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Fecho dos mercados: Facebook e BCE condicionam ganhos do acordo entre Juncker e Trump

A queda a pique das acções do Facebook está a condicionar os ganhos nas bolsas internacionais. A Europa acabou por fechar no verde impulsionada pelo acordo entre Juncker e Trump. As palavras do BCE afectaram as divisas e os juros da dívida.

EPA
26 de Julho de 2018 às 17:21
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Mercado em números
PSI-20 desce 0,49% para 5.593,01 pontos
Stoxx 600 subiu 0,89% para 390,62 pontos
S&P 500 desvaloriza 0,13% para 2.842,07 pontos
Yield 10 anos de Portugal recua 0,7 pontos base para 1,727%
Euro recua 0,57% para 1,1661 dólares
Petróleo em Londres sobe 0,72% para 74,46 dólares por barril

Facebook ofusca parcialmente acordo entre UE e EUA
Os mercados internacionais estão a ser afectados por uma onda de venda de acções do Facebook, que já estiveram a cair 20%. A tecnológica, a quinta maior cotada do mercado norte-americano, está a desvalorizar depois de ter divulgado os resultados do segundo trimestre que foram considerados decepcionantes para os investidores.

Esta queda expressiva ofuscou parcialmente, nos EUA, o optimismo do encontro entre o presidente da Comissão Europeia e o presidente dos Estados Unidos. Jean-Claude Juncker e Donald Trump acordaram iniciar negociações para reduzir as barreiras ao comércio, colocando em pausa as potenciais novas tarifas ao sector automóvel que Trump tinha ameaçado.

Já na Europa o acordo foi suficiente para catapultar as bolsas. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, subiu 0,89% para os 390,62 pontos. O sector automóvel foi o mais beneficiado com o acordo, registando uma subida superior 2%, fruto também da valorização do grupo francês PSA com a divulgados de resultados positivos. 

Mas Lisboa voltou a ser a excepção: o PSI-20 foi uma das poucas bolsas europeias que deslizou esta quinta-feira. A Jerónimo Martins pressionou o índice nacional, chegando a perder 10%, a maior queda desde o Brexit (Junho de 2016). A cotada apresentou resultados no final da sessão de ontem que, apesar de os lucros terem aumentado, ficaram abaixo da expectativa. Ao todo, a retalhista perdeu 500 milhões de euros de capitalização bolsista numa só sessão.

Juros afectados ligeiramente pelo BCE
As palavras de Mario Draghi sobre a política monetária levaram a subidas ligeiras nas obrigações soberanas da Zona Euro. A taxa de juro a dez anos da Alemanha sobe 0,4 pontos base para os 0,4% e a taxa de juro no mesmo prazo de Espanha avança 0,9 pontos base para os 1,360%. As "yields" das obrigações de Itália a dez anos agravam-se mais: 2,2 pontos base para 2,7%.

Já a dívida portuguesa aliviou ligeiramente. A taxa de juro a dez anos está a cair 0,7 pontos base para os 1,727%, atingindo um mínimo em mais de um mês.

Euribor desce a três meses
A taxa Euribor a três meses desceu enquanto os restantes prazos se mantiveram inalterados. A Euribor a três desceu esta quinta-feira para os 0,320%, depois de na terça-feira se ter fixado nos 0,321%, um máximo desde Abril do ano passado. Já a Euribor a seis meses manteve-se nos -0,269% pela nona sessão consecutiva, a taxa a nove meses manteve-se nos -0,217% pela terceira sessão consecutiva e a 12 meses manteve-se nos -0,179% pela décima segunda sessão consecutiva.

Euro desvaloriza com declarações de Draghi
O euro perdeu terreno para o dólar após a divulgação do resultado da reunião de política monetária do Banco Central Europeu realizada esta quinta-feira. Na conferência de imprensa, Mario Draghi pouco mais acrescentou ao que tinha sido dito quando anunciou o fim dos estímulos para Dezembro de 2018. Draghi reafirmou o compromisso de deixar a taxa de juro inalterada até ao Verão de 2019. A divisa europeia está a perder 0,57% para os 1,1661 dólares.

Petróleo sobe após dificuldades na oferta da Arábia Saudita
Um ataque a dois petroleiros na Arábia Saudita levou à suspensão temporária das exportações. A contrabalançar este efeito está o reforço do dólar nesta quinta-feira. Ainda assim, a possível disrupção do lado da oferta levou à subida do "ouro negro" dada a expectativa de que possa haver menos barris no mercado. O Brent, negociado em Londres, sobe 0,72% para os 74,46 dólares e o WTI, negociado em Nova Iorque, valoriza 0,56% para os 69,66 dólares.

Menos tensões comerciais ditam queda do ouro
O ouro desvaloriza 0,36% para os 1.227 dólares por onça numa altura em que diminuiu o risco de mais tensões comerciais. Tal deve-se ao princípio de acordo sobre o comércio entre a UE e os EUA. "O ouro está a cair devido à diminuição das tensões entre a Europa e os EUA", referiu o analista da ActivTrades, Carlo Alberto De Casa, à Reuters. Em suma, existe pouco apetite dos investidores para o ouro nesta altura.
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