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Bolsa nacional fecha em queda na quarta sessão ao contrário da Europa

Não é muito habitual na bolsa portuguesa, mas hoje aconteceu pela quarta vez esta semana, com o PSI-20 a fechar com sinal contrário ao registado pelo Stoxx600.

As bolsas mundiais viveram um período dourado de ganhos. Mas a chegada de 2018 inverteu a tendência de ganhos nos mercados financeiros globais. Após anos de máximos e com um nível de volatilidade crescente nos mercados, os especialistas recomendam maior cautela na hora de investir. A aposta recai em empresas de qualidade. 

'O foco continua a estar no crescimento do lucro por acção e nos nomes que podem entregar este crescimento a médio prazo', refere a Amundi. A gestora alerta para uma rotação no mercado para empresas de maior qualidade e realça que prefere empresas norte-americanas, devido ao ambiente de forte subida dos lucros e 'ao facto de os riscos relacionados com a regulação terem sido identificados e descontados [no valor das cotações]. A Pictet também aponta uma estratégia mais defensiva, identificando oportunidades no sector do consumo e da saúde, ao mesmo tempo que passou a assumir uma posição 'neutral' no sector financeiro, face aos riscos actuais.

'No bloco europeu, os sectores de telecoms e 'utilities' continuam a apresentar múltiplos de PER com o maior desconto face à mediana, sendo penalizados pela superior
alavancagem dos seus balanços', nota o BiG, no seu 'outlook' para o terceiro trimestre. O sector industrial, de cuidados de saúde e consumo são outros em que o banco vê oportunidades na Europa.
Reuters
26 de Julho de 2018 às 16:42
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Na sessão desta quinta-feira o índice português foi penalizado pela forte queda da Jerónimo Martins, enquanto as praças europeias foram impulsionadas pelas tréguas na guerra comercial entre os Estados Unidos e a União Europeia, na sequência da reunião de ontem entre Donald Trump e Jean-Claude Juncker.

 

Na quarta-feira tinha sido ao contrário. O Stoxx600 tinha descido e o PSI-20 valorizado, sendo que nas duas primeiras sessões da semana o índice português tinha também fechado com contraciclo com o benchmark europeu, muitas das vezes devido ao desempenho das cotadas que anunciaram resultados.  

 

Foi o que aconteceu hoje, com o PSI-20 a cair 0,49% para 5.593,01 pontos, com seis cotadas em alta, oito em queda e quatro sem variação.

 

A Jerónimo Martins foi a grande responsável por este desempenho negativo, com as acções da retalhista a caírem 6,81% para 12,385 euros. Ao longo da sessão os títulos registaram a queda mais forte desde Junho de 2016, depois de a retalhista ter apresentado resultados abaixo do esperado pelos analistas, sobretudo no que diz respeito à evolução das vendas comparáveis na Polónia.

Mas a dona do Pingo Doce não foi a única a penalizar o PSI-20. A rival do sector do retalho em Portugal, a Sonae, caiu 2,5% para 0,9545 euros. Já a Navigator cedeu 0,94% para 4,968 euros e a Semapa desvalorizou 0,96% para 20,55 euros.

 

Entre as sete cotadas que apresentam as contas do primeiro semestre depois do fecho da sessão, a tendência foi sobretudo de alta. A EDP ganhou 0,38% e a Altri valorizou 1,93% para 8,96 euros.

 

Já o Banco Comercial Português (que segundo o BPI deverá anunciar lucros de 144 milhões de euros) fechou ganhar 0,41% para 26,85 cêntimos.  

 

A impedir maiores quedas no PSI-20 esteve também a Galp Energia, que ganhou 1,69% para 8,96 euros, numa sessão em que petróleo sobe perto de 1% em Londres e Nova Iorque.

 

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