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Fecho dos mercados: Juros afundam para níveis nunca antes vistos. Bolsas renovam mínimos de fevereiro

As bolsas europeias fecharam em queda, tocando em mínimos de fevereiro. Os receios de uma recessão económica, a guerra comercial e os apelos para que o BCE foram os principais responsáveis pela descida das bolsas, dos juros, do euro e do petróleo.

Reuters
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 0,68% para 4.718,29 pontos

Stoxx 600 perdeu 0,29% para 365,09 pontos

S&P500 avança 0,32% para 2.849,74 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 10,5 pontos base para 0,058%

Euro recua 0,31% para 1,1105 dólares

Petróleo em Londres cai 2,03% para 58,26 dólares o barril

 

Bolsas europeias recuam para mínimos de fevereiro

As notícias não têm sido animadoras para quem está exposto ao mercado bolsista. Depois das boas novas de terça-feira, com a China a anunciar mais negociações com os EUA e Washington a adiar a aplicação de tarifas sobre alguns produtos chineses, esta quinta-feira a posição da China surpreendeu negativamente os investidores.

 

Pequim afirmou que terá de avançar com as "retaliações necessárias" dada a ofensiva norte-americana, referindo-se à decisão dos EUA de imporem uma tarifa de 10% sobre bens chineses avaliados em 300 mil milhões de dólares a partir de 1 de setembro.


"É uma semana dura para os mercados, uma vez que estão voláteis", afirmou John Roe, da Legal & General, citada pela Bloomberg. "Os fundamentais estão a desempenhar um papel central mas não estão a ser ajudados pelas políticas da guerra comercial. Os mercados parecem ter acalmado depois do tom mais positivo de Trump ontem, mas agora a China está a elevar o tom", salientou.

Este contexto provocou algum alarmismo entre os investidores e ditou a queda das bolsas. O Stoxx600, índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, desceu 0,29% para 365,09 pontos, atingindo um mínimo de fevereiro.

 

O índice português não escapou, o PSI-20 caiu e já acumula mesmo perdas desde o início do ano.

 

Juros portugueses abaixo dos 0,1% pela primeira vez

Os juros associados às dívidas soberanas estão a registar quedas generalizadas, uma vez que os investidores se estão a tentar proteger da incerteza que impera. Assim, a taxa de juro associada à dívida a 10 anos de Portugal está a recuar 10,2 pontos base para 0,058%. É a primeira vez que os juros portugueses estão abaixo dos 0,1%. 

 

Esta tendência está a ser partilhada pela generalidade dos países. Espanha sente uma queda de 10,8 pontos para 0,031%, Itália afunda 17,6 pontos para 1,327%, e a Alemanha cai 6,2 pontos para -0,716%.

 

Euro cai com pressão para mais estímulos

O enquadramento económico não é favorável, com os indicadores a apontarem para que as maiores economias estejam a travar o ritmo de crescimento ou mesmo em contração. Este contexto já levou a que vários responsáveis políticos falem sobre estímulos.


Esta quinta-feira foi a vez de Olli Rehn, ex-comissário europeu responsável pelos Assuntos Económicos e atual governador do Banco da Finlândia, apelar ao Banco Central Europeu (BCE) para que anuncie um pacote de estímulos "significativo e impactante" que apanhe de surpresa os investidores.


A perspetiva de mais estímulos económicos está a penalizar a negociação do euro. A moeda única europeia está a perder 0,31% para 1,1105 dólares.

 

Petróleo desliza mais de 2%

Os preços do petróleo estão a descer, a refletir o aumento inesperado das reservas de petróleo dos EUA, o que está a aumentar os receios sobre o excesso de oferta, numa altura em que o desfecho da guerra comercial é incerto, o que acentua os receios de uma recessão económica.

 

O barril do Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, está a recuar 2,03% para 58,26 dólares. O West Texas Intermediate (WTI), transacionado em Nova Iorque, está a ceder 1,21% para 54,56 dólares.

 

A contribuir para as quedas recentes dos preços do petróleo – além da guerra comercial potenciais consequências – estão os dados económicos que têm sido divulgados e que apontam para uma deterioração da economia mundial.

Ouro sobe e mantém-se acima dos 1.500 dólares

Um dos grandes beneficiados da conjuntura atual de incerteza e receio de recessão económica é o ouro. O metal precioso tem vindo a subir e a renovar máximos de 2013, negociando acima dos 1.500 dólares por onça. O ouro está a avançar 0,25% para 1.520,41 dólares por onça.

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