotações continuam a reflectir uma subida menor que o esperado das reservas petrolíferas nos EUA e também a paralisação do oleoduto que transporta o crude do maior campo de exploração da Líbia.
PIB dos EUA tira brilho ao ouro
A revisão em alta do PIB dos EUA no quarto trimestre aumenta a expectativa que nos próximos tempos a Reserva Federal tenha de intensificar a subida das taxas de juro, cenário que é negativo para o ouro. O metal amarelo desce 0,40% para 1.248,43 dólares, com alguns investidores a aproveitarem também as subidas das últimas semanas para fecharem as posições.