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Fecho dos mercados: Fed atira euro para mínimo de dois anos e petróleo cai quase 3%

As bolsas europeias seguem otimistas na época de apresentação de resultados, mas a falta de avanços nas negociações comerciais EUA-China faz tremer o mercado de petróleo, enquanto a Fed abala o euro.

Bloomberg
01 de Agosto de 2019 às 17:42
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Os mercados em números

PSI-20 sobe 0,05% para 5.013,62 pontos

Stoxx 600 avança 0,35% para os 387,11 pontos

S&P500 valoriza 0,99% para os 3.009,85 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos aliviam 0,3 pontos base para os 0,338%

Euro recua 0,09% para 1,1066 dólares

Petróleo em Londres cai 2,37% para os 63,51 dólares por barril


Bolsas europeias respiram com resultados
O agregador das 600 maiores cotadas europeias, o Stoxx600, fechou a somar 0,35% para os 387,11 pontos. O índice sobreviveu, desta forma, ao deslizar das cotadas dos setores do petróleo e gás e das matérias-primas, os quais desvalorizaram, respetivamente, 1,54% e 3,18%.

As principais praças seguiram animadas com o efeito positivo da apresentação de resultados das cotadas, com a General Motors e a Kellogs a superarem as estimativas dos analistas. Isto acabou por aliviar as notícias de que o acordo comercial entre os Estados Unidos e a China não terá avançado substancialmente durante a última ronda de negociações, que terminou esta quarta-feira em Pequim, depois de dois dias de conversações que interromperam um interregno de três meses.

O PSI-20 subiu 0,05% para 5.013,62 pontos, interrompendo um ciclo de sete sessões de quebras com a ajuda da valorização acima de 1% da EDP e EDP Renováveis. 

Euro em mínimos de mais de dois anos
A moeda única europeia desce 0,09% para os 1,1066 dólares, depois de ter chegado a tocar os 1,1027 dólares, um mínimo de maio de 2017. Esta é a segunda sessão de quebra para o euro. A divisa europeia segue a perder desde que o presidente da Reserva Federal americana, Jerome Powell, anunciou a primeira descida nos juros em 10 anos. Contudo, a descida não foi tão pronunciada como esperado - foram 25 pontos base em vez de 50 pontos base - e o líder da Fed anunciou que este alívio não seria o início de um longo ciclo de quebras, o que refreou os ânimos quanto às expetativas de uma política expansionista contínua do outro lado do Atlântico.  

Juros portugueses caem há quatro sessões
Os juros da dívida portuguesa a dez anos recuaram 0,3 pontos base para os 0,338%, mantendo-se abaixo da fasquia dos 0,4% pela segunda sessão. Esta foi a quarta sessão consecutiva no vermelho para as obrigações portuguesas com o prazo de uma década. Na Alemanha a tendência é semelhante, com a dívida germânica a cair pela quinta sessão: aliviou 1,4 pontos base para os 0,456% negativos. O prémio das obrigações portuguesas face às alemãs coloca-se assim nos 79,4 pontos base.

Petróleo cai quase 3%
O barril de Brent, negociado em Londres e referência para a Europa, segue a perder 2,37% para os 63,51 dólares. O barril londrino chegou a perder 2,92% para os 63,27 dólares durante a sessão, a primeira em seis na qual o petróleo se fica pelo terreno negativo. O "irmão" West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, também segue com uma forte queda, de 2,94% para os 56,86 dólares. A matéria-prima sai pressionada do encontro entre os representantes dos Estados Unidos e China, que terminaram a reunião de dois dias para discutir as relações comerciais sem avanços palpáveis, ameaçando desta forma o crescimento da economia mundial e, portanto, a procura pelo ouro negro.

Milho, trigo e soja em mínimos de 10 semanas
A guerra comercial entre a China e os Estados Unidos também tirou o apetite para investir em cereais e oleaginosas, com os investidores a recearem que estes bens "provem" uma redução na procura. Os futuros do trigo descem 1,6% para os 4,79 dólares por alqueire, tendo já tocado nos 4,74 dólares, o milho desvaloriza 0,5% para os 4,08 dólares por alqueire e por fim a soja recua para 8,77 dólares por alqueire, tudo mínimos de final de maio. 
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