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Fecho dos mercados: Fuga ao risco penaliza bolsas e petróleo. Juros descem na Europa

O sentimento dos investidores é negativo. O elevado grau de incerteza em torno de várias questões (Brexit, guerra comercial e crescimento económico) está a fazer com que os investidores fujam dos ativos considerados de maior risco e apostem em ativos mais seguros, como a dívida soberana.

Reuters
22 de Janeiro de 2019 às 17:18
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Os mercados em números

PSI-20 caiu 0,37% para 5.068,75 pontos

Stoxx 600 desceu 0,36% para 355,09 pontos

S&P 500 desvaloriza 1,14% para 2.640,21pontos 

"Yield" a 10 anos de Portugal recua 2,2 pontos base para 1,729%

Euro cede 0,06% para 1,1359 dólares

Petróleo desvaloriza 2,92% para 60,91 dólares por barril, em Londres

 

Fuga ao risco pressiona bolsas

As incertezas são grandes e conheceram novos desafios com as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI), que cortou as suas previsões para o crescimento mundial, realçando que 2019 será o pior ano para a Zona Euro desde a retoma. Este contexto já seria penalizador, mas as dúvidas sobre o Brexit e sobre as negociações comerciais entre os EUA e a China – numa altura em que continua "pendente" o mandato de extradição da CFO da Huawei – também estão a pesar na negociação bolsista.

 

Este ambiente está a deixar os investidores nervosos, que tendem a fugir ao risco, refugiando-se em ativos considerados mais seguros, que não o mercado bolsista.

 

Assim, o Stoxx600, índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, fechou a perder 0,36% para 355,09 pontos.

 

Lisboa não fugiu à tendência e cedeu 0,37% para 5.068,75 pontos, naquela que foi a pior sessão de 2019.

 

Juros descem

Os investidores estão a tentar proteger-se das incertezas e tendem a apostar nas obrigações soberanas, que são consideradas menos arriscados. A taxa implícita na dívida a 10 anos de Portugal está a descer 2,2 pontos base para 1,729%. Já a taxa das obrigações alemãs está a recuar 1,9 pontos base para 0,236%.

Destaque para os juros espanhóis, que recuaram mais de três pontos base, para mínimos de Julho, no dia em que o Tesouro de Espanha foi ao mercado para se financiar, através de uma emissão sindicada, com a procura a ser amplamente superior à oferta.

 

Euribor a seis meses cai

As taxas Euribor estabilizaram em todos os prazos, com exceção do prazo a seis meses, onde se registou uma descida de 0,001 pontos para -0,237%. Já a taxa a três meses fixou-se nos em -0,308%, onde se encontra há 11 sessões consecutivas. A Euribor a 12 meses manteve-se nos -0,115%.

 

Dólar sobe

A moeda americana está a beneficiar do contexto de incerteza, estando a ser usado como ativo de refúgio. O dólar está mesmo a subir pelo sexto dia consecutivo face a um cabaz de moedas, de acordo com a Bloomberg. E neste ambiente, o euro está a descer 0,06% para 1,1359 dólares.

 

Petróleo cai 3% com abrandamento económico

Os preços do petróleo estão em queda, pressionados pelos receios em torno do abrandamento económico mundial. Além das estimativas do FMI para a economia, o presidente da China Xi Jinping reuniu-se com líderes do país, num encontro onde realçou a necessidade de estabilidade política, uma mensagem que está a ser interpretada como mais um sinal de ansiedade da China em relação à evolução da economia, depois de no ano passado o PIB chinês ter crescido ao ritmo mais lento desde 1990.

 

Este contexto está a aumentar a especulação em torno de um menor consumo de derivados de petróleo, o que está a provocar a queda da matéria-prima. O preço do barril do Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, desce 2,92% para 60,91 dólares.

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